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Tours de missão: O que muitos Santos dos Últimos Dias não sabem sobre centenas de eventos como estes e que acontecem todos os anos mundialmente

O Élder Brent H. Nielson, à direita, e a irmã Marcia Nielson cumprimentam uma missionária, assim como o Élder James R. Rasband, à esquerda, e a irmã Mary Rasband, antes de uma sessão durante o tour na Missão Tennessee Nashville, no dia 19 de setembro, 201 Crédito: Scott Taylor
O Élder S. Gifford Nielsen engaja os missionários em uma discussão durante uma reunião do tour da Missão Canadá Calgary, no dia 31 de outubro, 2019, em Calgary, Canadá. Crédito: Scott Taylor
O Élder Brent H. Nielson escuta a pergunta de uma missionária durante uma sessão do tour na Missão Tennessee Nashville, no dia 19 de setembro, 2019, em Brentwood, Tennessee. Crédito: Scott Taylor
Élder S. Gifford Nielsen faz questão de unir-se ao presidente da Missão Canadá Calgary, Stephen A. Keung, no púlpito durante uma reunião de tour de missão no dia 31 de outubro, 2019, em Calgary, Canadá. Crédito: Scott Taylor
O Élder Brent H. Nielson, um setenta autoridade geral, entrevista um missionário após uma sessão do tour na Missão Tennessee Nashville, no dia 19 de setembro, 2019, em Brentwood, Tennessee. Crédito: Scott Taylor
O Élder S. Gifford Nielsen, ao centro atrás, conversa com o presidente da Missão Canadá Calgary, Stephen A. Keung, à esquerda, durante uma reunião de planejamento avançado com os Nielsen, os Keung, os assistentes do presidente e duas irmãs líderes treinad Crédito: Scott Taylor
O Élder Brent H. Nielson, diretor executivo do Departamento Missionário, fala durante uma reunião do tour na Missão Tennessee Nashville, no dia 19 de setembro, 2019, em Brentwood, Tennessee. Crédito: Scott Taylor
O Élder S. Gifford Nielsen cumprimenta missionários da Missão Canadá Calgary antes de uma conferência do tour de missão, no dia 31 de outubro, 2019, em Calgary, Canadá. Na esquerda, a irmã Cindy Keung da missão e a irmã Wendy Nielsen também receberam os m Crédito: Scott Taylor
O Élder Brent H. Nielson, diretor executivo do Departamento Missionário, fala para o conselho de liderança da Missão Tennessee Nashville durante uma sessão do tour de missão, no dia 19 de setembro, 2019, em Brentwood, Tennessee. Crédito: Scott Taylor
O Élder S. Gifford Nielsen e irmã Wendy Nielsen lideram uma discussão durante uma conferência de tour da Missão Canadá Calgary, no dia 31 de outubro, 2019, em Calgary, Canadá. Crédito: Scott Taylor
Um logotipo emoldurado da Missão Tennessee Nashville é a peça central em destaque na mesa do almoço entre reuniões do tour em Brentwood, Tennessee, no dia 19 de setembro, 2019. Crédito: Scott Taylor
O Élder S. Gifford Nielsen e irmã Wendy Nielsen, no centro ao meio, encontram com missionários da Missão Canadá Calgary durante um almoço ao meio-dia, no dia 31 de outubro, 2019, em Calgary, Canadá. Crédito: Scott Taylor
Missionários da Missão Tennessee Nashville se reúnem para um almoço ao meio-dia, no intervalo das reuniões do tour de missão, no dia 19 de setembro, 2019, em Brentwood, Tennessee. Crédito: Scott Taylor
O Élder Brent H. Nielson e o Élder James R. Rasband, com suas esposas, se juntam a líderes e missionários da Missão Tennessee Nashville para uma foto em grupo, no intervalo das reuniões do tour de missão, no dia 19 de setembro, 2019, em Brentwood, Tenness Crédito: Scott Taylor
O Élder S. Gifford Nielsen e a irmã Wendy Nielsen se juntam a líderes e missionários da Missão Canadá Calgary para uma foto em grupo no início da reunião do tour de missão, no dia 31 de outubro, 2019, em Calgary, Canadá. Crédito: Scott Taylor

Nota do Editor: No final de 2019, o Church News acompanhou dois setentas autoridades gerais em tours de missão e entrevistou um terceiro antes dele partir em viagem para dois desses tours similares. O Élder Brent H. Nielson, diretor executivo do Departamento Missionário, visitou a Missão Tennessee Nashville, enquanto o Élder S. Gifford Nielsen, diretor executivo assistente do departamento, visitou a Missão Calgary Canadá. O Élder Craig C. Christensen, presidente da Área Utah, que às vezes ajuda com os tours de missão fora dos Estados Unidos, realizou vários tours no México.

Em um discurso público, um setenta autoridade geral fala sobre uma experiência enquanto conduz um tour de missão. E numa ligação ou e-mail para casa, um jovem missionário menciona um tour de missão que se aproxima com uma autoridade geral visitante e sua esposa.

Tour de missão — a maioria dos Santos dos Últimos Dias ouve o termo e imagina, “o que é isso?”

Uma autoridade geral está passando a mesma quantidade de tempo vendo pontos turísticos quanto vê os missionários? Os missionários estão enchendo os ônibus para atravessar a missão inteira e ver onde seus colegas trabalham e moram? Ou o “tour de missão” é um eufemismo para uma autoridade geral que vem para repreender os missionários ou corrigir a cultura da missão?

Não, não e não.

O Élder S. Gifford Nielsen e irmã Wendy Nielsen lideram uma discussão durante uma conferência de tour da Missão Canadá Calgary, no dia 31 de outubro, 2019, em Calgary, Canadá.
O Élder S. Gifford Nielsen e irmã Wendy Nielsen lideram uma discussão durante uma conferência de tour da Missão Canadá Calgary, no dia 31 de outubro, 2019, em Calgary, Canadá. | Crédito: Scott Taylor

Surpreendentemente, a média dos membros da Igreja pouco sabe sobre as centenas de visitas, como essas, conduzidas anualmente e que duram alguns dias. Cada missão é “visitada” todos os anos, com o total atual de 399 missões da Igreja ao redor do mundo e crescendo para 407 neste verão.

“Para uma autoridade geral, esta é uma oportunidade de ir e encontrar com o presidente da missão e sua esposa, para conhecê-los bem, para descobrir suas necessidades e preocupações, tanto pessoais quanto da missão, e passar muito tempo com os missionários, o máximo que pudermos,” disse o Élder Brent H. Nielson, um setenta autoridade geral e diretor executivo do Departamento Missionário.

A cobertura da mídia é comum quando membros da Primeira Presidência ou do Quórum dos Doze Apóstolos se reúnem com missões inteiras como parte de um ministério internacional, dedicação ou rededicação de templos, revisão de área, conferência de liderança ou outra designação. Essas visitas significativas e impactantes nas missões são curtas, aproximadamente duas horas, mais ou menos.

Um tour de missão é conduzido por um setenta autoridade geral, que é designado pelo Escritório do Presidente do Quórum dos Doze. Ao invés de trem uma única reunião curta, um tour de missão é uma designação de vários dias, quando a autoridade presidindo o “tour” está realmente conhecendo a missão, sua cultura, o casal liderando a missão e, coletivamente, os missionários, em uma série de reuniões realizadas em locais diferentes dentro dos limites da missão.

“Para realmente entrar e ajudar naquilo que for necessário, leva tempo, tipicamente alguns dias; contudo, temos missões internacionais que são grandes ou complexas geograficamente, o que pode exigir mais tempo,” disse o Élder Craig C. Christensen, um setenta autoridade geral e presidente da Área de Utah. “É realmente chegar e ajudar o presidente da missão e sua companheira a um nível detalhado que eles sintam ser necessário.”

O tour de missão inclui reuniões de planejamento avançado com os casais líderes missionários, depois várias séries de reuniões que duram o dia inteiro ao redor das áreas da missão com, com as duplas de missionários servindo nas zonas daquela região. O casal autoridade geral visitante passa muito tempo com o casal liderando a missão ao viajarem de uma reunião para outra, após outra. Depois das reuniões diárias, normalmente a autoridade visitante conduz uma sessão de revisão com o presidente da missão, sua companheira e, quando possível, com os líderes missionários.

“Temos tantos tópicos que podemos falar e cabe a nós, como autoridades gerais, definir isso — só conseguimos fazer algumas coisas durante um tour de missão”, disse o Élder S. Gifford Nielsen, setenta autoridade geral e diretor executivo assistente do Departamento Missionário. “Nós ficamos com os missionários de manhã e de tarde, e queremos que eles deixem a conferência se sentindo elevados e edificados. É realmente importante lhes reafirmar que apoiamos seus líderes da missão. Seu presidente de missão tem recebido chaves sagradas do sacerdócio para liderar o mundo. Queremos que os missionários acreditem em milagres e que possam realmente fazer grandes coisas.”

O Élder Brent H. Nielson escuta a pergunta de uma missionária durante uma sessão do tour na Missão Tennessee Nashville, no dia 19 de setembro, 2019, em Brentwood, Tennessee.
O Élder Brent H. Nielson escuta a pergunta de uma missionária durante uma sessão do tour na Missão Tennessee Nashville, no dia 19 de setembro, 2019, em Brentwood, Tennessee. | Crédito: Scott Taylor

A maioria dos tours de missão acontecendo fora dos Estados Unidos são conduzidos por presidências de área locais, compostas por três setentas autoridades gerais. Contudo, algumas áreas — especificamente Europa, México e Brasil — possuem muitas missões dentro de seus limites para a presidência da área conduzir todas as visitas anuais. Nestes casos, outros setentas autoridades gerais podem ser designados para ajudar — assim como o Élder Christensen conduziu dois tours de missão em missões no centro do México no final de novembro.

O Élder Nielson acredita que a maioria dos setentas autoridades gerais conduzirão de três a quatro tours de missão em um ano; aqueles em presidências de área podem chegar a sete ou oito tours.

Uma experiência de Maria e Marta

Tendo servido como jovens missionários nos anos 70 na Finlândia e no Chile, respectivamente, o Élder Nielson e o Élder Christensen conseguem se lembrar de visitas de autoridades gerais durante suas missões — mas elas eram sessões mais curtas e não tinham o nome de “tour de missão”.

Quando o Élder Christensen foi chamado como presidente de missão na Cidade do México, em meados dos anos 90, e o Élder Nielsen estava servindo como conselheiro na presidência da missão em Houston, Texas, no final dos anos 90, “tour de missão” foi o nome dado para as visitas prolongadas.

O Élder Nielson admite que ninguém tem certeza de quando ou como o termo “tour de missão” surgiu e que talvez seja uma daquelas frases vernaculares da Igreja, precisando de uma atualização ou reformulação, já que pode criar deturpações e mal-entendidos.

O Élder Nielson sorriu ao relacionar a explicação de sua esposa, a amigos e familiares que pensam que “tour de missão” é a mesma coisa que ser bem-viajado. “Ela já foi para o Louvre em Paris, no lado de fora dos portões — ela nunca entrou,” ele disse sobre a irmã Marcia Nielson. “Ela já foi para o Palácio de Versalhes, do lado de fora. Também para algumas das praias mais bonitas do Taiti e nunca entrou na água — sempre estávamos nas capelas. E então, em Nashville recentemente, estávamos perto do Grand Ole Opry — e só passamos por perto.”

O Élder S. Gifford Nielsen, ao centro atrás, conversa com o presidente da Missão Canadá Calgary, Stephen A. Keung, à esquerda, durante uma reunião de planejamento avançado com os Nielsen, os Keung, os assistentes do presidente e duas irmãs líderes treinadoras, no dia 30 de outubro, 2019, em Calgary, Alberta, Canadá.
O Élder S. Gifford Nielsen, ao centro atrás, conversa com o presidente da Missão Canadá Calgary, Stephen A. Keung, à esquerda, durante uma reunião de planejamento avançado com os Nielsen, os Keung, os assistentes do presidente e duas irmãs líderes treinadoras, no dia 30 de outubro, 2019, em Calgary, Alberta, Canadá. | Crédito: Scott Taylor

A irmã Nielson acrescentou: “A realidade é que vamos em um tour de missão para edificar o presidente, sua esposa e os missionários. Visitamos a missão para aumentar a fé, encorajar boas práticas, sentir o espírito que está lá e garantir que o presidente e sua esposa saibam como são amados, apoiados, valorizados e admirados. O mesmo serve para os missionários — queremos falar com eles sobre o amor de Deus por eles e o quanto valorizamos seus esforços.”

“Ocasionalmente, algumas coisas precisam ser corrigidas, mas nem se compara com o amor, alegria e fidelidade que testemunhamos ao visitarmos uma missão.”

Até mesmo um setenta autoridade geral, ao receber sua primeira designação de tour de missão, pode não estar ciente do que lhe está reservado. “Pensei que iria em uma missão e só visitaria e veria todos os lugares bonitos de cada missão — por mais que você saiba que estamos sempre ensinando,” disse o Élder Nielsen.

“Mas eu rapidamente descobri através do Departamento Missionário, que este era um momento para conhecer missionários e para elevar a imagem do presidente da missão e de sua companheira, sua esposa, — os líderes daquela missão — aos olhos dos missionários.”

O presidente Rhys A. Weaver, da Missão Tennessee Nashville, compartilhou sua noção preconcebida da palavra “tour”. “Eu esperava um itinerário de viagem para visitar os apartamentos dos missionários, capelas, veículos, etc. — ir aonde os missionários estivessem.”

Sua companheira, a irmã Pamela Weaver, já tinha ouvido falar dos tours de missão através de amigos que haviam liderado missões, mas ela não sabia o que esperar. O fato de que o primeiro tour de missão dos Weaver ocorreu há menos de três meses depois do início do seu serviço — e que o diretor executivo do Departamento Missionário foi designado para presidi-lo — deixou a irmã Weaver evidentemente “aterrorizada” e “bastante nervosa.”

“Tudo o que fazemos no Departamento Missionário é o trabalho dos apóstolos e profetas, então escutamos cuidadosamente e com intenção aquilo que o Presidente (Russell M.) Nelson está ensinando, assim como os outros apóstolos e profetas.”

Com a experiência de um único tour de missão, o presidente Stephen A. Keung e sua companheira, a irmã Cindy Keung, da Missão Canadá Calgary, ficaram animados para interagir mais uma vez com o Élder Nielsen e sua esposa, a irmã Wendy Nielsen, que haviam conhecido anteriormente na Nova Zelândia — quando o Élder Nielsen estava na presidência da Área Pacífico e o presidente Keung na presidência do Centro de Treinamento Missionário da Nova Zelândia.

“Nós sabíamos que eles viriam e abençoariam, fortaleceriam e edificariam nossa missão,” a irmã Keung disse. “Sendo este nosso segundo tour de missão, senti que sabíamos mais do que no início — e eu, pessoalmente, não estava tão nervosa.”

O presidente Keung comparou um tour de missão com a história de Maria e Marta, no Novo Testamento, e com a visita do Salvador — a primeira, preocupada com a preparação e o serviço, e a segunda, com as interações e o aprendizado.

Disse que antecipou “muito trabalho para garantir que todas as coisas estivessem em ordem — este é o lado ‘Marta’ das coisas, o lado ocupado. Na realidade, foi uma experiência ‘Maria’ — porque sabíamos que seria um momento de edificação, incentivo e aprendizado inspirado.”

A conferência geral pessoal de um missionário

O Élder Christensen já viu os tours de missão pelos dois lados — do lado que recebeu os visitantes como presidente de missão há 25 anos, e depois, conduzindo essas visitas desde que foi chamado como setenta autoridade geral pelas últimas duas décadas. Ele se lembra do impacto da visita de um apóstolo enquanto servia como um jovem missionário no Chile, em meados dos anos 70.

O Élder Brent H. Nielson, diretor executivo do Departamento Missionário, fala para o conselho de liderança da Missão Tennessee Nashville durante uma sessão do tour de missão, no dia 19 de setembro, 2019, em Brentwood, Tennessee.
O Élder Brent H. Nielson, diretor executivo do Departamento Missionário, fala para o conselho de liderança da Missão Tennessee Nashville durante uma sessão do tour de missão, no dia 19 de setembro, 2019, em Brentwood, Tennessee. | Crédito: Scott Taylor

Ele vê que os tours de missão têm vários propósitos, sendo que o principal é de sentir o espírito dos missionários e de ganhar uma visão mais forte de seus propósitos como missionários. “Um tour de missão é uma forma efetiva de nos conectarmos e entendermos quais são as verdadeiras necessidades e preocupações. É importante para as Autoridades Gerais terem este tipo de entendimento detalhado.”

Um outro propósito é o de ajudar a causar um impacto na vida e na compreensão dos missionários, assim como o jovem élder Christensen experimentou ouvindo e aprendendo com a visita do Élder Boyd K. Packer.

“Eu ainda poderia ensinar o que ele ensinou — isto ficou comigo,” ele lembrou. “Esses são momentos para se escrever em seu diário, momentos monumentais na vida destes jovens. Entendendo o impacto que causa nos missionários, nos asseguramos estar doutrinariamente enriquecidos. Não é como as conferências de zona normais. Tentamos e ensinamos aquilo que os missionários ensinam — mas o fazemos de forma profunda e doutrinária para que possam aprender pessoalmente e internalizar a doutrina de Cristo. Isto pode mudar a missão deles, assim como mudou a minha.”

O Élder Christensen também enfatizou a necessidade de se elevar a imagem do presidente de missão e de sua companheira.

“Então, ao invés de ficar de pé na frente dos missionários sozinho, por pelo menos uma hora e meia da reunião de conferência de quatro horas, ensino junto com o presidente da missão — a ideia sendo de ajudar os missionários a verem seu presidente de missão ensinar e a confiar no seu ensino. Tento fazê-los dizer, ‘Nossa, meu presidente de missão realmente sabe o que precisamos fazer.’ Neste processo, você pode mostrar como esperamos que os missionários ensinem com companheirismo. Mas ainda assim, a principal meta é de elevar a imagem do presidente da missão aos olhos dos missionários.”

A irmã Keung comparou um tour de missão com outra reunião bem conhecida para edificar os Santos. “É a conferência geral pessoal dos nossos próprios missionários, quando eles são instruídos e edificados — e recebem revelação específica para seu chamado — primeiramente tendo o poder e a autoridade de Deus,” ela disse. “Sinto que é a dádiva pessoal de Deus para Seus amados missionários.”

A preparação de uma autoridade geral

Não existe um modelo específico de como conduzir um tour de missão, porque as missões são diferentes e suas necessidades e oportunidades também são diferentes umas das outras.

O Élder S. Gifford Nielsen engaja os missionários em uma discussão durante uma reunião do tour da Missão Canadá Calgary, no dia 31 de outubro, 2019, em Calgary, Canadá.
O Élder S. Gifford Nielsen engaja os missionários em uma discussão durante uma reunião do tour da Missão Canadá Calgary, no dia 31 de outubro, 2019, em Calgary, Canadá. | Crédito: Scott Taylor

Os setentas autoridades gerais que presidem tours de missão recebem várias páginas com tópicos e instruções da Primeira Presidência e do Quórum dos Doze Apóstolos que são usados, não só para os tours de missão, mas também para os seminários semianuais de liderança, conduzidos em cada área da Igreja.

“Nós os pegamos e tentamos moldá-los para que alcancem as necessidades da missão,” disse o Élder Nielson.

O Élder Nielsen acrescentou: “Tudo o que fazemos no Departamento Missionário é o trabalho dos apóstolos e profetas, então escutamos cuidadosamente e com intenção aquilo que o Presidente (Russell M.) Nelson está ensinando, assim como os outros apóstolos e profetas.”

Isto inclui o Élder Dieter F. Uchtdorf, membro do Quórum dos Doze Apóstolos, que é o líder do Conselho Executivo Missionário, disse o Élder Nielsen. “O Élder Uchtdorf tem uma habilidade singular de se conectar e sua mensagem central em compartilhar o evangelho restaurado é fazê-lo de forma normal e natural. Ele é um exemplo maravilhoso de como ensinar.”

Além dos ensinamentos e diretrizes dos apóstolos e profetas, setentas autoridades gerais e suas respectivas esposas focam com muita atenção para ensinarem em harmonia com o “Pregar Meu Evangelho,” o currículo padrão para missionários e presidentes de missão.

Parte da preparação para o tour de missão é revisar as pesquisas online anuais, respondidas por cada missionário. Embora a identidade individual seja anônima, os resultados podem ser compilados por missões, então a autoridade visitante pode avaliar as tendências da missão com relação a sucessos e oportunidades em várias áreas — entre a familiaridade com o “Pregar Meu Evangelho,” ou o desempenho para encontrar e ensinar a manter os padrões missionários, ou ainda, seguir rotinas diárias.

“Com o tempo, vemos muitas pesquisas e elas nos ajudam a perceber quais os problemas em uma missão específica,” disse o Élder Nielson. “Você pode vê-las relativamente com rapidez e identificar quais são.”

Uma preparação adicional para alguns líderes conduzindo tours de missão é dar uma designação com antecedência para os missionários — a leitura de escrituras selecionadas, a revisão de discursos de conferência, ou um princípio para ser ensinado em cinco minutos, caso sejam chamados.

Missionários da Missão Tennessee Nashville se reúnem para um almoço ao meio-dia, no intervalo das reuniões do tour de missão, no dia 19 de setembro, 2019, em Brentwood, Tennessee.
Missionários da Missão Tennessee Nashville se reúnem para um almoço ao meio-dia, no intervalo das reuniões do tour de missão, no dia 19 de setembro, 2019, em Brentwood, Tennessee. | Crédito: Scott Taylor

Além de participar de conversas preliminares agendadas e coordenadas com o presidente de missão, uma autoridade visitante pode verificar com a presidência de área local, para ter outras perspectivas.

O que um tour de missão realmente é

Antes do início dos vários dias de sessões gerais com os missionários, a autoridade visitante e sua esposa, tipicamente conduzem reuniões com antecedência, diariamente com o presidente de missão, sua companheira, os assistentes do presidente e talvez uma dupla de sísteres líderes treinadoras. Outros podem expandir uma reunião preliminar para que inclua todo o conselho de liderança da missão, consistindo no casal liderando a missão, os assistentes, líderes de zona e sísteres líderes treinadoras.

“Tentamos descobrir quais são seus problemas e o que está acontecendo na missão,” disse o Élder Nielson.

Então começam as sessões gerais diárias, com uma parte selecionada diariamente para os missionários, semelhante a uma conferência de zona regular, mas possivelmente incluindo várias zonas ao mesmo tempo. Um tour de missão típico inclui uma agenda diária com a autoridade visitante e esposa cumprimentando pessoalmente cada missionário; sessões de manhã e de tarde em uma capela com instrução, treinamento, práticas, perguntas e respostas, e testemunho; um almoço entre as sessões e uma foto em grupo com os líderes e missionários, em algum momento antes do final do dia.

Depois das reuniões da conferência, a autoridade visitante pode conduzir algumas entrevistas pessoais com missionários selecionados, ou visitar um apartamento dos missionários.

O Élder Christensen diz que suas visitas aos apartamentos não são tanto para criticar uma dupla de missionários específica, mas serve para ajudar o casal liderando a missão a ficar ciente das condições e circunstâncias das moradias dos missionários, incluindo locais para estudo e preparação de comida. É uma forma de confirmar que as condições de vida são confortáveis, apropriadas e seguras, incluindo o uso dos monitores de monóxido de carbono e outros aspectos de segurança.

“E se houver necessidade de fazer mudanças, então pergunto ao presidente de missão: ‘Você sabe como resolver isto? Você sabe como conseguir os recursos necessários ou como melhorar esta situação?’ E podemos guiá-los desta forma — é realmente apenas checar para garantir que eles saibam como resolver qualquer problema que possam ter.”

O Élder S. Gifford Nielsen e a irmã Wendy Nielsen se juntam a líderes e missionários da Missão Canadá Calgary para uma foto em grupo no início da reunião do tour de missão, no dia 31 de outubro, 2019, em Calgary, Canadá.
O Élder S. Gifford Nielsen e a irmã Wendy Nielsen se juntam a líderes e missionários da Missão Canadá Calgary para uma foto em grupo no início da reunião do tour de missão, no dia 31 de outubro, 2019, em Calgary, Canadá. | Crédito: Scott Taylor

Depois disso, o casal autoridade geral e o casal líder da missão se apressam para viajar para a sessão do próximo dia, realizada em uma cidade diferente. E por mais que alguns princípios e processos possam ser semelhantes no dia a dia, a instrução, impressões e impactos variam diariamente, apesar de ser a mesma missão e os mesmos líderes dirigindo as reuniões.

“Quando há um aconselhamento conjunto, você deixa o Espírito Santo decidir a agenda e o caminho que as discussões tomarão,” disse o Élder Nielsen, mencionando as diferenças dia após dia, e o erro de tentar seguir um programa de reunião prescrito e idêntico. “Isto acaba sendo um exemplo ruim porque o ‘Pregar Meu Evangelho’ trata de sentir a influência do Espírito Santo. É sobre ser capaz de resolver as dúvidas e entender mais profundamente os pesquisadores que estiverem ensinando. Em suma, o que estamos tentando fazer é modelar o ‘Pregar Meu Evangelho.”

Depois de dois a quatro dias fazendo o tour na missão e com os missionários, a autoridade visitante conduz uma revisão final com pelo menos o casal liderando a missão e os assistentes do presidente, caso não seja possível fazer com todo o conselho de liderança da missão. Todos participam revisando o que foi aprendido, sentido e vivido.

“A parte mais importante no final da visita é receber o feedback deles e verem o que aconteceu durante a visita — ‘o que o Senhor nos ensinou durante esta experiência?’” o Élder Nielson disse. “E algumas vezes, não são coisas que foram faladas, mas que eles sentiram que precisavam ser feitas. … Nossa esperança é que os missionários sintam um desejo renovado de levar o evangelho para as pessoas onde foram chamados.”

A irmã Nielsen resumiu: “Os tours de missão podem ser penosos em termos de esforço físico, mental, social e emocional, mas mesmo assim, eles me enchem de alegria espiritual e emocional, diferente de qualquer coisa que eu já tenha vivido. Sou verdadeiramente grata pela oportunidade de aprender e crescer junto com os missionários e os líderes da missão ao redor do mundo.”

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