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A irmã Eubank ensina como neutralizar a vergonha associada à pornografia

“Costumávamos ensinar nossas famílias a evitarem a pornografia. Isso agora é impossível” disse a irmã Sharon Eubank, primeira conselheira na presidência geral da Sociedade de Socorro e presidente dos Serviços de Caridade dos Santos dos Últimos Dias, durante seu discurso de abertura na Conferência Anual da Coligação de Utah Contra a Pornografia [Utah Coalition Against Pornography] no sábado, dia 14 de abril. 

A pornografia está cada vez mais generalizada na sociedade. Em 2020, sites que apresentam conteúdos pornográficos receberam mais visualizações do que o Twitter, Instagram, Netflix, Zoom, Pinterest e LinkedIn combinados.

Como a pornografia “chega até nós em uma enxurrada constante e nos lugares mais inocentes... Precisamos aprender a conversar sobre ela”, explicou a irmã Eubank em uma das maiores conferências contra a pornografia no mundo.

Duas reações comuns ao sermos expostos à pornografia são a aceitação e a vergonha — ambas estão em extremos opostos do espectro e são prejudiciais.

O perigo de aceitarmos a exposição à pornografia e o seu uso é que isso resulta em danos ao cérebro, disse ela.

Quando visualizamos materiais pornográficos, os receptores de fantasia, verificação e velocidade do circuito cerebral do prazer são atingidos, e o cérebro torna-se mais apegado às imagens do que às pessoas da vida real, uma vez que são menos estimulantes.

“Este ciclo de experiência altera drasticamente a maneira como o cérebro processa o estímulo, e não é de forma alguma normal ou natural, disse a irmã Eubank. “A aceitação da pornografia retarda as próprias qualidades humanas que tornam nossa vida rica e gratificante: conexão, empatia, generosidade, disciplina e alegria no momento.”

A vergonha advinda da pornografia é “uma autoaversão paralisante que interrompe todo progresso com a sua repetição constante de que somos essencialmente indignos e fracassados.”

A vergonha dificulta o melhoramento e a cura, e precisa ser reduzida ao seu máximo possível quando conversamos sobre a pornografia.

O que as cinco características da pornografia ensinam sobre a prevenção

A irmã Eubank apresentou uma estrutura para neutralizarmos a vergonha e “guiarmos as conversas sobre a pornografia de uma maneira produtiva e eficaz.” 

Irmã Sharon Eubank.
Irmã Sharon Eubank. | The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints

A estrutura de comunicação é baseada nos princípios de fé, esperança e caridade. 

A fé no bom caráter de Deus é incrivelmente confortante, disse a irmã Eubank. “Se pedirmos a Sua ajuda da menor e mais insegura forma, Ele não nos repreenderá, mas nos dará liberalmente.”

A fé em Deus é o “bom remédio” para a cura que a pornografia exige.

Ter fé uns nos outros é mais um aspecto importante para superarmos a vergonha, uma vez que o uso da pornografia tende a separar e distanciar as pessoas.

“A melhor maneira de lutar contra o silêncio e o sigilo é nos unirmos e acendermos as luzes novamente — juntos ao invés de sozinhos”, disse a irmã Eubank.

Ela sugeriu cinco maneiras de termos conversas produtivas a respeito da pornografia:

  • Perguntem o que uma pessoa precisa
  • Ouçam sem julgar
  • Estejam uns com outros
  • Não comparem
  • Reconheçam a dor e o sofrimento.

A esperança também é fundamental para a jornada de cura de qualquer pessoa afetada pela pornografia.

A irmã Eubank compartilhou as palavras de Melanie Holt, líder de um grupo de apoio para viciados em pornografia de Utah, e enfatizou que, aqueles cujos entes queridos têm problemas com pornografia, devem “apoiá-los emocionalmente e deixar que o Salvador faça o Seu trabalho. ... Muitas vezes, não queremos que as pessoas tenham que fazer coisas difíceis, mas elas têm que fazê-las para progredirem. Caso contrário, resgatá-las faz com que se tornem incapacitadas.”

O último princípio na estrutura da irmã Eubank é a caridade, “o puro amor de Cristo.”

Ela chamou a caridade de “antídoto supremo para os efeitos da pornografia” porque, “embora a pornografia seja inerente e essencialmente egoísta por natureza, a caridade ‘é benigna…não se ensoberbece; não busca seus interesses … tudo crê, tudo espera, tudo suporta’” (Morôni 7:45).

A irmã Eubank fez convites específicos para nos comunicarmos a respeito da pornografia com filhos, cônjuges, noivos, escolas e legisladores, e concluiu repetindo as palavras de Paulo aos romanos:

“Mas em todas essas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem os poderes, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8:37-39).

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