Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos, e a irmã Sharon Eubank, presidente dos Serviços de Caridade dos Santos dos Últimos Dias e primeira conselheira na presidência geral da Sociedade de Socorro, participaram virtualmente da AMAR Windsor Dialogue Conference 2021 [Conferência de Diálogo AMAR de Windsor de 2021] em Windsor, Inglaterra, realizada de 21 a 23 de junho de 2021.
A saúde mental e emocional de milhões de pessoas em acampamentos de refugiados — e o apoio de que precisam para expressar a fé religiosa — foi o foco do evento que reuniu líderes religiosos, acadêmicos e representantes do governo, de acordo com um relatório da Sala de Imprensa da Igreja [em inglês] de 24 de junho.
Realizada no histórico Cumberland Lodge em Windsor, Inglaterra, a conferência foi organizada pela Baronesa Emma Nicholson, presidente da AMAR Foundation [site em inglês] que busca construir e melhorar a vida, assim como os meios de subsistência dos pobres e desfavorecidos. A palavra AMAR é traduzida como “o construtor” em alguns dialetos árabes.
Mais importante do que simplesmente doar dinheiro para apoiar os refugiados, Élder Holland disse durante a conferência: “Vamos nos certificar de dar a eles a oportunidade de continuar sua esperança, sua expressão, seu amor a Deus ou seu relacionamento com Deus, qualquer que seja a maneira como eles acreditam.”
Élder Holland enfatizou o lugar essencial da música na adoração religiosa e no fortalecimento do senso individual de autoestima entre os refugiados. “Precisamos dar às pessoas os laços que as unem e as tornam quem são, e a música será uma delas”, disse ele.
Com os refugiados permanecendo em acampamentos por uma média de 11 anos, cuidar de sua saúde mental e emocional é fundamental, disse a irmã Eubank. O trauma que eles experimentaram “deve ser gentilmente aliviado em um ambiente seguro e processado com grande habilidade.”
Cerca de 32% dos adultos refugiados sírios relatam se sentir tão desesperados que não querem continuar vivendo, disse a irmã Eubank, citando uma pesquisa conduzida em acampamentos na Jordânia pelo Center for Mind Body Medicine [Centro de Medicina para o Corpo e Mente]. Ela disse que os Serviços de Caridade dos Santos dos Últimos dias aprenderam lições valiosas com parceiros em várias partes do mundo e ofereceu “três sugestões críticas” com essas experiências:
1. “Reconhecer de que a cura espiritual é um remédio poderoso e vital para os serviços.
2. “Oferecer cuidados emocionais e espirituais básicos, incluindo exemplos de outras pessoas que se recuperaram e como encontraram alívio.
3. “Conectar os pontos de cuidado emocional e espiritual para um plano abrangente e consistente.”
Élder Gary B. Sabin, Setenta Autoridade Geral e presidente da Área Europa, mencionou as primeiras experiências de opressão religiosa dos santos dos últimos dias e destacou o princípio da liberdade religiosa.
“É responsabilidade de todas as pessoas de fé e consciência compreender e promover essa liberdade humana fundamental para si mesmas e para todos os nossos vizinhos”, disse Élder Sabin. “Para nós, a lição de nossa história é ainda dura; é claro que a liberdade religiosa não deve ser minimizada.”
Outros participantes da conferência de Windsor incluíram o Rev. Alastair Redfern, da Igreja anglicana, que conduziu a conferência; Boyce Fitzgerald, que supervisiona o trabalho humanitário dos santos dos últimos dias na Área Oriente Médio/África Norte; Michael Bochmann, professor de violino e música de câmara no Conservatório de Música e Dança Trinity Laban; W. Cole Durham, presidente do G20 Interfaith Forum [Fórum Interreligioso do G-20]; Brett G. Scharffs, diretor, Centro Internacional de Estudos de Direito e Religião, Universidade Brigham Young; e David M. Kirkham, membro sênior da Faculdade de Direito da BYU.