O mundo sempre foi um lugar lindo e maravilhoso, por meio do poder criativo do Pai Celestial e de Jesus Cristo, mas também é um lugar de desastres naturais, brutalidade humana e outras desgraças.
“Isso é porque estamos aqui para sermos ensinados, testados e provados de maneiras que não eram possíveis na pré-existência”, ensinou o presidente da BYU-Idaho, Henry J. Eyring, aos alunos durante um devocional para todo o campus em 19 de abril, em Rexburg, Idaho.
Tais desafios são demonstrados nos relatos das escrituras, como o êxodo dos filhos de Israel do Egito que durou 40 anos e a “jornada de Leí e Néfi à sua terra prometida”.
“As jornadas dos santos sob [a liderança de] Joseph Smith e depois Brigham Young são comparadas ao Êxodo do Egito e a travessia de Néfi do velho ao novo mundo”, disse o presidente Eyring.
Nos últimos dois anos, membros da “família BYU-Idaho”, juntamente com cidadãos das comunidades vizinhas, estiveram em “uma jornada desencadeada por uma pandemia”.
“Enquanto mantemos um olho na pandemia, temos uma oportunidade valiosa de aprender e nos beneficiar dos eventos dos últimos dois anos.”
Inovações como novos cursos remotos e híbridos aprimorados foram “o equivalente ao maná educacional” e, embora os processos de aprendizado fossem diferentes, foram eficazes e “surpreendentemente bons. … Aprendemos muito no ‘deserto’ educacional”, disse o presidente Eyring.
Ele pediu a quatro estudantes e professores que refletissem e compartilhassem suas experiências durante a pandemia.
Christian Lloyd, estudante da BYU-Idaho, contou como aceitou as diretrizes da COVID-19 estabelecidas pela universidade, como o uso de máscara e distanciamento social.
“Usar uma máscara e seguir as outras diretrizes não era nada além de um pequeno inconveniente. … Se usar uma máscara e realizar o distanciamento social fossem o suficiente para ajudar outros a se sentirem mais à vontade para vir ao campus, então isso era o mínimo que eu podia fazer”, explicou.
“Não é nosso trabalho saber tudo agora. Nossa única responsabilidade é fazer o melhor que pudermos, seguir o Salvador, e aprender com aquilo que vivenciamos.”
Kristie Lords, diretora de bem-estar estudantil, refletiu sobre as muitas maneiras pelas quais ela testemunhou a ministração.
“Vi uma legião de pessoas se reunir para garantir que os alunos tivessem comida, e recebessem cuidados e apoio adequados além da sala de aula”, disse ela. “Isso não resolveu a crise global, mas forneceu uma imagem de paz quando o mundo estava tumultuado e famílias e entes queridos estavam separados por fusos horários.”
A aluna Cassi Johnson falou sobre as formas diferentes de se conectar com outras pessoas durante a pandemia, mesmo se sentindo “perdida e confusa”. Ela encontrou maneiras de cultivar relacionamentos e servir aos outros, e teve experiências pelas quais “será eternamente grata”.
O membro do corpo docente, Joe Anderson, lembrou das mudanças de perspectiva que ele e sua família vivenciaram durante o início da pandemia.
“Antes da COVID, a sociedade moderna estava se movendo a um ritmo cada vez maior e nossa vida diária era perpetuamente agitada”, disse ele. “Felizmente, os primeiros dias da COVID nos forçaram a desacelerar. Pode não ter parecido uma bênção para muitos, mas minha família se beneficiou do tempo que passamos juntos focando no que realmente importa.”
O presidente Eyring concluiu sua mensagem citando as palavras de Presidente Russell M. Nelson, que disse: “A maneira como você lida com as provações da vida faz parte do desenvolvimento de sua fé. A força vem quando você se lembra de que tem uma natureza divina, uma herança de valor infinito.”
“Com essa base de entendimento, podemos buscar a orientação do Espírito para ajudar nossos colegas e outros entes queridos”, disse o presidente Eyring. “Então, juntos, podemos nos aproximar e, finalmente, nos qualificar para a terra prometida.”
A irmã Kelly Eyring, esposa do presidente Eyring e mãe de três filhos que se formaram na BYU-Idaho, e dois filhos que estão atualmente matriculados em universidades da Igreja, compartilhou seu “conselho maternal” com os alunos.
“O que focarmos preencherá nossos pensamentos e afetará nossas ações”, disse ela. “A oração será uma maneira de focar sua mente nas coisas pelas quais vocês são gratos.”
Ela também expressou sua esperança de que “vocês e meus meninos fiquem atentos às pessoas que precisam de um ato de bondade.” Servir ao próximo percebendo as necessidades dos outros sempre contribui para um dia melhor, disse ela.
Finalmente, ela encorajou os alunos a lembrarem de que “o nosso melhor é tudo o que é necessário. Estamos todos aprendendo, e aprender inclui cometer erros.”
“Podemos ser fortalecidos”, disse ela. “Podemos fazer mais do que apenas esperar ter um ótimo semestre. Podemos fazer dele um ótimo semestre.”