A Universidade Brigham Young formou seu Comitê de Raça, Igualdade e Inclusão no verão passado, como parte de um amplo esforço para eliminar o racismo, curar feridas e construir pontes de entendimento entre a vasta comunidade do campus.
De acordo com o comitê, esse esforço “começa ao entendermos e vivermos os dois maiores mandamentos dados pelo Mestre que nos cura, Jesus Cristo: amar a Deus de todo nosso coração e amar o próximo como a nós mesmos” (Mateus 22:35-39).
Recentemente, a BYU divulgou os principais resultados de sua pesquisa nacional sobre diversidade e equidade no campus, que incluiu dados de quase 20 mil entrevistados.
“Como comitê, nos sentimos afortunados e honrados ao ouvirmos indivíduos da comunidade da BYU descreverem suas experiências com o racismo. Sua honestidade e coragem irão ajudar a BYU a se tornar um lugar de maior inclusão”, disse Ryan Gabriel, professor assistente de Sociologia e membro do comitê, em um comunicado da BYU.
“Testemunhamos um imenso apoio e vimos como muitos na BYU estão trabalhando ativamente para melhorar o ambiente no campus, ao atenderem o chamado do presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Russell M. Nelson, para construirmos pontes de entendimento. Foi inspirador.”
Membros do comitê incluem administradores da universidade, professores e o treinador atlético de um time.
Michalyn Steele, professora de Direito da BYU e membro do comitê, acrescentou que está “motivada e esperançosa” de que mudanças significativas possam melhorar as experiências de pessoas negras, indígenas e pardas na BYU.
“Estou satisfeita com o comprometimento geral da comunidade da BYU de liderar a realização de um futuro mais inclusivo, quando os diversos dons de cada indivíduo são bem-vindos”, disse ela. “O trabalho do comitê é um primeiro passo importante para construirmos esse futuro juntos; é o trabalho de cada membro da família da BYU fazer parte da mudança positiva que está por vir.
O comitê forneceu a Kevin J Worthen, presidente da BYU, um relatório de 63 páginas e 26 recomendações, que estão disponíveis no site [em inglês] race.byu.edu.
A pesquisa nacional do ambiente do campus, feita pelo Higher Education Data Sharing Consortium [Consórcio de Compartilhamento de Dados do Ensino Superior], pode ser encontrada no site [em inglês] data.byu.edu. Além dos resultados do consórcio, mais informações sobre o sucesso acadêmico dos estudantes, incluindo taxas de graduação, podem ser encontradas no link data.byu.edu.
Os resultados da pesquisa, divulgados no anúncio de sexta-feira, 26 de fevereiro, enfatizam a necessidade de se criar um sentimento de inclusão em cada estudante e funcionário da BYU.
Os principais resultados da pesquisa incluem as seguintes estatísticas:
- No total, a maioria dos estudantes e funcionários (80%) responderam que estão satisfeitos com ambiente geral do campus da BYU, enquanto 9% responderam que estão insatisfeitos.
- Embora a maioria dos estudantes de cor e funcionários (71%) também tenha expressado satisfação com o ambiente do campus, a diferença entre os dois grupos, assim como o fato de que 13% dos estudantes de cor e funcionários estão insatisfeitos com o ambiente geral, indica que existe mais trabalho a ser feito para que todos os estudantes e funcionários se sintam totalmente bem-vindos à comunidade da BYU.
- A BYU tem procedimentos oficiais para reclamações de discriminação, mesmo assim, apenas 37% de todos os estudantes universitários disseram que sabiam com quem deveriam entrar em contato caso experienciassem ou observassem um ato de discriminação ou assédio.
- A pesquisa também apontou que 16% dos participantes disseram que haviam experienciado discriminação ou assédio no campus da BYU, nas residências fora do campus ou durante um evento ou programa afiliado à BYU. Desses 16%, a forma mais comum experienciada no ano passado foram comentários ofensivos.
Worthen disse que o comitê e seu estudo inicial foram impulsionados pelo chamado dos líderes da Igreja e pela Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor para que instituições educacionais revisassem procedimentos, diretrizes e atitudes organizacionais relacionadas ao racismo — e as eliminassem.
O Comitê de Raça, Igualdade e Inclusão, acrescentou Worthen, tem trabalhado incessantemente para alcançar tal objetivo.
“Eles nem sempre concordaram a respeito dos problemas que discutiram, mas ficou claro em nossas reuniões que, mesmo com suas diferenças, eles têm aprendido a respeitar e amar uns aos outros”, disse ele em um comunicado da BYU.
“Além das recomendações específicas que produziram, eles têm fornecido um exemplo de como estes diálogos importantes podem transformar instituições e indivíduos. A universidade será um lugar melhor daqui a diante, graças aos seus esforços. Temos uma dívida de gratidão para com todos os membros (do comitê).”
O relatório do comitê, junto aos resultados do Compartilhamento de Dados do Ensino Superior, têm proporcionado à universidade uma maior e melhor compreensão referente às experiências de pessoas negras, indígenas e pardas na BYU, disse Worthen.
“Com as recomendações do comitê, agora temos ações específicas para resolvermos os problemas e as preocupações que o estudo apontou. Também temos um modelo de que, quando nos aconselhamos juntos, podemos ter resultados extraordinários.
Neste relatório, o comitê reconheceu que seu trabalho de identificar as fontes e os efeitos do racismo na BYU será contínuo. O conhecimento, habilidade e experiência do comitê serão úteis para o Presidente do Conselho, que terá responsabilidades significativas em abordar os resultados e as recomendações, constatou o comunicado.
“Todas as recomendações serão extremamente úteis,” disse Worthen. “Algumas delas, como fazer mudanças curriculares nos cursos de educação geral, religiosa e eletiva para que eduquem os estudantes sobre raça, união e diversidade, assim como o estabelecimento de declarações sobre raça e inclusão para toda a universidade, já estão em andamento” disse Worthen.
“Outras mudanças levarão mais tempo; algumas exigirão considerações adicionais. O relatório completo do comitê e as recomendações nos ajudarão a melhorar a educação e a retenção de nossos estudantes e funcionários (negros, indígenas e pardos). Há muito trabalho pela frente, mas o comitê tem salientado alguns passos importantes que precisamos tomar e forneceu um modelo de como isso pode ser realizado.
Embora a maioria dos estudantes e funcionários tenham respondido que estão satisfeitos com o ambiente em geral, a assistente do presidente de avaliação e planejamento, Rosemary Thackeray, disse que a pesquisa ajuda a apontar onde melhorias podem e devem ser feitas.
“Estes resultados reafirmam o conselho que Presidente Worthen nos deu neste verão”, disse Thackeray no comunidado daquela sexta-feira. “Ele nos encorajou a ‘nos unirmos, para abordarmos a injustiça e realmente amarmos uns aos outros.’
“O trabalho do (comitê) e a pesquisa do ambiente do campus faz parte de um esforço contínuo que o presidente pediu que fizéssemos para melhorar o campus para todos.”
Em sua declaração inicial no verão passado, o comitê salientou seus planos de “aumentar a inclusão” ao:
- “Ouvir nossos amados membros negros da comunidade da BYU para entender como o racismo tem frustrado e continua a frustrar suas experiências na BYU.
- “Convidar todos os nossos amados estudantes negros, indígenas e pardos da BYU e todos comprometidos a eliminar o racismo a compartilharem suas opiniões por meio do estabelecimento da igualdade racial e da inclusão.
- “Conduzir uma minuciosa revisão quantitativa e qualitativa de como os processos, diretrizes, práticas, procedimentos, operações e atitudes impactam nossas comunidades (negras, indígenas e pardas) na BYU.
- “Identificar as questões que impactam negativamente a prosperidade (destas) comunidades na BYU.
- “Aproveitar o conhecimento dos professores e administradores da BYU para entender as formas sutis e abertas pelas quais o racismo pode impactar o pensamento e as interações individuais, unidades organizacionais, processos, diretrizes, práticas, procedimentos e operações.
- “Criar, priorizar e apresentar um conjunto abrangente de recomendações que ajudem a BYU a avançar o entendimento racial, aumentar a igualdade e promover a inclusão, e que terá um impacto positivo significativo e duradouro na prosperidade de nossas comunidades (negras, indígenas e pardas) da BYU.”