Quando imaginava sua formatura da faculdade, Kaylee Esplin esperava vários momentos inesquecíveis. Usar a longa beca preta com seu capelo e borla. Ter seu nome chamado aos aplausos de seus amigos e familiares, e caminhar pelo palco para receber seu diploma. Jogar seu capelo para o alto ao lado de seu grupo de formandos.
A experiência de Esplin, porém, foi muito diferente. Em vez disso, a formanda da BYU que recebeu um diploma em comunicações assistiu à cerimônia de formatura virtual no dia 23 de abril do apartamento de seu irmão, que também se formou.
Esplin é uma dos milhares de estudantes cujo último ano de estudo — incluindo a formatura — foi marcado pelas restrições e diretrizes de saúde da COVID-19.
É um pouco difícil sentir a importância da ocasião sem a pompa e os rituais de uma formatura tradicional, disse Esplin.
“Há algo especial a respeito da imagem de colocar sua beca e seu capelo e caminhar pelo Marriott Center pela última vez”, disse ela.
Esplin agradeceu os esforços feitos pela universidade, por seus professores e por seus mentores para reconhecerem suas realizações. “É bom ter sua ajuda para me lembrar de que isso é uma grande conquista.” Isso também ajuda a lhe proporcionar um senso de encerramento, disse ela.
Esplin agradeceu os esforços feitos pela universidade, por seus professores e por seus mentores para reconhecerem suas realizações. “É bom ter sua ajuda para me lembrar de que isso é uma grande conquista.” Isso também ajuda a lhe proporcionar um senso de encerramento, disse ela.
Assim como a Ensign College, BYU–Idaho e BYU–Hawaii, a BYU tem trabalhado para ajudar a celebrar e homenagear seus formandos de maneiras novas e, em sua maior parte, virtuais.
Brett Sampson, diretor de relações públicas da BYU–Idaho, disse que todos no campus trabalharam para “fazerem o que pudessem” dentro dos parâmetros de saúde estabelecidos para proporcionar um senso de normalidade aos formandos.
“[Queríamos] que os formandos… [sentissem] um senso de suas grandes realizações e [soubessem] o quanto nos orgulhamos de tê-los como ex-alunos”, disse Sampson.
E os estudantes e suas famílias foram pacientes durante todo o processo, observou ele.
Kaitlyn Carlson, que se formou em comunicações pela BYU–Idaho no dia 8 de abril, disse que a universidade fez tudo o que era possível em meio às circunstâncias para que os formandos se sentissem conectados, mesmo sem a realização de um grande evento no campus.
Em uma cerimônia online realizada pelo seu departamento, todos os formados enviaram uma foto e foram reconhecidos durante uma apresentação de slides.
A universidade também enviou e-mails para parabenizar cada formando e, por meio da mídia social, os convidou a compartilharem e refletirem sobre seu tempo como estudantes.
“Foi bom ser reconhecido”, disse Carlson, cujo último ano de estudo foi completamente online. “Mesmo não estando fisicamente no campus, ainda me sinto conectada à universidade.”
A Ensign College e a BYU–Havaí também criaram uma apresentação em PowerPoint com todos os nomes e fotos dos formandos que foi exibida após os discursos da cerimônia de formatura. A Ensign College, que teve 438 formandos durante a formatura de inverno no dia 9 de abril, também enviou uma beca e um capelo pelo correio para cada formando e transmitiu uma Celebração de Formatura ao vivo pelo Zoom.
A BYU, que conferiu quase 6.200 diplomas durante sua cerimônia de formatura no dia 23 de abril, tentou fazer com que o evento online fosse tão normal quanto possível — mas sem preencher os 19 mil assentos no Marriott Center. Fotos dos formandos foram exibidas na grande tela atrás do orador. Cada departamento da universidade teve sua própria cerimônia virtual.
Sampson disse que, embora houvesse menos participantes nas colações de grau e nas cerimônias virtuais do que presencialmente, aqueles que realmente desejavam ter uma experiência comemorativa aproveitaram isso.
No último ano, ele tem visto formandos em seus capelos e becas tirando fotos em frente às placas da universidade e aos outros pontos de referência no campus, assim como teriam feito durante um semestre antes da COVID-19.
Um casal viajou da Costa Leste para se vestir bem e levar sua filha que estava se formando a um jantar especial. Em seguida, todos se sentaram juntos para assistirem à cerimônia online.
“Eles queriam que sua filha sentisse seu apoio e tivesse algum senso de união”, disse Sampson. “Não foi o que eles esperavam quando ela iniciou seus estudos universitários, mas seus sentimentos de conquista e a presença de seus pais em Rexburg foram as coisas mais importantes para ela.”
Embora Lucas Gomes de Araújo estivesse desapontado por não ter tido seu momento de “caminhada de honra”, como um dos oradores durante cerimônia de formatura online da Ensign College, ele ficou aliviado de não ter que olhar para centenas de rostos. “Na verdade, gostei de estar discursando apenas para a câmera”, disse rindo.
Um outro aspecto positivo para o formando brasileiro foi que os fóruns virtuais permitiram que os membros de sua família em Brasília pudessem assistir aos eventos e sentir que fizeram parte de sua conquista.
Terrence A. Dela Peña, aluno da BYU–Havaí da Cidade de Antipolo, Filipinas, que se formou em Ciências Políticas, e sua esposa, Ana Katrina Fugaban-Dela Peña, que se formou em Serviço Social, expressaram sentimentos semelhantes.
Embora a formatura online da BYU–Havaí tenha sido realizada no sábado, dia 17 de abril às 9h30, os parentes da família Dela Peña assistiram ao evento, mesmo sendo 3h30 nas Filipinas.
Terrence Dela Peña, que representou sua turma de formandos como o estudante orador durante a formatura disse que, suas famílias estavam tão felizes por eles e sentiam tanto a sua falta, que estavam dispostos a acordarem cedo para demonstrarem seu apoio.
Definitivamente, existem vantagens e desvantagens de se formar durante uma pandemia, disse Beth O´Brien, que recebeu seu diploma de mestrado em Serviço Social pela BYU. Porém, ela sente gratidão acima de tudo.
O´Brien sabe que muitos outros cursos de Serviço Social foram fechados ou adiados durante a pandemia, mas seu programa na BYU garantiu que ela pudesse completar seus estágios.
“Nosso time de campo excedeu nossas expectativas, assegurando-nos oportunidades contínuas para que pudéssemos trabalhar e obter experiência prática, mesmo durante a pandemia. “Sinto-me realmente grata.”
Sampson disse que um resultado coletivo da pandemia é o senso de que “estamos todos juntos nessa”. Embora haja algum desapontamento por certos marcos não estarem acontecendo da maneira como a qual as pessoas esperavam, disse ele, existe também um enorme senso de gratidão pelo fato de que os formandos conseguiram alcançar seus objetivos educacionais.
Quando Terrence Dela Peña e sua esposa foram para Oahu para estudarem na BYU–Havaí, seu filho mais velho tinha 5 meses de idade. Durante o tempo que viveram em Laie, ele e sua esposa eram estudantes em período integral, ele tinha um emprego de meio período e adicionaram seu filho, Kyle, à sua família.
Daqui a 20 anos, Terrence Dela Peña disse que não se lembrará tanto da cerimônia de formatura, mas sim como os anos que passaram na BYU–Havaí lhes proporcionaram uma educação e as lembranças de terem criado sua pequena família. “Sinto que construímos nosso alicerce como uma família enquanto estávamos aqui na BYU–Havaí. Esperamos continuar construindo sobre esse alicerce à medida que saímos do campus e seguimos adiante”, disse ele.