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Líder de banda e regente da ala com síndrome de Down ensina sobre inclusão através da música

Jameson Jones é membro da banda da Westlake High School e regente em sua ala, e transmite uma paixão contagiante pela música a outras pessoas

Quando a fanfarra Westlake Thunder Marching Band de Saratoga Springs, Utah, alcançou o terceiro lugar em uma grande competição em novembro, talvez ninguém tenha ficado mais entusiasmado do que o líder honorário da banda, Jameson Jones.

A música é e sempre foi a linguagem de Jameson. O estudante de 17 anos de idade está cursando o terceiro ano do ensino médio na Westlake High School e participa da aula de Habilidades para a Vida, para um grupo de estudantes com necessidades especiais. Jameson nasceu com síndrome de Down e um dom natural para a música.

Ele tem tocado na seção de percussão durante a maior parte da temporada e é divertido vê-lo reger, disse o diretor do grupo, Randy Brady.

“Ele sabe como reger de forma expressiva e como moldar a música”, disse Brady. 

Jameson não rege apenas sua banda escolar — ele também é regente da Ala Saratoga Springs 4 e rege a música durante a reunião sacramental uma vez por mês.

O bispo Justin Jackson disse que Jameson é repleto de amor, entusiasmo e positividade.  

“A energia e a paixão que ele coloca na regência da música são contagiantes. Eu noto grandes sorrisos e, às vezes, lágrimas quando ele serve desta maneira”, disse o bispo Jackson.

O diretor de música da ala costumava servir com os Rapazes, e conhecendo bem Jameson, perguntou se ele gostaria de reger uma vez por mês, disse a mãe de Jameson, Cindy Jones. 

“A paixão que ele transmite à congregação é inacreditável. Ele é muito alegre”, disse Jones. “Nunca ouvi ‘Deus Vos Guarde’ de uma maneira tão alegre.”

Jameson Jones rege a música para sua ordenação ao ofício de mestre em sua residência em Saratoga Springs, Utah, em janeiro de 2019.
Jameson Jones rege a música para sua ordenação ao ofício de mestre em sua residência em Saratoga Springs, Utah, em janeiro de 2019. | Cindy Jones

O dom e a linguagem da música

Jones disse que Jameson não fala muito bem — pelo menos aqueles que não o conhecem bem, para que consigam entendê-lo. Ele recebeu tratamento para leucemia quando era bem pequeno e isso interferiu no desenvolvimento de sua fala. Mas ele tem amado a música desde a mais tenra idade.

“Ele é naturalmente dotado. Se removêssemos esse véu de deficiência, ele seria um maestro”, disse Jones. 

Começando com uma bateria de presente, depois um violino e outros instrumentos ao longo do caminho, Jameson também trabalhou para comprar uma estante para partitura e uma batuta.

A cada conferência geral, Jameson assiste com sua estante de música e rege com os diretores do Coro do Tabernáculo [em inglês], especialmente Mack Wilberg. “Ele o imita”, disse Jones. “Ele adora assistir ao Coro do Tabernáculo, e canta com eles e os rege.” 

Jameson Jones rege a música em sua sala de estar, com Ryan Murphy, diretor musical associado do Coro do Tabernáculo, em sua sala de estar durante a conferência geral de abril de 2020.
Jameson Jones rege a música em sua sala de estar, com Ryan Murphy, diretor musical associado do Coro do Tabernáculo, em sua sala de estar durante a conferência geral de abril de 2020. | Cindy Jones

Um ano ele recebeu um grande hinário no Natal porque adora os hinos, explicou Jones. Ele também rege ou toca com o CD de hinos. 

Certo fim de semana, Jameson tocou os hinos do hinário, do início ao fim. Jones disse que o Espírito encheu sua casa. Quando ele quer dizer alguma coisa, as palavras muitas vezes vêm dos hinos.

Recentemente, Jameson foi convidado a discursar em sua ala e Jones o ajudou a praticar as palavras e dizê-las ao microfone. 

“Seu testemunho foi a letra dos hinos: ‘Meu coração lhe ofertei. Minha alma cantos tem e mostrando minha gratidão, Seu nome exaltarei. Assombro me causa o amor que me dá Jesus.’"

Inclusão na escola e na igreja

Brady disse que fazia sentido, não apenas incluir Jameson no programa da banda da escola, mas também aceitar sua participação, porque ele já havia visto isso antes. O vizinho de Brady durante sua infância tinha necessidades especiais e era membro de sua ala. Outro menino em sua estaca tinha síndrome de Down e também participava da banda da escola.

“Para mim como professor, foi bom trabalhar com um estudante com necessidades especiais e encontrar maneiras significativas de integrá-lo”, disse Brady.

Brady disse que Jameson transmitiu luz e positividade para a banda. 

“Se cada membro da banda fosse tão dedicado e entusiasmado como Jameson, estaríamos anos-luz à frente de onde estamos agora.”

Os pais de Jameson, especialmente sua mãe, compareciam a todos os ensaios para ajudar, caso fosse necessário, de alguma forma. Jameson é o caçula da família, com três irmãs mais velhas. Ele se formará no ensino médio na primavera [no hemisfério norte], e depois frequentará o Alpine Transition and Education Center [Centro de Transição e Educação de Alpine], onde aprenderá outras habilidades para a vida adulta. Sua família também espera que ele consiga servir uma missão de serviço no futuro.

Quando ele estuda as escrituras com seus pais, ele lê as palavras que conhece e repete as que não conhece, disse Jones.

O bispo Jackson disse que Jameson e seu pai abençoam o sacramento regularmente. “É difícil entender o que Jameson diz, então ele e seu pai proferem a oração palavra por palavra após anos de prática.” 

Com a ajuda de seu pai, ele também leva e abençoa o sacramento para uma irmã da ala todos os domingos. 

Várias emissoras de televisão de Utah apresentaram Jameson quando ele regeu a banda Westlake Thunder durante a competição no dia 5 de novembro, e Brady espera que a atenção inspire outras pessoas a tentarem ser mais inclusivas.

“Acho que, às vezes, as pessoas têm medo porque não estão seguras das necessidades ou não sabem como trabalhar com esses estudantes”, disse ele. “Quando não entendemos algo, temos medo de tentar. Espero que isto possa ser um exemplo para outras pessoas de que não é algo assustador, estes estudantes são como quaisquer outros. Eles apenas têm necessidades diferentes, as quais podemos aprender a respeito.”

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