Imagine o seguinte: rapazes missionários de tempo integral de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ensinando uma lição, ou fazendo um contato, vestindo algo que não seja sua marca registrada – camisa branca e gravata —, como uma camisa azul e sem usar gravata.
Estas são as últimas exceções no padrão de vestimenta para os rapazes que servem como missionários da Igreja, conforme aprovado pela Primeira Presidência e pelo Quórum dos Doze Apóstolos, e anunciado na sexta-feira, dia 12 de junho.
As presidências de área da Igreja podem usar as exceções — de vestir camisa branca ou azul, e a opção de usar ou não gravata — para reajustar o padrão de vestimenta dos missionários em locais específicos, ajudando a manter e melhorar sua dignidade, segurança, eficácia, aproximação e sensibilidade cultural, representando adequadamente o Senhor e Sua Igreja.
As exceções são os últimos ajustes na longa tradição da Igreja de padrões de vestuário e aparência para os missionários, que inclui várias mudanças somente na última década.
“O vestuário missionário tem se adaptado regularmente ao longo do tempo, de acordo com a localização, o estilo e os costumes”, disse o Élder Dieter F. Uchtdorf, membro do Quórum dos Doze Apóstolos, que preside o Conselho Executivo Missionário da Igreja. “Estas exceções são uma continuação desse processo.
“Em todas as nossas considerações, mantemos em mente o chamado missionário para representar Jesus Cristo, sua saúde e segurança, e as características culturais dos lugares onde servem.”
O traje padrão para jovens missionários do sexo masculino continuará sendo camisa branca e gravata e, em algumas áreas, terno. Mas em áreas de ensino e contato aprovadas, para onde as exceções são dadas, os élderes podem usar uma camisa branca ou azul simples e, possivelmente, não usar gravata.
Tais exceções serão determinadas pelas presidências de cada área, juntamente com os presidentes de missão que, posteriormente, notificarão os élderes, caso as exceções se apliquem a suas áreas designadas.
Os élderes continuarão a seguir os padrões de vestimenta para missionários, de usar camisa branca e gravata — e terno, em áreas específicas — ao frequentarem o templo, reuniões dominicais de adoração, conferências de liderança e de zona, Centros de Treinamento Missionário, reuniões batismais e outras reuniões da Igreja.
“A vestimenta dos missionários sempre deverá ser digna, respeitosa e acessível para que eles cumpram seu propósito de ensinar as pessoas sobre o evangelho de Jesus Cristo”, disse o Élder Uchtdorf.
Isto marca a primeira modificação significativa no padrão de vestimenta para missionários desde a mudança que ocorreu em dezembro de 2018, dando às sísteres a opção de usar calças em atividades missionárias e de treinamento normais. Semelhantemente aos élderes, que são orientados a usar camisa branca e gravata em situações específicas, as sísteres ainda usam vestido ou saia ao frequentarem o templo, reuniões dominicais de adoração, conferências de liderança e de zona, devocionais do CTM, reuniões batismais e outras reuniões da Igreja.
O uso de calças ajuda a minimizar, e até mesmo prevenir, doenças transmitidas por vetores de mosquitos, carrapatos e pulgas. Em cerca de metade das missões no mundo todo, as sísteres tinham sido autorizadas desde 2016 a usar calças durante as estações úmidas infestadas de insetos. Outros benefícios para as sísteres que usam calças incluem ficar mais quente em climas frios e andar mais facilmente de bicicleta em áreas de proselitismo.
Veja outras mudanças nos padrões de vestuário e aparência para missionários, ocorridas na última década:
- O uso de terno não é mais obrigatório em áreas da África, Ásia, América Central, Ilhas do Pacífico e América do Sul (anunciado em 2015).
- A suspensão do uso de mochilas por todos os missionários, a permissão do uso de sandálias e salto, com o calcanhar fechado, para as sísteres e a permissão do uso de ternos cinza ou marrom e calças cinza, marrom, bege ou cáqui parar os élderes (2013).
- A permissão do uso de acessórios simples e de estampas mais alegres nas roupas para sísteres, bem como o uso opcional de meia-calça e uma modificação no comprimento da saia (2011).
Outras exceções de vestuário têm uma história mais longa, como os élderes vestindo camisas brancas de manga curta em climas mais quentes ou durante estações mais quentes, ou missionários nas ilhas do Pacífico vestindo a tradicional lavalava, uma peça retangular de tecido estampado usado como saia ou kilt e conhecido por outros nomes específicos em culturas como Fiji, Samoa e Tonga.
As novas exceções entrarão em vigor, conforme as presidências de área tomarem decisões para as missões que fazem parte de sua área. Os élderes não são obrigados a comprar camisas azuis para complementar o guarda-roupa, mas podem adicioná-las à medida que camisas de reposição forem necessárias. Além disso, novos missionários que serão designados para locais específicos serão alertados para possíveis exceções em sua área de serviço na seção “Itens Específicos para sua Missão” em seu pacote de chamado.
O Élder Uchtdorf prevê uma transição tranquila para as exceções de vestimentas, semelhante às mudanças do ano passado dos métodos de comunicação semanal com a família, que agora incluem bate-papos, telefonemas e chamadas de vídeo.
“Estamos muito confiantes de que isso é algo que os missionários adotarão — e o farão de uma maneira muito madura e digna”, disse.
O apóstolo acrescentou que as exceções ajudam a diminuir quaisquer impressões de que os missionários vestidos mais formalmente “estejam acima de qualquer um”, ou ainda a percepção que outras pessoas possam ter de que eles “são melhores quando estão ensinando”. Além disso, as exceções não devem ser consideradas como uma desvalorização casual da aparência dos missionários.
“A mudança não deve ser vista como uma desvalorização, mas uma abertura”, disse, acrescentando que “fará com que tenhamos uma conexão melhor com as pessoas que tentamos encontrar e ensinar — e até mesmo com nossos membros”.
O evangelho de Jesus Cristo é comunicado por meio de palavras, atos e exemplos, disse o Élder Uchtdorf. “Esperamos que, por intermédio dessas exceções, possamos aumentar nosso alcance às comunidades, aos indivíduos e às famílias.”