Conforme os números da COVID-19 continuam a crescer mundialmente, a Primeira Presidência está encorajando os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias a usarem máscaras faciais em reuniões públicas e serem vacinados.
“Estamos lutando uma guerra – uma pandemia implacável – contra a devastação da COVID-19 e suas variantes”, escreveram Presidente Russell M. Nelson, Presidente Dallin H. Oaks e Presidente Henry B. Eyring em uma mensagem publicada na quinta-feira, dia 12 de agosto, e enviada aos santos dos últimos dias através do mundo. “Queremos fazer todo o possível para limitar a propagação desses vírus. E sabemos que a proteção contra as doenças resultantes só pode ser alcançada imunizando uma porcentagem muito alta da população.
“Para limitar a exposição ao vírus, recomendamos o uso de máscaras de proteção em reuniões públicas sempre que o distanciamento social não for possível. Para fornecer proteção pessoal contra essas infecções graves, recomendamos que os indivíduos sejam vacinados. As vacinas disponíveis provaram ser seguras e eficazes.” Nesta mensagem enviada, a Primeira Presidência expressou “sincero amor e preocupação por todos os filhos de Deus”, conforme o número de casos confirmados por todo o mundo excede a 204 milhões [de acordo com o site (em inglês) da Universidade Johns Hopkins], com os Estados Unidos passando de 36 milhões e alguns estados começando a instituir mandatos para o uso de máscaras faciais.
“Podemos vencer esta guerra se todos seguirem as recomendações sábias e ponderadas de especialistas médicos e líderes governamentais”, escreveram eles.
Oração e jejum
Há cerca de um ano e meio, e antes da conferência geral de abril de 2020, Presidente Russell M. Nelson convidou membros da Igreja e outros através do mundo, a orarem e jejuarem pela cura física e espiritual, em resposta à propagação da COVID-19.
Nos meses antes do apelo de Presidente Nelson por orações e jejum, a Igreja doou 79 paletes com equipamentos de proteção à China. Naquele momento, a Igreja também anunciou que a conferência geral não seria realizada com o público presente no Centro de Conferências. Templos através do mundo foram fechados, tanto para ordenanças próprias como vicárias. E os missionários foram enviados de volta a seus países de origem, recebendo novas designações ou outros cuidados, evitando contrair ou propagar a COVID-19.
Na conferência geral de abril de 2020, Presidente Nelson pediu por um segundo jejum mundial, na sexta-feira da semana seguinte. Muitos indivíduos que não são membros da Igreja também jejuaram.
Presidente Nelson convida todas as pessoas a jejuarem “pela cura física e espiritual” em resposta à COVID-19
Nos 17 meses após os jejuns mundiais, múltiplas vacinas foram desenvolvidas e distribuídas através do mundo. Os templos começaram a ser reabertos em julho de 2020, em um processo por fases que continua até hoje. Presidente Nelson chamou a decisão de fechar os templos de “dolorosa”, mas também mencionou o “lado bom” da situação.
Oração e jejum também se uniram às ações da Igreja, tanto em conselhos administrativos como também através de várias medidas para ajudar a controlar a propagação do vírus.
Resposta de 2021 à COVID-19
Em janeiro deste ano, Presidente Nelson e outros líderes seniores da Igreja foram vacinados. Ele explicou o processo de decisão antes de receber a vacina, em consulta com sua esposa e médico, e encorajou outros a fazerem o mesmo.
“Oramos várias vezes por esta bênção literal de Deus”, disse em uma postagem no Facebook.
Antes de ser chamado ao Quórum dos Doze Apóstolos, Presidente Nelson exercia a profissão de médico e foi um pioneiro nas cirurgias cardíacas.
Na mesma postagem do Facebook, Presidente Nelson compartilhou que a Igreja tem contribuído com as vacinações por décadas.
Líderes seniores da Igreja recebem vacina contra COVID-19 e encorajam membros a se protegerem ‘por meio da imunização’
Por exemplo, entre 2000 e 2015, os Serviços de Caridade dos Santos dos Últimos Dias ajudou a reduzir o número de casos de sarampo, através do mundo, em 74%. Tais esforços também incluíram imunizações contra a rubéola, tétano materno e neonatal, pólio, diarreia, pneumonia e febre amarela.
No mesmo dia da postagem do Presidente Nelson no Facebook, a Primeira Presidência também publicou uma declaração sobre as imunizações.
“A Igreja exorta aos seus membros, funcionários e missionários que sejam bons cidadãos globais e ajudem a conter a pandemia, ao protegerem a si mesmos e aos outros através da imunização” disse o documento. “Cada indivíduo é responsável por tomar suas próprias decisões quanto à imunização.”
Em março de 2021, a Igreja fez alguns ajustes na seção “Vacinação” do Manual Geral [seção 38:7:13 – ainda não traduzida para o português], encorajando membros “a protegerem a si mesmos, seus filhos e suas comunidades por meio da vacinação.”
Na conferência geral de abril, Presidente Nelson disse aos membros da Igreja: “Façam todo o possível para reduzir os números da Covid-19 em sua área a fim de aumentarem suas oportunidades de ir ao templo.”
Naquele mesmo mês, jovens missionários nos Estados Unidos foram notificados que deveriam ser vacinados contra a COVID-19 para poderem servir em missões no estrangeiro.
A Igreja também anunciou em abril deste ano que iria apoiar o UNICEF através dos Serviços de Caridade dos Santos dos Últimos Dias, com uma doação de $ 20 milhões de dólares para ajudar a distribuir 2 bilhões de vacinas contra a COVID-19, em 121 países e territórios.
História
Em 1978, a Primeira Presidência recomendou que membros da Igreja “protegessem seus filhos por meio da imunização.” Eles ainda aconselharam na mesma carta: “As campanhas de imunização nos Estados Unidos e outros países, quando bem-sucedidas, colocarão um fim a um sofrimento desnecessário e apagarão os riscos potenciais das pandemias. Tais esforços merecem todo nosso apoio.”
Naquela época, a COVID-19 não existia. A batalha então era contra a propagação da pólio, sarampo, rubéola, difteria, coqueluche, caxumba e tétano. Os Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos indica que estas estão entre as 14 doenças que foram amplamente erradicadas graças às vacinas.
Em 1985, a revista Ensign (em inglês) publicou um artigo encorajando pais a imunizarem seus filhos contra várias doenças. O artigo incluiu uma tabela divulgada pela Sociedade de Socorro com um cronograma de vacinações disponíveis naquela época.
Em 2012, as imunizações se tornaram prioridade nos esforços humanitários da Igreja. Naquela época, a Igreja também estava trabalhando para proporcionar água potável, assistência e socorros de urgência, treinamento para ressuscitação de recém-nascidos, cuidados oftalmológicos e cadeiras de rodas.
Aprender através de tribulações
Olhando em retrospectiva para a forma como indivíduos reagiram às mudanças causadas pela COVID-19, Presidente M. Russell Ballard declarou com confiança que o mundo venceria “a guerra contra o coronavírus”.
Ele também compartilhou seus sentimentos sobre os relacionamentos fortalecidos que surgiram devido ao coronavírus.
“Estamos percebendo como nossas famílias são preciosas, como nossos vizinhos são preciosos, como nossos companheiros de Igreja são preciosos”, disse ele. “Há lições que estamos aprendendo agora que nos tornarão pessoas melhores.”
Em um devocional para missionários em agosto de 2020, Élder Dieter F. Uchtdorf apontou para outra lição que é aplicável a todos.
“Não se concentrem nas coisas que não podem fazer. Concentrem-se nas que podem fazer”, disse ele.
No início deste ano, Élder Uchtdorf também encorajou membros da Igreja a “seguirem adiante e para cima ao aplicarem o que vocês aprenderam durante a pandemia.”
Antes que os membros pudessem seguir adiante e adorar nos templos da Igreja, Élder David A. Bednar os convidou a refletirem sobre os convênios que fizeram neles.
“Então, uma parte da questão é: ‘Não, não podemos estar no templo, mas o templo está em nós? Os convênios e ordenanças estão em nós?’”, perguntou ele.
Falando na RootsTech Connect no início deste ano, Élder Bednar disse: “Se tivermos olhos para ver e ouvidos para ouvir, então, nos limites e restrições podem haver bênçãos notáveis.”
Em uma entrevista para o Church News, Élder Quentin L. Cook disse: “Vamos olhar para trás e considerá-lo um momento fundamental de preparação.”
Em um devocional para os alunos da BYU-Idaho, Élder Cook também disse que, “Gratidão é o primeiro passo em direção ao otimismo e bom ânimo.”
Independentemente da história a longo ou curto prazo do trabalho da Igreja através das pandemias, manter o foco no Salvador e em seu sacrifício expiatório continua a ser primordial para sentirmos paz durante as tribulações.
“Ao amarmos, seguirmos e adorarmos o Salvador, teremos paz neste mundo e vida eterna no mundo vindouro”, concluiu Élder Cook.