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3 dicas do élder Renlund para tornar-se mais receptivo espiritualmente

Élder Dale G. Renlund, do Quórum dos Doze Apóstolos, fala durante um devocional no campus da BYU no Marriott Center em Provo, Utah, no dia 3 de dezembro, 2019. Crédito: Foto de BYU
Élder Dale G. Renlund, do Quórum dos Doze Apóstolos, fala durante um devocional no campus da BYU no Marriott Center em Provo, Utah, no dia 3 de dezembro, 2019. Crédito: Foto de BYU
Élder Dale G. Renlund, do Quórum dos Doze Apóstolos, fala durante um devocional no campus da BYU no Marriott Center em Provo, Utah, no dia 3 de dezembro, 2019. Crédito: Foto de BYU
Estudantes escutam élder Dale G. Renlund, do Quórum dos Doze Apóstolos, falando durante um devocional no campus da BYU no Marriott Center em Provo, Utah, no dia 3 de dezembro, 2019. Crédito: Foto de BYU
Irmã Ruth Renlund fala durante um devocional no campus da BYU no Marriott Center em Provo, Utah, no dia 3 de dezembro, 2019. Crédito: Foto de BYU

PROVO, Utah – Por ser um médico experiente, élder Dale G. Renlund sabe que receptores funcionais são vitais para a boa saúde.

Hormônios produzidos nas glândulas são transportados pelas correntes sanguíneas para estimular células específicas ao interagir com os receptores. Se o receptor é disfuncional, doenças podem ocorrer.

Como um membro do Quórum dos Doze Apóstolos, élder Renlund também conhece bem os perigos eternos de um receptor espiritual disfuncional.

Em seu discurso no devocional na terça, dia 3 de dezembro, no Marriott Center da Universidade Brigham Young, ele testificou que o amor de Deus por Seus filhos é infinito, perfeito e sem defeitos.

“Mas, o que fazemos se não sentimos o amor do Pai Celestial e de Jesus Cristo?” ele perguntou aos participantes.

“Eu sei com certeza que o problema não está no amor Deles. O problema está com os seus receptores pelo amor Deles. Se você tem disfunção de seus receptores pelo amor de Deus, você pode perder seu caminho e ceder aos perigos, como a desesperança, o desamparo e a solidão”.

Estudantes escutam élder Dale G. Renlund, do Quórum dos Doze Apóstolos, falando durante um devocional no campus da BYU no Marriott Center em Provo, Utah, no dia 3 de dezembro, 2019.
Estudantes escutam élder Dale G. Renlund, do Quórum dos Doze Apóstolos, falando durante um devocional no campus da BYU no Marriott Center em Provo, Utah, no dia 3 de dezembro, 2019. | Crédito: Foto de BYU

Quando o receptor de uma pessoa pelo amor de Deus é disfuncional, a influência de Deus na vida dele ou dela é minimizada. A habilidade de sentir o amor e cuidado amoroso do Pai Celestial e de Seu Filho é perdida.

“Sem o Pai Celestial e Jesus Cristo e sem Sua influência em nossas vidas, não temos pastor. Sem Eles, não há vela — o que significa que não há poder. Sem Eles, não há âncora — o que significa que não há estabilidade, especialmente em momentos de tempestade. Sem Eles, não há nada com que conduzir — o que significa que não há direção. A falta de poder, a falta de estabilidade e a falta de direção são todas consequências de receptores disfuncionais de Seu amor”.

A disfunção de receptores do amor de Deus não acontece totalmente de uma vez — mas lenta e imperceptivelmente com o tempo.

Élder Renlund disse que ele, assim como qualquer outra pessoa, está vulnerável a esse tipo de receptor disfuncional.

Muitos anos atrás, ele e sua esposa, irmã Ruth Renlund, e sua filha, Ashley, estavam morando em Baltimore enquanto ele recebia treinamento avançado de medicina no Hospital John Hopkins. Os anos de treinamento foram “brutais, de tempo intensivo e exaustivos”.

No final do seu primeiro ano no John Hopkins, o jovem Dr. Renlund estava cansado. Sua agenda rigorosa só permitia que ele frequentasse a Igreja nos domingos por metade do tempo.

“Num domingo, eu percebi que se eu apressasse com meu trabalho, eu conseguiria ir com minha esposa e minha filha para a Igreja”, ele disse. “Mas então, eu tive esse pensamento. Se eu diminuísse um pouco o ritmo e esperasse, eu só chegaria em casa depois que minha esposa e filha saíssem. Dessa forma, eu poderia faltar à Igreja e tirar uma soneca.

“Me mortifica dizer que eu fiz exatamente isso”.

Mas o sono não veio. Ao invés, ele “ficou profundamente perturbado”. Ele sempre amou ir para a Igreja. Ele tinha um testemunho forte da realidade de vida de Cristo. Mas naquela tarde, ele percebeu que faltava a intensidade.

Ele sabia o porquê.

“Eu havia parado de fazer de maneira consistente alguns atos pessoais e privados de devoção”, ele disse. “Minha rotina era de levantar-me pela manhã, orar e ir para o trabalho. Algumas vezes, não havia diferença entre o fim do dia e o começo do próximo. Eu trabalhava durante a noite e o próximo dia, voltava à casa tarde o segundo dia e ficava dormido sem fazer uma oração nem ler nada das escrituras.

Élder Dale G. Renlund, do Quórum dos Doze Apóstolos, fala durante um devocional no campus da BYU no Marriott Center em Provo, Utah, no dia 3 de dezembro, 2019.
Élder Dale G. Renlund, do Quórum dos Doze Apóstolos, fala durante um devocional no campus da BYU no Marriott Center em Provo, Utah, no dia 3 de dezembro, 2019. | Crédito: Foto de BYU

“No dia seguinte, o ciclo começava de novo. Eu tinha permitido que meus receptores do amor de Deus ficassem lentos, então as coisas do Espírito ficaram menos urgentes e importantes”.

Élder Renlund lembrou de ter levantado do sofá, se ajoelhado no chão e suplicado a Deus por ajuda e perdão. Em seu coração e mente, ele formulou um plano de mudar seu padrão de comportamento.

Ele começou com simples lembretes.

Sua lista “de afazeres” diária incluía orações pela manhã e à noite. Ele trouxe uma cópia do Livro de Mórmon para seu cubículo no hospital e lia a cada dia, mesmo que só fossem alguns versículos. Ele se comprometeu a nunca perder uma oportunidade de partilhar do sacramento.

“Ao promulgar meu novo curso de ação, a intensidade retornou e meu testemunho queimou intensamente novamente. Eu estremeço de pensar o que poderia ter acontecido se eu não tivesse me levantado daquele sofá naquela tarde de domingo. Minha vida teria sido bem diferente. Ao invés disso, o Pai Celestial e Jesus Cristo novamente se tornaram centrais na minha vida. Meus receptores do amor de Deus e minha afinidade pelo Espírito melhoraram”.

Uma incapacidade de sentir o amor de Deus também pode prover do pecado ou de “não perseverar no caminho do convênio”.

Essa incapacidade também pode vir de doenças físicas ou mentais que pode exigir ajuda profissional. “Deus espera que busquemos ajuda profissional quando necessário”.

Para remediar esse receptor disfuncional do amor de Deus, élder Renlund seguiu uma prescrição tripla comprovada:

Primeiro, ele se arrependeu.

“Arrependimento é um processo alegre. Lembrem-se que Deus não se importa realmente com quem você foi e com o que fez. Ele se importa com quem você é, com o que está fazendo e com quem você está se tornando”.

O segundo passo, ele disse, é o que o presidente Russell M. Nelson se refere a “diariamente banquetear-se com as palavras de Cristo no Livro de Mórmon”.

E terceiro, ele garantiu que nunca perdesse uma oportunidade de partilhar do sacramento para que pudesse ter o Espírito Santo com ele.

“Essa é a prescrição tripla para receptores disfuncionais do amor de Deus: o arrependimento, o estudo das escrituras e o partilhar do sacramento para ter o Espírito Santo conosco. Se não cuidarmos dessa disfunção no início, acabaremos ‘perdendo a sensibilidade’ (1 Néfi 17:54). E isso é fatal espiritualmente”. 

Ao lidar com seus receptores disfuncionais do amor de Deus, uma pessoa restaura o poder, a estabilidade e a direção na sua vida.

Élder Dale G. Renlund, do Quórum dos Doze Apóstolos, fala durante um devocional no campus da BYU no Marriott Center em Provo, Utah, no dia 3 de dezembro, 2019.
Élder Dale G. Renlund, do Quórum dos Doze Apóstolos, fala durante um devocional no campus da BYU no Marriott Center em Provo, Utah, no dia 3 de dezembro, 2019. | Crédito: Foto de BYU

“O prognóstico quando esse receptor disfuncional é tratado”, ele prometeu, “é excelente”.

Élder Renlund encerrou convidando sua vasta audiência a “dê a si mesmo um presente de Natal adiantado e levante-se do sofá, como eu fiz naquela tarde de domingo muito tempo atrás”.

Tome medidas para garantir que os receptores espirituais do amor de Deus estejam funcionando completamente.

“Então, ao continuar fazendo esses atos de devoção pessoais e privados, você não voltará para os receptores disfuncionais”.

Em seu discurso no devocional na terça, irmã Renlund disse que num mundo cheio de super-heróis fictícios, os seguidores de Cristo tem acesso a um superpoder maior do que já tenha sido concebido.

“Você pode ter o poder de Deus em sua vida — um superpoder definitivo e bem real”.

Ela se referiu aos ensinamentos do presidente Nelson da conferência geral de outubro de 2019 de que o poder de Deus flui dos convênios do sacerdócio. O poder de Deus é o poder de mudar, sobrepujar desejos carnais e preocupações egoístas e tornar-se “mulheres e homens santos” preparados para entrar no reino de Deus.

Grande poder, ela disse, vem através do convênio do batismo e dos convênios do sacramento.

Irmã Ruth Renlund fala durante um devocional no campus da BYU no Marriott Center em Provo, Utah, no dia 3 de dezembro, 2019.
Irmã Ruth Renlund fala durante um devocional no campus da BYU no Marriott Center em Provo, Utah, no dia 3 de dezembro, 2019. | Crédito: Foto de BYU

“Podemos receber poder e incentivo para mudar ao testemunharmos a Deus, nosso Pai, que estamos dispostos a tomar sobre nós o nome de Jesus Cristo. Quando tomamos sobre nós o nome de Jesus Cristo, nos identificamos com Ele como Seu discípulo. Nos conectamos com Seu nome, com Ele.

“Nos conectarmos com Seu nome nos ajuda a nos identificarmos com Ele e nos muda quando alcançamos Seus atributos e características”.

Irmã Renlund compartilhou uma experiência do Dr. Craig H. Selzman, um cirurgião cardiotorácico que foi designado para uma premiação acadêmica nomeada pelo seu colega cirurgião, Dr. Russell M. Nelson, e sua esposa falecida, irmã Dantzel W. Nelson.

Apenas dias antes de aceitar aquela honra, Dr. Selzman estava checando seus pacientes após um dia cheio de operações. Após examinar um paciente, ele percebeu que o paciente precisava voltar para a sala de operações.

Por um momento, Dr. Selzman ficou frustrado e desapontado. Ele sabia que passaria outra longa noite no hospital. Mas então, ele refletiu sobre seu futuro compromisso com a premiação de Russell M. Nelson. Ele conhecia Dr. Nelson como um cirurgião com uma reputação de ser um cavalheiro que mantinha suas emoções sob controle e sempre tratava seu time de operações com bondade e respeito.

Dr. Selzman decidiu seguir o exemplo do Dr. Nelson na sala de operações. Ele mudou sua atitude e comportamento porque ele percebeu que seu nome estava ligado ao de Russell M. Nelson.

“Talvez possamos refletir no que pode e deve acontecer ao nos ligarmos com o nome de nosso Salvador”, disse irmã Renlund. “Ao fazermos isso, nós também podemos mudar. Nós receberemos poder — poder sobre-humano — poder de Deus para nos voltarmos para nosso Salvador e nos tornarmos como Ele. Podemos ter o poder para resistir à tentação e ser protegidos do mal, poder de aceitarmos e cumprirmos com chamados desafiadores, poder de discernir a verdade do erro, poder para tomar decisões críticas em nossas vidas que nos manterão no caminho do convênio, poder de encontrar alegria independente de nossas circunstâncias, poder de selecionar entre as muitas atividades da vida e escolher aquelas coisas que são mais elevadas e mais santas”.

Ao alcançar as características de Cristo, ela concluiu, pode-se vivenciar os frutos da Expiação, mais paz, mais caridade, mais amor e gratidão pelo Salvador.

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