Quando garoto e morando nas colônias do México no final dos anos de 1800, Heaton Lund experienciou uma manhã de Natal muito diferente daquelas apreciadas por muitas pessoas nos dias de hoje.
Ele escreveu em sua história pessoal de ter ido logo cedo na manhã de Natal, checar suas ovelhas. Ouviu então um “pequeno balido” no estábulo e descobriu que Nelly tinha dado a luz a dois cordeirinhos.
Correu de volta para casa e batendo palmas anunciou a sua mãe: “Tenho o melhor Natal de todos vocês… ‘O’ Nelly teve dois cordeirinhos.”
As crianças deixaram suas laranjas e outras coisas que ganharam no Natal na mesa, e correram para o celeiro para ver os cordeirinhos. “Foi a coisa mais maravilhosa que já recebemos no Natal”, Heaton relembrou.
A irmã Becky Craven, segunda conselheira na presidência geral das Moças, disse que quando ouviu pela primeira vez a história da surpresa de Natal para Heaton, que era o avô de seu marido, sua mente e coração a levaram a pensar em outro cordeiro nascido no dia de Natal — Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus.
“Assim como Heaton correu para ver seus novos cordeirinhos, imagino os pastores se apressando para ver o Filho de Deus recém-nascido”, disse a irmã Craven em suas observações durante o Devocional de Natal da Primeira Presidência, no dia 6 de dezembro. “Vocês podem visualizar o que eles devem ter testemunhado naquele humilde e sagrado cenário? Vejo um amoroso José, ajudando sua esposa, Maria, conforme eles ponderavam sobre o nascimento do Messias prometido.”
A irmã Craven disse que considera particularmente terno o relato de Maria, embrulhando seu bebê recém-nascido em um cueiro. Recentemente, ela observou sua nora embrulhando sua nova filhinha em um cobertor quentinho e macio, e a segurando perto de si.
Embrulhar — ou firmemente enrolar — um bebê em cobertores, tem sido uma prática usada através da história para acalmar um bebê inquieto, observou a irmã Craven. “Ao olhar para nossa nora embrulhando seu bebê, pensei em outros que possam ter precisado de um cueiro, mesmo que seja virtual. Uma palavra bondosa, um ouvido atento ou um coração compreensível, podem confortar e aliviar a alma agoniada de outros.”
Há alguns anos, enquanto o genro da irmã Craven passava por uma cirurgia cardíaca, sua filha enviou uma mensagem para atualizar seus sogros que estavam servindo uma missão em um país longínquo. Sua sogra respondeu com a mensagem: “Enviando para vocês, abraços celestiais.”
Sentada sozinha no corredor do hospital, uma enfermeira passou e, olhando para os olhos cheios de lágrimas da filha da irmã Craven, perguntou se ela gostaria de um cobertor. Embora tenha recusado, a enfermeira voltou e a embrulhou firmemente em um coberto quentinho. “Sinto que você precisa de um abraço celestial”, disse a enfermeira.
Depois de relatar a história acima, a irmã Craven testificou: “O Cordeiro de Deus, também conhecido como o Bom Pastor, conhece cada ovelha de Seu rebanho. Em nossos momentos de necessidade, frequentemente Ele envia seus anjos terrenos, como uma enfermeira compreensiva para nossa filha, para nos envolver e abrigar em Seus amorosos braços.”
A irmã Craven disse que, ao considerar as muitas formas que o Senhor cuida de cada indivíduo, ela sente o desejo de compartilhar esse amor e “reconhecer melhor os abraços celestiais e cueiros que tem recebido, mas que tem sido lenta em reconhecê-los.”
Palavras gentis, atos de compaixão e bondade podem ser como embrulhar uma outra pessoa em um cobertor quentinho, disse a irmã Craven. Quanto mais as pessoas forem compelidas a servirem, mais “cobertores celestiais o Senhor nos dá para compartilharmos”, disse a irmã Becky Craven.
A irmã Craven convidou os ouvintes, conforme eles sentem o amor, compaixão e paz do Salvador, a compartilharem essas bênçãos com outros. “Ao ponderar sobre a dádiva do Cordeiro de Deus, o bebê embrulhado e deitado na manjedoura, faço minhas as palavras do jovem Heaton, Ele é ‘a coisa mais maravilhosa que já recebemos [ou jamais receberemos] no Natal.’”