De seu escritório no Edifício Administrativo da Igreja, Presidente Russell M. Nelson tem uma vista privilegiada do trabalho que está sendo realizado como parte da renovação do Templo de Salt Lake.
Na abertura da 191ª Conferência Geral Anual no sábado, dia 3 de abril, Presidente Nelson disse que, enquanto observava os trabalhadores removerem antigas árvores pela raiz, e trabalharem no encanamento, na fiação elétrica e em uma fonte com vazamento, pensou “na necessidade que todos temos de remover, com a ajuda do Senhor, os antigos escombros de nossas vidas.”
Ao falarem aos membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias nas sessões de sábado da conferência geral, muitos líderes gerais da Igreja ofereceram conselhos sobre como o evangelho de pode auxiliar a “remover os escombros” e ajudar as pessoas e a Igreja a continuarem seguindo adiante.
O evangelho do Salvador “é um evangelho de esperança, cura e progresso”, disse Presidente Nelson. “Portanto, o evangelho é uma mensagem de alegria! Nossos espíritos se regozijam a cada pequeno passo que damos.
Inclusão e pertencimento
Uma maneira importante pela qual os membros podem “remover os escombros” de sua vida é se tornarem dignos e estarem preparados para as experiências no templo, como ensinou Presidente Henry B. Eyring durante a sessão da tarde de sábado.
“Se eu ou vocês fôssemos ao templo insuficientemente puros, não poderíamos ver o poder do Espírito Santo, o ensinamento espiritual que recebemos no templo”, disse Presidente Eyring, segundo conselheiro na Primeira Presidência.
Aqueles que estão dignos podem aumentar a esperança, a fé e o otimismo por meio de sua experiência no templo ao longo de sua vida, disse Presidente Eyring. “Essa esperança, alegria e otimismo estão disponíveis apenas através da aceitação das ordenanças nos templos sagrados. É no templo que recebemos a garantia de que os vínculos familiares amorosos continuarão após a morte e durarão para sempre.”
Vários líderes gerais da Igreja compartilharam mensagens sobre como remover os escombros da contenda, da divisão e da incivilidade.
Na sessão da tarde de sábado, Presidente M. Russell Ballard falou sobre a solidão que tem sentido desde o falecimento de sua esposa, e da dor que tem por aqueles que não se sentem incluídos.
“Creio que é porque talvez não saibam que são amados pelo Pai Celestial e que todos pertencemos à Sua família eterna. Acreditarmos que Deus nos ama e que somos Seus filhos nos traz consolo e segurança”, disse ele.
Os santos dos últimos dias solteiros — que são mais da metade dos adultos na Igreja — podem se questionar sobre suas oportunidades e seu lugar no plano de Deus e na Igreja, disse o presidente em exercício do Quórum dos Doze Apóstolos.
“Devemos compreender que a vida eterna não é simplesmente uma questão de estado civil atual, mas de discipulado e de ser “valente no testemunho de Jesus (Doutrina e Convênios 76:79).”
O Pai Celestial ama os membros solteiros da Igreja, assegurou Presidente Ballard, e a Igreja precisa de suas vozes, seus talentos, suas habilidades, sua bondade e sua dignidade. Os líderes de estaca e de ala devem chamar os membros solteiros “para servirem, elevarem e ensinarem. Descartem as velhas noções e as ideias que, às vezes e sem querer, contribuem para que eles sintam que estão sozinhos e que não pertencem ou que não podem servir.
Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos, salientou que há “conflitos, contendas e incivilidade geral em abundância” no mundo atual.
“Estamos enfrentando um tipo de uma Terceira Guerra Mundial que não é uma luta para derrotar nossos inimigos, mas para reunir e alistar os filhos de Deus a se importarem mais uns com os outros e a ajudarem a curar as feridas que encontramos em um mundo com tantos conflitos” disse Élder Holland .
“A Grande Depressão que agora enfrentamos tem menos a ver com a evidente perda de nossas economias e mais a ver com a perda de nossa confiança, com a falta real de fé, esperança e caridade ao nosso redor.”
Os instrumentos necessários para criarmos um dia mais brilhante e fomentarmos uma economia de bondade genuína na sociedade são fornecidos pelo evangelho de Jesus Cristo. “Nós não podemos falhar — o mundo não pode falhar — em colocar em pleno uso estes conceitos do evangelho e fortificar os convênios pessoal e publicamente.”
Élder Dieter F. Uchtdorf, do Quórum dos Doze Apóstolos, testificou que Deus vive e se importa com cada um de nós, mesmo em momentos de tumulto, confusão e caos.
“É surpreendente o que podemos aprender quando olhamos um pouco mais de perto para os planos de salvação e exaltação do Pai Celestial, o plano de felicidade para Seus filhos” disse Élder Uchtdorf.
Aqueles que se sentem insignificantes, rejeitados e esquecidos podem aprender a ter a certeza de que Deus não os esqueceu. “De fato, Ele oferece a Seus filhos algo inimaginável: torná-los ‘herdeiros de Deus, e coerdeiros com Cristo” (Doutrina e Convênios 84:38).
Continuando a mensagem da necessidade de inclusão e de união, Élder Gary E. Stevenson, do Quórum dos Doze Apóstolos, falou na manhã de sábado sobre como a bondade é um princípio de cura fundamental do evangelho. Ter “os corações entrelaçados em unidade e amor uns para com os outros” (Mosias 18:21) se aplica universalmente a todos os santos dos últimos dias: adultos, jovens e crianças”, disse ele.
Os adultos têm a responsabilidade de serem modelos de bondade, inclusão e civilidade, ensinou Élder Stevenson, e de “ensinarmos o comportamento cristão à nova geração pela maneira como falamos e como agimos. Isso é especialmente importante devido às mudanças marcantes que temos observado na sociedade, como divisão na política, nas classes sociais e em quase qualquer assunto que as pessoas façam distinção.”
Jesus Cristo convida todos a se tornarem como Ele — e a fazerem de Sua Estalagem (Sua Igreja), um refúgio para as tempestades da vida, Élder Gerrit W. Gong, do Quórum dos Doze Apóstolos, também ensinou na sessão da manhã de sábado.
Os discípulos do Senhor chegam à Sua estalagem (Sua Igreja) com imperfeições, disse ele.
“Ainda assim, todos temos algo importante para dar. Nossa jornada em direção a Deus é frequentemente encontrada em conjunto. Pertencemos à uma comunidade unida — seja enfrentando pandemias, tempestades, incêndios florestais, secas ou atendendo silenciosamente às nossas necessidades diárias. Recebemos inspiração ao nos aconselharmos, ouvindo cada pessoa, inclusive cada irmã, e o Espírito”, disse Élder Gong.
Os discípulos do Salvador são todos iguais. Não há discípulos de “segunda classe”. Quando os membros da Igreja falham e são precipitados, inconscientes, críticos ou preconceituosos, eles buscam perdoarem uns aos outros e procuram fazer melhor, ensinou Élder Gong.
Testificando da habilidade do Salvador de resolver a “injustiça ” encontrada na mortalidade, Élder Dale G. Renlund, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou que, à medida que as pessoas desenvolvem fé em Jesus Cristo, elas se esforçam para se tornarem como Ele.
“Assim, tratamos os outros com compaixão e tentamos aliviar as injustiças onde as encontramos” continuou Élder Renlund.“Podemos tentar corrigir as coisas dentro de nossa de esfera de influência. Na verdade, o Salvador nos instruiu a nos ocuparmos zelosamente em uma boa causa e a fazermos muitas coisas de [nossa] livre e espontânea vontade, e realizarmos muita retidão’” (Doutrina e Convênios 58:26-29).
O modo como as pessoas lidam com as vantagens e desvantagens faz parte do teste da vida, disse Élder Renlund. “Seremos julgados, não tanto pelo que dizemos, mas pelo modo como tratamos os vulneráveis e desfavorecidos. Como membros da Igreja, procuramos seguir o exemplo do Salvador fazendo o bem. Demonstramos nosso amor ao próximo tentando garantir a dignidade de todos os filhos do Pai Celestial.”
