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Sydney Walker: Sou grata por ter corrido cross country durante o ensino médio; #SerGrato

Uma foto dos tênis de corrida de Sydney Walker na Trilha Jordan River Parkway, perto de Sandy, Utah, no dia 24 de novembro de 2020. Crédito: Sydney Walker
Sydney Walker, segunda da esquerda para a direita, com sua família depois de terminar a Meia Maratona Deseret News, no dia 24 de julho de 2018. Crédito: Julie Jorgensen

Minha família se mudou para o Alabama durante o verão, antes do meu primeiro ano do ensino médio — um momento que não é ideal para mudanças na vida de uma adolescente. Digamos que fiquei um pouco emburrada por causa disso. 

Nas duas primeiras semanas depois que nos mudamos, quase todas as noites alguém novo passava para nos dar as boas-vindas com uma guloseima. A hospitalidade sulista é real. Muitas vezes me fizeram uma pergunta que não sabia como responder: “O que você gosta de fazer?”

Detestava aquela pergunta. Não praticava nenhum esporte. Não dançava. Tinha parado de ler por diversão. Desisti do piano no ano anterior. Não sentia que era “boa” em nada. Não tinha uma “coisa”.

Voltar ao Arizona e sair com meus amigos era a minha “coisa”. No Alabama, eu era a “menina nova” — a menina nova sem amigos e sem um hobby. 

Algumas meninas da minha classe das Moças na Igreja, rapidamente me adotaram como amiga. Uma delas, Madeline Williams, me perguntou se eu queria fazer um teste com ela, para a equipe de cross country da escola Oak Mountain High School. 

Concordei, sem saber que cross country envolvia correr. Talvez cross country significasse visitar lugares pelo país? Talvez viajar fosse a minha “coisa” …

Eu não era corredora. Não era atlética — nem um pouco. Quando me dei conta de onde estava me metendo, senti que era tarde demais para desistir. E não queria perder minha nova amiga. 

Então, fui com Madeline para um treinamento de cross country no fim do verão. Em comparação com o calor seco do Arizona, o ar era muito úmido, e nunca tinha suado tanto em meus 13 anos de vida. Não conseguia correr cinco minutos sem ter que parar e andar. Senti-me envergonhada. 

Mas estava determinada a melhorar. 

Em uma manhã, não muito tempo depois disto ter acontecido, minha mãe me levou até a pista de corrida da escola. Ela disse: “OK Syd, hoje vamos dar três voltas sem parar. Você consegue.” Acho que chorei e reclamei durante aquelas três voltas inteiras, mas ela correu ao meu lado e me ajudou a terminar. 

Felizmente, o treinador de cross country da escola de ensino médio, Jim Moore, permitiu que quase todos se juntassem à equipe, desde que estivessem dispostos a vir para treinar e trabalhar arduamente. Eu estava disposta. 

Senti um frio na barriga enquanto esperava na linha de partida da minha primeira corrida de 5 km. O sinal do tiro desencadeou a adrenalina pelo meu corpo, e corri com o grupo de corredores pelo campo aberto em direção à trilha. 

Minha corrida não durou muito. Na verdade, andei a maior parte do tempo e cruzei a linha de chegada aos 35 minutos e 44 segundos. Ainda me lembro de ver na página de resultados, meu nome listado e meu tempo. Esse tempo se tornou uma linha de base para minhas futuras corridas. 

Com cada treino daquela temporada e das três seguintes, o cross country se tornou cada vez mais minha “coisa”. 

Correr era difícil — física e mentalmente. O treinador Moore me ensinou como me hidratar com a umidade, como lidar com dores na tíbia, como prosseguir em corridas ruins e como treinar com o time. Aprendi o que significava RP (estabelecer um recorde pessoal) e desejei aquele sentimento que vinha com a realização de minhas metas. 

Ao final do meu último ano, havia eliminado quase 14 minutos de minha primeira corrida de 5 km. 

Sydney Walker, segunda da esquerda para a direita, com sua família depois de terminar a Meia Maratona Deseret News, no dia 24 de julho de 2018.
Sydney Walker, segunda da esquerda para a direita, com sua família depois de terminar a Meia Maratona Deseret News, no dia 24 de julho de 2018. | Crédito: Julie Jorgensen

Nunca fiz parte da equipe estadual, nem tive boa colocação em nenhuma corrida, e não recebi uma bolsa de estudos para correr na faculdade. Em comparação com muitos corredores do ensino médio, eu não era “boa” em cross country. 

Mas hoje, correr ainda é a minha “coisa”.

Ao calçar meus tênis hoje pela manhã e começar em uma trilha próxima, refleti sobre a mensagem de gratidão do Presidente Russell M. Nelson

Pensei imediatamente na Madeline, e no convite que me fez para correr cross country. Pensei em minha mãe, correndo três voltas ao redor da pista comigo naquele dia. Pensei nos colegas de equipe que se tornaram alguns de meus melhores amigos. Pensei nas famílias deles e na minha torcendo por mim nas corridas. Pensei no treinador Moore, que viu potencial em mim e me impulsionou a fazer e ser o meu melhor. 

Sou grata pela minha jornada correndo cross country no ensino médio e por todos que fizeram parte dela. #SerGrato

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