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Como a percepção do Élder Holland sobre si mesmo e outros mudou durante a crise de COVID-19

O Élder Jeffrey R. Holland cumprimenta missionários no Centro de Treinamento Missionário do Brasil, em maio de 2016. Crédito: Intellectual Reserve, Inc.
O Élder Jeffrey R. Holland fala com o rabino Alon Goshen-Gottstein, diretor do Elijah Interfaith Institute em Jerusalém, como parte da iniciativa “Coronaspection” promovida pelo instituto, no dia 8 de junho de 2020. Crédito: Captura de tela, The Elijah Interfaith Institute YouTube
O rabino Alon Goshen-Gottstein, diretor do Elijah Interfaith Institute em Jerusalém, entrevista o Élder Jeffrey R. Holland como parte da iniciativa “Coronaspection” promovida pelo instituto, no dia 8 de junho de 2020. Crédito: Captura de tela, The Elijah Interfaith Institute YouTube

Enquanto as condições melhoram e a vida após a COVID-19 volta ao “normal” — seja qual for a definição de normal — o Élder Jeffrey R. Holland disse que há uma lição que está determinado a levar com ele: ter tempo para reflexão pessoal.

O membro do Quórum dos Doze Apóstolos falou recentemente com o rabino Alon Goshen-Gottstein, diretor do Elijah Interfaith Institute [Instituto Inter-religioso Elias] em Jerusalém, por videoconferência gravada, sobre o uso do tempo durante o distanciamento social para olhar para dentro de si mesmo, fazer mudanças e ser melhor. 

Élder Holland é uma das dezenas de líderes religiosos no mundo todo que foram destaque na iniciativa “Coronaspection” do Elijah Interfaith Institute, que visa compartilhar luz e esperança por meio da introspecção durante a pandemia de COVID-19.

Buscar a “solidão” é algo que o Salvador fez — não para recuar ou fugir do reino, mas “para reunir forças para voltar”, disse Élder Holland ao rabino.

Com viagens canceladas, menos reuniões e poucas designações para fazer discursos e palestras, o Élder Holland teve horas adicionais para passar em oração, estudo das escrituras e meditação. Ele disse que não tinha tanto tempo para si mesmo desde antes de ser presidente da Universidade Brigham Young, há mais de quatro décadas.

“Vejo coisas que gostaria de fazer melhor”, disse o Élder Holland com sinceridade, observando que sua preocupação geral com os outros foi “personalizada” durante a crise de COVID-19.

Agora, ele está “determinado” a retornar ao seu serviço público com “um pouco mais de simpatia e empatia, um pouco mais de discernimento e sentimento por aqueles que estão naquela congregação.”

“Vi mais de sua individualidade e valor. Eu os vi como são. Eu os vi como filhos de Deus”, disse Élder Holland, usando como exemplos seu vizinho de 90 anos e o menino que passava na rua, ao vê-los pela janela. “Sempre vi, mas agora é um pouco diferente com uma ameaça que está no ar e que não conseguimos enxergar.”

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Élder Holland disse que a crise do coronavírus não é o julgamento de Deus sobre Seus filhos. Mas é um reforço de que “somos parte da família de Deus” e Ele quer que Seus filhos se voltem para Ele. 

Essa lição de “reequilíbrio” — de se voltar para Deus, reconhecer Sua mão e fazer mudanças, “arrepender-se”, para usar uma palavra bíblica — é “uma necessidade universal”, disse.

No futuro, quando Élder Holland se sentar em frente a uma congregação, se reunir com um grupo de jovens, ou conversar com pessoas em um protesto ou comício público, ele disse que terá uma “visão muito mais pessoal.”

“Não são apenas pessoas sem nome e sem rosto. São indivíduos com necessidades e esperanças individuais, com sonhos, alegrias e decepções”, disse Élder Holland. “Sei disso intelectualmente. Sempre soube e tentei tratar as pessoas dessa maneira. Mas este tipo de evento tem destacado essa individualidade para mim. Creio que eu sou um pouco mais sensível ao que esses sofrimentos são.” 

Quando perguntado sobre medo e ansiedade durante a crise, Élder Holland disse que sua fé o manteve firme, mas sentiu preocupação pelos outros. 

O rabino Alon Goshen-Gottstein, diretor do Elijah Interfaith Institute em Jerusalém, entrevista o Élder Jeffrey R. Holland como parte da iniciativa “Coronaspection” promovida pelo instituto, no dia 8 de junho de 2020.
O rabino Alon Goshen-Gottstein, diretor do Elijah Interfaith Institute em Jerusalém, entrevista o Élder Jeffrey R. Holland como parte da iniciativa “Coronaspection” promovida pelo instituto, no dia 8 de junho de 2020. | Crédito: Captura de tela, The Elijah Interfaith Institute YouTube

“Isso é a maior parte do que discutimos em nossas reuniões”, disse ele sobre a reunião com outros líderes seniores da Igreja.

Mas seus companheiros de apostolado não agem por medo, acrescentou. “Não vemos qualquer frenesi na sala. Não vemos ninguém com expressões de preocupação ou fugindo por desespero. 

“Simplesmente nos reunimos em conselho tentando fazer o melhor que podemos para as pessoas que precisam ser abençoadas, que precisam estar seguras, e para quem queremos fazer isso da melhor maneira que pudermos.”

Após o fim das restrições e quando o Élder Holland se sentar novamente ao lado de seus colegas membros do Quórum dos Doze Apóstolos em seu padrão mais tradicional, “consigo prever um compartilhamento destes tipos de lições que será enriquecedor, poderoso e simbiótico”, disse. 

Para concluir a entrevista, o rabino e o Élder Holland oraram juntos. Élder Holland pediu ao Senhor por “otimismo de origem divina” e esperança para aqueles que estão enfrentando dificuldades. Ele implorou por “fraternidade, sororidade e paz no mundo”. Assista à entrevista de Élder Holland no canal no YouTube do Elijah Interfaith Institute.

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