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Após morte de seu esposo, irmã Porter recebeu uma impressão que continua a sustentá-la

Élder Bruce D. e a irmã Susan H. Porter posam para uma foto em 2011. Élder Porter faleceu em dezembro de 2016. A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
Irmã Susan H. Porter. Crédito: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
A irmã Susan H. Porter, à esquerda, e seu esposo, Élder Bruce D. Porter, Setenta Autoridade Geral, posam para uma foto durante uma designação na Rússia. Élder Porter faleceu em dezembro de 2016. Crédito: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
A Presidência geral da Primária, presidente Camille N. Johnson ao centro, irmã Susan H. Porter à esquerda, e irmã Amy A. Wright, à direita, falam durante a Conferência de Mulheres da BYU, dia 29 de abril de 2021. Crédito: Captura de tela
A presidência geral da Primária, a partir de abril de 2021: Presidente Camille N. Johnson; Irmã Susan H. Porter, primeira conselheira; Irmã Amy Wright, segunda conselheira. Crédito: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
A irmã Susan H. Porter, primeira conselheira da presidência geral da Primária, fala durante a Conferência de Mulheres da BYU, dia 29 de abril de 2021. Crédito: Captura de tela
Élder M. Russell Ballard, ao centro, Élder Bruce D. Porter, à esquerda, irmã Susan Porter, Élder Donald L. Hallstrom, de pé à esquerda atrás de Élder Ballard, irmã Diane Hallstrom e outras pessoas fazem uma pausa em frente ao Templo de Kiev Ucrânia, duran Crédito: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

Em uma manhã no final de novembro de 2016, o esposo da irmã Susan Porter, Élder Bruce D. Porter, acordou em sua residência em Moscou, Rússia, sentindo falta de ar. Na época, Élder Porter presidia a Área Europa Leste como Setenta Autoridade Geral. 

Os médicos determinaram que ele tinha pneumonia. Naquela noite, sua saúde piorou e foi colocado em coma induzido. Embora tenha ficado surpresa com o acontecimento e com o que ocorreu nas semanas seguintes, “Nunca tive o sentimento de que ele faleceria”, recordou a irmã Porter. 

Eles já haviam sobrepujado circunstâncias difíceis. Quinze anos antes, um médico disse a ela que Élder Porter não deixaria o hospital, e após uma semana, ele saiu com boa saúde. À medida que esse e outros milagres vinham à sua mente, “Acredito que era o Senhor me protegendo”, disse ela. 

Durante 12 dias, a irmã Porter ia de sua casa para o hospital para ficar ao lado de seu esposo na unidade de terapia intensiva. Embora estivesse sozinha à noite — e a mais de 8.000 km de distância de seus parentes — ela nunca se sentiu sozinha. 

Élder M. Russell Ballard, ao centro, Élder Bruce D. Porter, à esquerda, irmã Susan Porter, Élder Donald L. Hallstrom, de pé à esquerda atrás de Élder Ballard, irmã Diane Hallstrom e outras pessoas fazem uma pausa em frente ao Templo de Kiev Ucrânia, durante uma visita feita pelos líderes enquanto viajavam pela Europa Oriental, em junho de 2016.
Élder M. Russell Ballard, ao centro, Élder Bruce D. Porter, à esquerda, irmã Susan Porter, Élder Donald L. Hallstrom, de pé à esquerda atrás de Élder Ballard, irmã Diane Hallstrom e outras pessoas fazem uma pausa em frente ao Templo de Kiev Ucrânia, durante uma visita feita pelos líderes enquanto viajavam pela Europa Oriental, em junho de 2016. | Crédito: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

Preparativos de retorno aos Estados Unidos foram realizados para que Élder Porter pudesse receber mais cuidados médicos. Ele passou duas semanas em um hospital em Utah antes de falecer em casa no dia 28 de dezembro de 2016, cercado por sua família.

Alguns dias depois, a irmã Porter recebeu uma impressão que continuou a sustentá-la em meio à sua tristeza: “Não se concentre no que perdeu. Lembre-se dos milagres.”

A oportunidade que Élder Porter teve de selar todos os seus quatro filhos no templo e de desfrutar do amor de 12 netos estão entre esses milagres. Mais tarde, ela compreenderia que a paz que sentia e a sensação de que não estava sozinha também eram milagres. 

Élder Porter, que lutou contra a insuficiência renal por quase 15 anos, ensinou durante a conferência geral de abril de 2013: “Não precisamos temer o futuro nem fraquejar na esperança e no bom ânimo, porque Deus está conosco. … 

“Podem surgir provações e talvez não compreendamos tudo o que acontece a nós ou a nosso redor. Mas, se confiarmos humilde e serenamente no Senhor, Ele nos fortalecerá e orientará em todos os desafios que enfrentarmos. Quando nosso único desejo é agradá-Lo, Ele nos abençoa com profunda paz interior.”

Oito anos mais tarde, na conferência geral de abril de 2021, a irmã Porter foi apoiada como primeira conselheira na presidência geral da Primária. Nas semanas que sucederam seu chamado, a irmã Porter também testificou sobre a ajuda do Senhor em tempos de necessidade. 

A irmã Susan H. Porter, primeira conselheira da presidência geral da Primária, fala durante a Conferência de Mulheres da BYU, dia 29 de abril de 2021.
A irmã Susan H. Porter, primeira conselheira da presidência geral da Primária, fala durante a Conferência de Mulheres da BYU, dia 29 de abril de 2021. | Crédito: Captura de tela.

“Durante esses tempos, presto meu testemunho de que Deus, nosso Pai Celestial, está conosco”, disse ela durante a Conferência de Mulheres da BYU no dia 29 de abril de 2021. “Mesmo quando não podemos sentir Sua presença, Ele está conosco.”

Susan Holland Porter nasceu no dia 31 de julho de 1955 em Ponca City, Oklahoma, filha de Hans J. e Charlene Coleman Holland. 

Crescendo em um pequeno ramo santo dos últimos dias nas colinas verdejantes do oeste do estado de Nova York, a irmã Porter era geralmente o único membro da Igreja em sua escola, além de seus irmãos. 

“Todos os meus amigos com quem convivia no dia a dia pertenciam a outras religiões ou a nenhuma”, disse ela. Meu pai não era membro da Igreja. Minha mãe era um membro muito firme. E a Igreja era a nossa família.”

A profissão de seu pai como pesquisador químico despertou o interesse da irmã Porter pela matemática e ciências. Ela recebeu um diploma de Bacharel em Química pela Universidade Brigham Young. 

Em uma aula de religião da BYU ensinada por Bruce C. Hafen, que mais tarde foi chamado como Setenta Autoridade Geral, a irmã Porter conheceu seu futuro esposo. Élder e irmã Porter se casaram no dia 2 de fevereiro de 1977, no Templo de Washington D.C.  

A irmã Susan H. Porter, à esquerda, e seu esposo, Élder Bruce D. Porter, Setenta Autoridade Geral, posam para uma foto durante uma designação na Rússia. Élder Porter faleceu em dezembro de 2016.
A irmã Susan H. Porter, à esquerda, e seu esposo, Élder Bruce D. Porter, Setenta Autoridade Geral, posam para uma foto durante uma designação na Rússia. Élder Porter faleceu em dezembro de 2016. | Crédito: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

Logo após seu casamento, a irmã Porter começou a trabalhar como assistente de laboratório no Instituto de Tecnologia de Massachusetts [MIT], enquanto Élder Porter frequentava um programa de pós-graduação. 

Durante a viagem de ônibus para o seu primeiro dia de trabalho, sua mente foi consumida por pensamentos de inadequação. “E se eu não for boa o suficiente?” foi um dos pensamentos que invadiu sua mente enquanto refletia sobre o fato de que todos no laboratório tinham mais educação e experiência do que ela. Então lhe veio um sentimento: “Mesmo que você deixe a desejar, há alguém que te ama.”

Ao refletir sobre essa experiência, e sobre o que Presidente Russell M. Nelson ensinou às mulheres da Igreja na conferência geral de outubro de 2020 a respeito de criarmos lugares de defesa, a irmã Porter disse que espera que a Primária possa ser um lugar de defesa, onde as crianças possam sentir o amor do Pai Celestial e do Salvador Jesus Cristo. 

“Se Jesus estivesse com elas agora, Ele as pegaria, uma a uma, e as abençoaria, e oraria por elas, assim como fez com as crianças nefitas tempos atrás”, disse ela, citando 3 Néfi 17:21 “Espero que cada criança ore pela ajuda do Pai Celestial e peça para ver Sua mão amorosa em sua própria vida.”

Élder e irmã Porter criaram sua família em Massachusetts, Virgínia e Alemanha antes de se mudarem para Provo, Utah, quando Élder Porter foi contratado como professor na BYU em 1993. 

“Dissemos aos nossos filhos: ‘Nós nos mudamos muitas vezes. Estamos aqui para ficar.’ E menos de dois anos mais tarde, Bruce foi chamado para os Setenta e estávamos em um avião em direção a Frankfurt”, disse a irmã Porter com um sorriso. Embora seu filho mais velho tivesse que mudar de escola pela terceira vez no ensino médio, cada um de seus filhos foi abençoado com as experiências que tiveram na Alemanha. 

“Espero que cada criança ore pela ajuda do Pai Celestial e peça para ver Sua mão amorosa em sua própria vida.”

Cerca de dois anos após sua designação como conselheiro na presidência da Área Europa Leste, os rins de Élder Porter falharam e a família voltou para casa em Utah. A irmã Porter o apoiou enquanto ele teve que fazer diálise de 1997 a 2010 — o que ela descreve como “uma oportunidade sagrada”. 

Élder Porter continuou a servir como autoridade geral na sede da Igreja em Salt Lake City e teve dois transplantes de rim que foram rejeitados. Um terceiro rim, doado pelo seu filho mais velho, permitiu que Élder Porter servisse como presidente da Área Europa Leste, em Moscou, a partir de agosto de 2014. 

A irmã Porter relembra a oportunidade de servir na Área Europa Leste — duas vezes — com gratidão pelo que aprendeu com os santos de lá. 

A irmã Susan H. Porter, primeira conselheira da presidência geral da Primária, fala durante a Conferência de Mulheres da BYU, dia 29 de abril de 2021.
A irmã Susan H. Porter, primeira conselheira da presidência geral da Primária, fala durante a Conferência de Mulheres da BYU, dia 29 de abril de 2021. | Crédito: Captura de tela

“Eles são um povo muito espiritual”, disse a irmã Porter. “Eles amam o templo. … Eles passaram por muitas coisas como um povo, por muitas dificuldades em sua história, mas se identificam com o evangelho. Senti-me muito humilde por estar na presença deles e ver sua força e fé.”

Como viúva, a irmã Porter sabe o que é entrar em uma capela sozinha e ter que procurar um lugar para se sentar entre as famílias congregadas nos bancos. 

Ela ofereceu dois conselhos para os membros solteiros: “O primeiro é, concentrem-se no fato de que a maior família de todas é a família de Deus. Cada pessoa que vemos é nosso irmão ou irmã.” Perguntem a si mesmos: “Que amor posso oferecer?”

O segundo é, “sejam proativos”. Quando o currículo integrado “Vem, e Segue-me” começou a ser usado, a irmã Porter abriu a lista de membros da ala e identificou todas as mulheres que eram solteiras e que não tinham filhos pequenos em sua casa. Naquele ano, elas se reuniram mensalmente para discutir as escrituras e compartilhar suas percepções do programa “Vem, e Segue-me.”

Antes da pandemia, a irmã Porter e outras irmãs que frequentavam a igreja sozinhas se sentavam juntas na capela aos domingos. “Achei que tínhamos o banco mais divertido de toda a capela. Todos sabiam que esse era o nosso banco”, disse ela. 

Reconhecendo os muitos santos dos últimos dias no mundo que perderam familiares e amigos e estão sofrendo com a dor da perda, a irmã Porter disse: “Nossos entes queridos que faleceram estão tão interessados em nós e em nossas famílias quanto estavam quando eram vivos. Agora, eles podem nos servir de maneiras diferentes. …

“Quando meus filhos têm problemas, quando tenho dificuldades, oro para que o Espírito nos abençoe, e oro para que Bruce possa ministrar a mim ou a eles de qualquer maneira que puder, através do véu. E sei que tive muitos testemunhos de que isso acontece.”

A presidência geral da Primária: presidente Camille N. Johnson (centro), irmã Susan H. Porter, primeira conselheira (à esquerda), e irmã Amy Wright, segunda conselheira (à direita).
A presidência geral da Primária desde abril de 2021: presidente Camille N. Johnson (centro), irmã Susan H. Porter, primeira conselheira (à esquerda), e irmã Amy Wright, segunda conselheira (à direita). | Crédito: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

A irmã Porter servia no conselho geral da Sociedade de Socorro desde 2017 quando foi chamada para servir na presidência geral da Primária. Ela também serviu como conselheira da presidência da Sociedade de Socorro da estaca e presidente da Sociedade de Socorro da ala. 

Embora não tenha servido em muitos chamados na Primária, ela amou a oportunidade de ensinar o evangelho às crianças através da música enquanto servia como líder de música da Primária. A irmã Porter também percebeu como sua experiência na Sociedade de Socorro será vantajosa em seu novo papel na Primária. 

“As irmãs da Sociedade de Socorro são as mães, as avós, as tias e as vizinhas das crianças da Primária”, disse ela. “À medida que ajudarmos as mulheres a fortalecerem seus testemunhos do Pai Celestial e a aumentarem seu amor pelo Senhor e por Sua Igreja, elas estarão mais bem-preparadas para ajudar a guiar as crianças ao Salvador.”

Informações biográficas

Irmã Susan H. Porter.
Irmã Susan H. Porter. | Crédito: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

Família: Nasceu no dia 31 de julho de 1955 em Ponca City, Oklahoma, filha de Hans J. e Charlene Coleman Holland. Casou-se com Bruce D. Porter no dia 2 de fevereiro de 1977 no Templo de Washington D.C. Eles têm quatro filhos. 

Educação: Recebeu um diploma de Bacharel em Química pela Universidade Brigham Young em 1976. 

Trabalho: Trabalhou como assistente de laboratório para o Instituto de Tecnologia de Massachusetts [MIT], professora de Matemática de meio período para uma escola particular e professora de piano. Serviu como voluntária em várias organizações comunitárias.

Serviço na Igreja: Membro do conselho geral da Sociedade de Socorro, conselheira na presidência da Sociedade de Socorro da estaca, presidente da Sociedade de Socorro da ala, presidente das Moças da ala, professora de Doutrina do Evangelho e líder de música da Primária.

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