O presidente da Ensign College, Bruce C. Kusch, mostrou aos alunos e professores fotos do que ele fez nas férias de Natal, como quando foi rei por um dia em um país latino-americano e quase marcou o gol da vitória em uma partida da Copa do Mundo. Mas ele confessou que as fotos eram falsas e “toda identidade foi uma invenção” porque “cada imagem foi criada por um programa de software de inteligência artificial.”
Ele então compartilhou uma verdadeira experiência sobre ser chamado de “velhinho” em um hospital. “Duas histórias”, disse o presidente Kusch, “uma sobre identidades que não criei e outra sobre um rótulo que, pelo menos na minha opinião, não estava correto.”
O rótulo correto, segundo ele, é “nossa verdadeira identidade como filhos de Deus.”
No primeiro devocional do semestre de inverno da Ensign College [em inglês], o presidente Kusch e sua esposa, a irmã Alynda Kusch, discursaram no Assembly Hall na Praça do Templo na terça-feira, 10 de janeiro.
Compreendendo nosso potencial divino
“Se eu tivesse uma esperança sobre o que vocês aprenderam com minha mensagem esta manhã”, disse o presidente Kusch, “seria que vocês levassem consigo um testemunho firme, nascido pelo poder do Espírito Santo, de quem vocês realmente são: filhos de Deus, filhos de pais celestiais amorosos e alguém com potencial divino. Esse testemunho, firme, inamovível e inabalável, é essencial para todos nós ao nos esforçamos para enfrentar os desafios da mortalidade.”
Presidente Kusch pediu que a congregação cantasse “Sou um filho de Deus”. Ele convidou os participantes a ponderarem cuidadosamente em suas palavras, que contêm mensagens “que devem nos fazer refletir profundamente.”
“Para mim, ‘Sou um Filho de Deus’ me ensina sobre minha verdadeira identidade”, disse o presidente Kusch, “e me inspira a fazer as coisas que me qualificarão para viver na presença de Deus um dia, se eu viver digno de tal bênção.”
Rótulos que afetam o progresso eterno
O presidente Kusch pediu a quatro voluntários que respondessem a uma pergunta diferente sobre identidade. Antes de cada pergunta, ele citou partes da mensagem de Presidente Russell M. Nelson no Devocional Mundial para Jovens Adultos em maio de 2022.
Depois de compartilhar o conselho de Presidente Nelson sobre os três identificadores mais importantes, filhos de Deus, filhos do convênio e discípulos de Cristo, o presidente Kusch perguntou: “Como podemos evitar adotar ou aceitar um rótulo que possa afetar nosso progresso eterno?”
Outras perguntas que ele deixou para os ouvintes ponderarem foram: “Como cada um de nós pode evitar ser crítico ou demonstrar hostilidade em relação ao outro?” e “Como podemos manter o conhecimento de nossa verdadeira identidade como filhos de Deus, em primeiro lugar em nossas mentes?”
‘Será que esta neve e frio nunca acabarão?’
A irmã Kusch começou seu discurso compartilhando sua experiência no inverno nas últimas semanas, como dirigir em uma nevasca e escorregar no gelo. Em contraste, sua amiga estava relaxando no calor do México. “E se todos os dias fossem ensolarados e quentes?”, perguntou a irmã Kusch.
“Seria o ‘céu’, certo?” disse ela. “Talvez não. ... Sem um dia de neve, vocês poderiam realmente apreciar o calor do sol ou seria apenas mais um dia?”
A irmã Kusch leu a declaração de Leí em 2 Néfi 2:11, de que “é necessário que haja oposição em todas as coisas.” Embora as pessoas possam pensar nesta escritura no contexto do arbítrio, elas também podem pensar em como sua vida poderia melhorar por meio da adversidade.
O princípio da rocha polida
Este paradoxo de se tornar melhor através de dificuldades é o que a irmã Kusch chamou de “o princípio da rocha polida”. Ela mostrou à congregação uma foto de uma rocha lisa de um lado e áspera do outro, causada pela fricção quando a água e a areia correram sobre o lado liso.
Ela viu este princípio acontecer com seu pai, que teve que desistir de algumas atividades por causa de problemas como artrite grave, deterioração da visão e uma reação alérgica grave. Mas, apesar destas dificuldades, “emergiu um homem mais gentil, amoroso e grato.”
Ela disse: “Percebi que a oposição e os desafios são, na verdade, um presente. ... Eles nos levam ao Senhor. Eles nos colocam de joelhos em oração. Eles nos ajudam a cavar fundo dentro de nós mesmos, e nos motivam a fazer coisas difíceis. Eles suavizam nossas arestas e refinam nossa alma.
Observar seu pai superar dias difíceis ensinou a irmã Kusch a fazer cinco coisas: reconhecer que coisas inesperadas acontecem; comemorar pequenas vitórias; perseverar; fazer coisas para convidar o Espírito; e reconhecer a mudança pessoal com os desafios.
“Portanto”, disse ela, “sejam gratos pelo dom da oposição, pelos desafios, pelas coisas difíceis. Eles suavizam nossas arestas, nos levam a Deus e nos ajudam a apreciar um dia lindo e quente de sol.”