Os Estados Unidos enfrentam uma escolha crítica entre continuar o legado de seus pais fundadores ou deixá-lo de lado — ou “ser uma nação sob Deus ou sem Deus”, disse Élder Tad R. Callister, Setenta Autoridade Geral Emérito.
Discursando durante o Freedom Festival [Festival de Liberdade], um evento patriótico do norte-Americano, realizado no Estádio LaVell Edwards em Provo, Utah, no dia 4 de julho de 2021, Élder Callister, ex-advogado, salientou a importância da missão divinamente designada dos fundadores da nação e a necessidade de um povo com princípios morais e religiosos para defender a Constituição hoje.
Uma chuva intermitente ameaçou encurtar ou cancelar o evento da noite de domingo, mas o programa — que incluiu hinos patrióticos e seleções musicais interpretadas pelo Millennial Choirs and Orchestras [Coros e Orquestras Millennial], tais como o hino nacional do país “The Star Spangled Banner”, “America, The Beautiful” [América, A Bela], “Grandioso És Tu”, e “God, Bless América” [Deus, Abençoe a América] — foi apresentado após um pequeno atraso.
Élder Callister iniciou seus comentários “neste dia memorável de gratidão”, afirmando que os pais fundadores da nação não apareceram ao mesmo tempo por coincidência. A explosão de talento personificada em cada um deles não foi produzida por uma série de nascimentos aleatórios ou aberrações genéticas, disse ele.
“Deus os enviou em uma época e local específicos para que cumprissem sua missão divinamente designada. E qual era essa missão? Era formar um governo que estabelecesse nossos direitos divinos, incluindo a liberdade de expressão e religião, para que pudéssemos nos tornar uma nação sob Deus, em vez de uma nação sem Deus.”
No dia 4 de julho, os norte-americanos celebram a Declaração de Independência, que define esses direitos divinos, disse Élder Callister. “Mas, por si só, esta Declaração não era suficiente. Precisávamos de um documento que não apenas definisse tais direitos, mas que também os protegesse — ou seja, a Constituição.
Ele citou James Madison, conhecido como o Pai da Constituição, que disse: “É impossível para o homem de pensamento devoto não notar neste documento um dedo daquela mão Onipotente que tão frequente e evidentemente se estendeu para nos ajudar nas fases críticas da revolução.”
Élder Callister observou que as pessoas que menosprezam os pais fundadores da nação são livres para criticarem, protestarem, votarem por mudanças, se candidatarem e exercerem a liberdade religiosa — ou irreligiosa — “porque nossos ‘pais fundadores’ fizeram com que isso fosse possível.”
Para aqueles que especulam que a democracia norte-americana, mais cedo ou mais tarde, teria evoluído de qualquer forma, Élder Callister argumentou: “Na época do nobre experimento de nossos fundadores, não havia nada igual no mundo. Por séculos, e até mesmo milênios de história já registrada, não houve democracia comparável que tivesse a amplitude de liberdades e o poder duradouro que eles criaram. A iniciativa deles foi ousada e engenhosa, a partir da qual muitos outros países posteriormente padronizariam seus governos
Contudo, por mais inspirada que a Constituição tenha sido, disse Élder Callister, os pais fundadores sabiam que ela não seria um documento viável sem um povo com princípios morais. Ele citou John Adams, que disse: “Nossa Constituição foi feita apenas para um povo com princípios morais e religiosos. Ela é completamente inadequada para o governo de qualquer outro povo.”
Eles compreendiam o princípio de que, quanto mais moralidade e religião tivermos, menor será a necessidade de intervenção governamental e execução coerciva, disse Élder Callister, “e, consequentemente, maior será nossa liberdade.”
Já que a religião é a melhor maneira de “encorajar as pessoas a viverem as leis de moralidade de Deus, os pais fundadores demonstraram, por suas palavras e ações, que a religião deveria ser incentivada de modo geral no setor público e no privado, sem jamais promover uma religião nacional.”
Élder Callister então citou vários exemplos que ilustram os sentimentos e as práticas dos pais fundadores concernentes à necessidade de religião no setor público, incluindo a sanção e a construção de monumentos pelo governo que fazem referência a Deus; o uso da oração em cada sessão do Congresso; e a proposta dos pais fundadores Thomas Jefferson e Benjamin Franklin de um selo nacional — um símbolo público — com as palavras “Deus, ou a Providência, favoreceu nossos empreendimentos.”
“A história dos Pais Fundadores é clara e inequívoca — eles incentivavam a religião no setor público. Por quê? Porque era a melhor maneira de promover a moralidade, e sem um povo com princípios morais, eles sabiam que a Constituição não sobreviveria como um instrumento viável”, disse Élder Callister.
Ele expressou seu amor pelos Estados Unidos e respeito pelos pais fundadores, “que fizeram sacríficos incríveis para estabelecerem e preservarem as liberdades das quais desfrutamos tão abundantemente. … Reconheço e expresso gratidão a Deus por Sua mão misericordiosa na formação e no destino de nossa nação.”
Concluindo, Élder Callister expressou sua esperança de que todos possam declarar, “Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Josué 24:15).
“Então teremos direito à promessa do salmista: ‘Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor’” (Salmos 33:12), disse Élder Callister.