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Veja fotos e conheça um pouco da vida do Presidente Dallin H. Oaks

Élder Dallin H. Oaks responde às perguntas durante uma entrevista em seu escritório no Edifício Administrativo da Igreja em Salt Lake City na quarta-feira, dia 10 de janeiro de 2018. Crédito: Kristin Murphy
Dallin (último à direita) e membros da família na fazenda em Payson, em meados de 1945. Crédito: Cortesia da Família Oaks
Élder Dallin H. Oaks com sua mãe, Stella, seu irmão Merrill e sua irmã Evelyn. O pai de Élder Oaks faleceu quando ele tinha apenas oito anos de idade, e sua mãe criou os três filhos sozinha. Crédito: Foto cortesia: Dallin H. Oaks
Dallin Oaks foi locutor de rádio na KOVO quando era estudante, se tornou um distinto advogado, presidente da BYU, juiz da Suprema Corte de Utah e agora é membro do Quórum dos Doze Apóstolos da Igreja. Crédito: Deseret News
Foto do casamento de Dallin com June. Crédito: Cortesia da Família Oaks
June e Dallin com as filhas Sharmon e Cheri em meados de 1956. Crédito: Deseret Book
Crédito: Jenny Oaks Baker
A família Oaks com seu mais novo membro, Dallin D., sentado no colo de June, na primavera de 1961. Crédito: Cortesia da Família Oaks

Em 1984, Presidente Dallin H. Oaks estava servindo como juiz da Suprema Corte de Utah e ponderando e orando sobre decisões que poderiam levá-lo até a Suprema Corte dos Estados Unidos. Embora estivesse diligentemente procurando por respostas, ele não conseguia obter uma confirmação espiritual sobre se tornar um juiz federal. 

Então na noite de sexta-feira, dia 6 de abril de 1984, enquanto Presidente Oaks estava no Arizona para cuidar de assuntos judiciais, Presidente Gordon B. Hinckley telefonou para o seu quarto de hotel para lhe dizer que havia sido chamado como um membro do Quórum dos Doze Apóstolos. Presidente Oaks ficou chocado. 

Embora não parecesse a pessoa mais provável para se tornar um apóstolo, a vida do Presidente Oaks não tem sido nenhum pouco convencional, observou seu biógrafo, Richard E. Turley Jr.

O pai de Élder Oaks faleceu quando ele tinha 7 anos de idade, deixando sua mãe, Stella, sozinha para criar os três filhos.  Devido à Guerra da Coreia, ele não pôde servir uma missão de tempo integral e, em vez disso, frequentou a Universidade Brigham Young e se casou com sua namorada, June Dixon. Em meio a uma promissora carreira como advogado, ele foi convidado para servir como presidente da Universidade Brigham Young. Ele e sua esposa, June, criaram seis filhos. Após a morte de June, ele namorou e se casou com Kristen McMain quando já era um apóstolo.

Ao longo de sua vida, ele aprendeu a buscar e agir de acordo com as impressões espirituais que o capacitaram a responder ao chamado do Presidente Hinckley, apesar de estar chocado e de se sentir inadequado: “Minha vida está nas mãos do Senhor, e minha carreira está nas mãos de Seus servos” (“In the Hands of the Lord: A vidade Dallin H. Oaks, p. 174, Richard E. Turley Jr. [“Nas Mãos do Senhor: A Vida de Dallin H. Oaks”])

Abaixo encontram-se trechos de sua nova biografia “Nas Mãos do Senhor: A Vida de Dallin H. Oaks” [ainda não traduzido para o português], que mostram um pouco de seu serviço durante sua vida.

A morte de seu pai

Em outubro de 1939, Lloyd [pai de Dallin] adoeceu e passou 16 dias no hospital. … A princípio, os médicos concluíram que Lloyd tinha câncer. Logo em seguida, seu irmão Weston veio de Twin Falls para levá-lo até Salt Lake City. … Três dias depois, Lloyd telefonou para Stella de Salt Lake City. Ele tinha um novo diagnóstico — tuberculose — mas disse a Stella que “estava se sentindo bem e animado”. (…)

Élder Dallin H. Oaks com sua mãe, Stella, seu irmão Merrill e sua irmã Evelyn. O pai de Élder Oaks faleceu quando ele tinha apenas oito anos de idade, e sua mãe criou os três filhos sozinha.
Élder Dallin H. Oaks com sua mãe, Stella, seu irmão Merrill e sua irmã Evelyn. O pai de Élder Oaks faleceu quando ele tinha apenas oito anos de idade, e sua mãe criou os três filhos sozinha. | Crédito: Foto cortesia: Dallin H. Oaks

Mas não aconteceu assim. Bem cedo, na manhã do dia 10 de junho de 1940, com Stella e a irmã Nettie ao seu lado no sanatório, Lloyd Edress Oaks — marido fiel, pai, membro da Igreja e médico — finalmente sucumbiu à doença que provavelmente havia contraído ao cuidar de um paciente. Lloyd tinha 37 anos de idade quando faleceu, deixando Stella, de 34 anos, com três crianças pequenas: Dallin com 7 anos, Merrill com 4, e Evelyn, de apenas 15 meses.  (…)

Dallin (último à direita) e membros da família na fazenda em Payson, em meados de 1945.
Dallin (último à direita) e membros da família na fazenda em Payson, em meados de 1945. | Crédito: Cortesia da Família Oaks

Dallin estava na casa da fazenda dos pais de Stella quando recebeu a notícia da morte de seu pai. Isso o deixou arrasado. 

“Vovó Harris e eu estávamos a sós quando ela me contou que meu pai havia morrido”, Dallin escreveu. “Corri para o quarto na velha casa deles, me ajoelhei e comecei a orar para que isso não fosse verdade. Após ter estado lá por apenas alguns minutos, vovô entrou chorando. Ele se ajoelhou ao meu lado, colocou seus braços em volta de mim e prometeu que seria um pai para mim. (…) 

“Mesmo tendo derramado muitas lágrimas por causa da morte de meu pai, naquele momento e mais tarde”, refletiu Dallin, “Nunca me lembro de ter culpado o Senhor ou de ter me sentido amargurado por ele ter sido levado. Eu atribuo isso à fé e garantia que recebi de minha mãe e meus avós, cujas atitudes reforçaram a doçura das minhas memórias e fizeram com que a possível energia de ressentimento se tornasse uma alegre expectativa de me reunir com ele um dia. 

Décadas após aquela experiência, Dallin falou publicamente sobre a lição que aprendeu com a morte de seu pai: “A Fé, não importando quão grande seja, não pode produzir um resultado contrário à vontade Daquele que retém esse poder. O exercício da fé no Senhor Jesus Cristo está sempre sujeito à ordem dos céus, à bondade e à vontade e sabedoria do Senhor, que escolherá o tempo oportuno para que alguma coisa seja realizada” (“Nas Mãos do Senhor” pp. 9-11).

Fé para servir

No começo de 1961, Dallin foi convidado para almoçar com um homem que admirava muito, John K. Edmunds, presidente da Estaca Chicago e advogado. Durante o almoço, presidente Edmunds chamou Dallin para servir uma missão de estaca e ser um dos conselheiros na presidência da missão da estaca. … Ao fazer o chamado, escreveu Dallin, presidente Edmunds lhe disse que requereria 40 horas de proselitismo por mês, além de tempo para o estudo do evangelho e outras coisas mais — equivalente a pelo menos três ou quatro noites por semana.” 

A família Oaks com seu mais novo membro, Dallin D., sentado no colo de June, na primavera de 1961.
A família Oaks com seu mais novo membro, Dallin D., sentado no colo de June, na primavera de 1961. | Crédito: Cortesia da Família Oaks

Uma vez que a carga pesada de Dallin na firma de [advocacia] o mantinha no trabalho três ou quatro noites por semana, o chamado exigiu um grande exercício de fé. “Eu não podia enxergar como poderia aceitar este chamado e ainda dar conta de meu trabalho como advogado”, Dallin se angustiou. “Mesmo assim, não podia negar um chamado que sabia ter vindo do Senhor, especialmente através de um servo do Senhor que havia exercido uma influência muito poderosa ao me ensinar princípios justos. Com toda a fé que possuía, aceitei o chamado.” (…)

Ele trabalhou humildemente e com afinco, não se deixando desanimar. Sua missão de estaca lhe trouxe uma fortuna de conhecimento do evangelho ao estudar as escrituras e aprender com o presidente de missão da estaca, um homem de fé. Porém, talvez o maior aprendizado tenha sido o grande exercício de sua fé. Logicamente, não parecia ser possível cumprir seu chamado na Igreja e ter um bom desempenho na firma de advocacia. Contudo, ele pode reconhecer as bênçãos “fora do comum — e até mesmo milagrosas — que são concedidas aos que servem o Senhor.” 

Com apenas duas semanas de serviço missionário, ele testificou à sua mãe: “Estou me sentindo muito feliz com este trabalho, e sei que o Senhor está me abençoando para que eu consiga realizar o meu trabalho jurídico com muito mais eficácia, de forma que eu possa me dedicar totalmente ao Seu serviço.” Ao final de março, ele relatou aos seus entes queridos: “Meu trabalho missionário segue em um ritmo assombroso. … Meu dia inteiro já está de cabeça para baixo, e minha prioridade é … meu trabalho missionário, com a advocacia vindo em segundo lugar. Mesmo assim, estou conseguindo completar meu trabalho.” 

“Embora estivesse dedicando menos tempo para o trabalho da firma de advocacia”, Dallin refletiu mais tarde: “Meu avanço na firma e meu sucesso no trabalho pareciam acelerar ao invés de declinar. Em muitas ocasiões, recebia trabalhos no final da tarde para serem feitos à noite, quando já tinha um compromisso missionário agendado. Após oração fervorosa, ia à biblioteca da firma e recebia impressões de onde deveria procurar para completar minha pesquisa e quais palavras deveria usar para escrever o memorando em tempo recorde. Durante dois anos, nunca tive que desmarcar um compromisso missionário” (“Nas Mãos do Senhor”, pp. 77-80).

‘O Senhor o designou’

Às 8:30 da manhã do dia 10 de março de 1971 — após dirigir durante a noite toda — Dallin e June chegaram a Williamsburg, Virgínia. A conferência de Dallin não começava até a tarde, então eles fizeram o check-in no hotel e decidiram visitar o campo de batalha de Yorktown, situado a 48 quilômetros de distância. Quando estavam saindo do estacionamento, Dallin percebeu que havia deixado o mapa do local no quarto e voltou para buscá-lo. Ao entrar no quarto, o telefone tocou, e a pessoa que estava na linha era o próprio Élder Neal A. Maxwell, Comissário de Educação da Igreja. Ele estava ligando, em nome do comitê de seleção, à procura de um novo presidente para a BYU, e marcou um dia para que Dallin se reunisse com o grupo no escritório de Élder Marion G. Romney, do Quórum dos Doze, no dia 19 de março. 

A ligação confirmou as premonições de Dallin, as quais ele resumiu em um papel poucos meses depois. “De vez em quando, após ter me formado em Direito”, disse ele, “eu comentava com June que sentia que o Senhor estava me preparando para algum serviço especial. Com frequência estes pensamentos e comentários acompanhavam alguma realização ou evento, como meu cargo de secretário na Suprema Corte, minha nomeação como reitor interino da faculdade de Direito ou minha experiência no comitê disciplinar, onde parecia que havia recebido responsabilidades e realizado muito além das minhas habilidades naturais. Frequentemente, eu compartilhava com ela esses pensamentos de que, como o Senhor estava me concedendo muito, Ele certamente teria a expectativa de um retorno, e esperava ter a sabedoria para reconhecer a oportunidade quando o chamado viesse, e a coragem para aceitá-lo.” 

Presidente Dallin H. Oaks deleita os fãs de basquete como mascote da BYU “O Puma Cosmo” durante um jogo em 1978.
Presidente Dallin H. Oaks deleita os fãs de basquete como mascote da BYU “O Puma Cosmo” durante um jogo em 1978. | Crédito: Deseret News Archives

Dallin viajou para Utah como requisitado, e se encontrou com o comitê de seleção de Élder Romney e com os Presidentes Harold B. Lee e N. Eldon Tanner da Primeira Presidência. As entrevistas pareceram ter ido bem. Então, no sábado, dia 27 de março, de volta a Chicago, ele estava em seu escritório da faculdade de Direito quando June telefonou para lhe dizer que Presidente Lee estava tentando falar com ele. Dallin respondeu à ligação e Presidente Lee foi direto ao assunto. “Nós gostaríamos que você fosse o presidente da BYU”, ele disse a Dallin. “O que você acha disso?” 

“Fiquei chocado, sem fala e fui tomado pela emoção” recordou Dallin. “Quando consegui falar, soltei uma pergunta inapropriada, do tipo: ‘Você tem certeza do que está fazendo?’ (…)

Dallin disse à Primeira Presidência e ao comitê de seleção que “não existia trabalho no mundo que eu não pudesse realizar com a ajuda do Senhor, e agora que eles me garantiram que havia sido escolhido sob a inspiração do Senhor, sabia que poderia estar à altura.” Mesmo assim, Dallin continuou buscando sua própria confirmação espiritual, e por uma experiência incomum e sagrada, ele logo ouviu a divina voz declarar, “Eu escolhi você.” 

No final das contas, Dallin não estava na primeira lista dos 25 possíveis candidatos do comitê de seleção. “Ninguém no comitê o conhecia”, recordou Neal Maxwell. “Mas o Senhor o designou” (“Nas Mãos do Senhor”, pp.120-123).

Tempo para a família

[Poucos meses depois do início de seu segundo ano como presidente da BYU], um repórter entrevistou Presidente Oaks e sua família para ver como eles mantinham o equilíbrio com todas as demandas do dia a dia. “O jantar é provavelmente a experiência mais importante que temos em nossa família”, explicou o presidente, “porque não importa o que eu tenha para fazer, sempre tento estar em casa para o jantar.” 

June disse: “Ser presidente da BYU não tem feito muita diferença na jornada de trabalho do Dallin. Ele sempre trabalhou com afinco e se manteve muito ocupado. Ele chega em casa e trabalha à noite após o jantar. Estou acostumada com seu ritmo — ele não teria chegado onde está agora se não tivesse trabalhado dessa maneira.” 

A jovem Jenny Oaks Baker lê um livro com seu pai, Dallin H. Oaks, agora um membro do Quórum dos Doze Apóstolos. | Crédito: Jenny Oaks Baker

June também falou do papel de Dallin como pai. “Ele está sempre interessado em ser um bom pai”, disse ela. “Às vezes, as crianças ligam para ele e dizem: ‘Tenho que falar com você’. Ele diz, tudo bem, conversaremos assim que eu acabar isto ou aquilo. E ele também se certifica de que eles tenham o tempo que necessitam.” 

“As crianças falaram abertamente a respeito de seu pai”, escreveu o repórter. Cheri descreveu o senso de humor de seu pai, como a família se divertia junta e a maneira pela qual eles brincavam e provocavam uns aos outros. “Quando tenho um problema”, disse ela, “sempre posso procurar meu pai, e ele sempre deixará o que está fazendo de lado para me ajudar.” TruAnn concordou. “Ele é muito divertido, sobretudo quando nos conta histórias”, especialmente “A História do Urso” de James Whitcomb Riley, que ele sempre lê com o “sotaque perfeito”. Dallin D. acrescentou que seu pai tinha “histórias para qualquer assunto que pudesse surgir durante o jantar, e todas eram engraçadas.”

Moldado para o chamado

Antes da ordenação [como apóstolo no dia 3 de maio de 1984], seguindo um modelo estabelecido em 1835, quando Oliver Cowdery discursou para os primeiros doze Apóstolos nos últimos dias, Presidente Hinckley lhe deu uma responsabilida, à qual ele respondeu. Mesmo antes, Dallin tinha feito a pergunta a si mesmo: “Pelo resto de sua vida, você será um juiz e advogado que foi chamado para ser um Apóstolo, ou será um Apóstolo que costumava ser um advogado e juiz?” 

Dallin H. Oaks, Juiz da Suprema Corte de Utah, tornou-se um apóstolo de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Aos 51 anos de idade, Oaks foi nomeado à suprema corte em 1980, após ter servido por nove anos como presidente da Universidade Brigham Young de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Mais tarde ele se tornaria um membro do Quórum dos Doze Apóstolos da Igreja.
Dallin H. Oaks, Juiz da Suprema Corte de Utah, tornou-se um apóstolo de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Aos 51 anos de idade, Oaks foi nomeado à suprema corte em 1980, após ter servido por nove anos como presidente da Universidade Brigham Young de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Mais tarde ele se tornaria um membro do Quórum dos Doze Apóstolos da Igreja. | Crédito: Deseret News Archives

“Existe uma grande diferença entre essas duas perguntas”, ele compreendeu. Ele estava familiarizado com a lei e as questões lidadas pela maioria dos administradores: comitês, relações públicas, funcionários e relações humanas em geral.  “Estava certo de que todos nós temos a tendência de concentrar nossos esforços nas coisas que são familiares e fáceis — onde nos sentimos em casa”, disse ele. “Somos repelidos pelas coisas que são desconhecidas e difíceis. 

“As partes mais importantes de meu chamado” — na verdade “as únicas partes que são realmente inigualáveis no serviço do Senhor”, ele reconheceu — “são aquelas de que eu nada sabia a respeito — onde eu teria que começar novamente desde o princípio. Eu sabia que se dedicasse meu tempo para as coisas que eram naturais e que me sentia qualificado a fazer, eu nunca seria um Apóstolo. Eu sempre seria um ex-advogado e juiz. Decidi que não queria isso para mim. Decidi que concentraria meus esforços no que eu havia sido chamado a fazer, não no que eu estava qualificado a fazer. Determinei que, ao invés de tentar moldar meu chamado às minhas credenciais, eu tentaria me moldar ao meu chamado” (“Nas Mãos do Senhor”, pp. 83-184).

Experiência na Igreja global

Élder Dallin H. Oaks e a irmã Kristen Oaks com presidente Kim Anternorcruz da estaca Fairview Filipinas em uma conferência via satélite.
Élder Dallin H. Oaks e a irmã Kristen Oaks com presidente Kim Anternorcruz da estaca Fairview Filipinas em uma conferência via satélite. | Crédito: Foto cortesia da Área das Filipinas

No domingo, dia 11 de julho de 2004, Élder e irmã Oaks tiveram a experiência culminante de seus dois anos nas Filipinas em uma conferência de área transmitida da sede da estaca Fairview, em Quezon City, para capelas por toda a região. Muitos chegaram na sede da estaca três horas mais cedo. “Seus espíritos poderosos”, escreveu Élder Oaks, “inspiraram a todos.” Os discursantes focaram nos assuntos que a Presidência da Área havia enfatizado nos dois anos anteriores. “Eu fui o último discursante”, escreveu Élder Oaks, “e dei uma visão geral de nossos objetivos e do progresso que havíamos alcançado nas Filipinas. 

“O Espírito foi extremamente forte”, ele observou. “Kristen comentou que esta tinha sido a reunião mais poderosa da qual já havia participado nas Filipinas, e eu senti o mesmo. Ela disse que esta foi uma ocasião em que o alimento espiritual havia sido servido e a audiência estava consumindo o máximo possível. Isso encheu nossos corações.” Com respeito a reuniões anteriores e a essa, a irmã Oaks escreveu: “Lembro-me de que, várias vezes, grandes multidões de filipinos cercaram o Presidente Oaks ao sairmos. Eles vieram ao seu peito e o envolveram como se estivessem dando um grande abraço coletivo.” (…)

Seus dois anos de experiência nas Filipinas forneceram uma perspectiva importante da qual ele precisaria em uma Igreja cada vez mais global. Foi um tempo precioso para criar vínculos, enquanto Dallin e Kristen ensinaram e trabalharam juntos. Anos após sua experiência nas Filipinas, Élder Oaks diria que aprendeu mais naqueles dois anos do que em qualquer outro período de dois anos de seu ministério (“Nas Mãos do Senhor”, pp. 275, 277).

Chamado à Primeira Presidência

[Após ter sido chamado como Presidente da Igreja], Presidente Nelson explicou que, “tornou-se então minha responsabilidade discernir quem o Senhor havia preparado para ser meus conselheiros.” Esta escolha foi emocionalmente excruciante. Como eu poderia escolher apenas dois dos doze outros apóstolos, cada um dos quais amo tão profundamente? foi sua preocupação.  Ele, é claro, procurou por direção divina em sua escolha. (…)

Enquanto Presidente Nelson entrevistava cada [Apóstolo] individualmente, os outros se mantinham reverentemente sentados. “Não havia nenhuma conversa, nenhum passatempo com algum tipo de interação,” recordou Élder D. Todd Christofferson. “Todos estavam lá com seus próprios pensamentos e orações.” Éder Dieter F. Uchtdorf havia servido na Primeira Presidência com Presidente Monson, e quando ele se reuniu com Presidente Nelson, ele recomendou dois outros homens para servirem como conselheiros na Primeira Presidência. “Élder Oaks foi um dos quais recomendei”, explicou ele mais tarde. 

“Durante essas entrevistas”, Presidente Nelson relatou, “ficou muito claro para mim, enquanto eu orava a respeito disso, que Dallin deveria ser o Primeiro Conselheiro porque, após minha morte, ele será o próximo Presidente da Igreja. Isto é a coisa mais bondosa que eu poderia fazer pela Igreja e por ele … dar-lhes essa exposição.” 

A maneira de pensar do Presidente Nelson foi influenciada em parte por algo que Presidente Spencer W. Kimball lhe havia dito. “Lembro-me de quando Presidente Kimball foi chamado para ser o Presidente da Igreja”, relatou Presidente Nelson. “Eu era seu cirurgião. Ele confiava muito em mim, e disse: ‘Eu não sei nada sobre o trabalho da presidência da Igreja.’ Ele só havia servido no Quórum dos Doze. Os membros do Quórum dos Doze executam bem o seu trabalho e o conhecem bastante, mas isso não inclui nenhum aprendizado para coisas que são feitas apenas pela Primeira Presidência. Então, pensei, para o bem da Igreja, Dallin deveria estar na Primeira Presidência.”

Presidente Russell M. Nelson, 17º presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, sentado com seus conselheiros, Presidente Dallin H. Oaks, primeiro conselheiro (à esquerda), e Presidente Henry B. Eyring, segundo conselheiro (à direita), em uma coletiva de imprensa em Salt Lake City, Utah, na terça-feira, dia 16 de janeiro de 2018.
Presidente Russell M. Nelson, o 17º presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, sentado com seus conselheiros, Presidente Dallin H. Oaks, primeiro conselheiro (à esquerda), e Presidente Henry B. Eyring, segundo conselheiro (à direita), em uma coletiva de imprensa em Salt Lake City, Utah, na terça-feira, dia 16 de janeiro de 2018. | Scott G Winterton, Deseret News

Mesmo assim, após entrevistar todos os Doze, Presidente Nelson fez de sua escolha uma questão de profunda e reflexiva oração antes de anunciá-la. “Ele ficou sozinho por um longo tempo após a última pessoa” ser entrevistada, recordou Élder Eyring. 

Finalmente, após um longo período de entrevistas, ponderação e oração, Presidente Nelson retornou aos outros doze Apóstolos e anunciou ao grupo que seus dois conselheiros seriam Dallin H. Oaks e Henry B. Eyring. Como o mais antigo Apóstolo no ofício depois do Presidente Nelson, Presidente Oaks também serve como Presidente do Quórum do Doze, com M. Russell Ballard servindo como Presidente em exercício. Presidente Nelson pediu um voto de apoio para estes assuntos, e todos os treze Apóstolos ergueram suas mãos direitas. “Esta foi a primeira vez que Dallin soube” sobre seu chamado à Primeira Presidência, observou Presidente Nelson. “Eu não havia perguntado a ele” antes do voto de apoio.  

A dificuldade que Presidente Nelson teve na escolha de seus conselheiros, seguida pelo anúncio da vontade de Deus que lhe havia sido revelada a respeito do assunto, “foi mais doce do que poderíamos ter imaginado”, recordou Presidente Eyring. “Apenas doce. … Foi um belo momento” (“Nas Mãos do Senhor” pp. 345-346).

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