No Haiti, todos os missionários de tempo integral estão seguros, após um terremoto de magnitude 7,2 no extremo oeste da nação caribenha no sábado, dia 14 de agosto de 2021.
Algumas das residências dos missionários foram danificadas, “então eles tiveram que ser realocados”, informou Rafael Gutiérrez, diretor de comunicação da Área Caribe da Igreja.
Enquanto isso, avaliações estão em andamento para determinar a situação do bem-estar dos santos dos últimos dias no local.
Nenhuma informação imediata estava disponível sobre a condição do Templo de Porto Príncipe Haiti no sábado. Uma capela da Igreja na cidade de Les Cayes sofreu grandes danos.
“Os líderes locais [da Igreja] estão trabalhando sem parar para fazer uma avaliação da situação entre nossos membros, missionários e edifícios, além de ajudar a comunidade o máximo que puderem”, escreveu Gutiérrez em um e-mail para o Church News. “Suas forças e recursos limitados concentram-se principalmente neste esforço primário.”
Houve relatos de danos a casas de santos dos últimos dias no Haiti.
“Estamos trabalhando com os líderes [locais] para ajudar os membros afetados pelo terremoto”, relatou Élder Eduardo Gavarret, Setenta Autoridade Geral que foi chamado recentemente para presidir a Área Caribe.
Pelo menos 227 pessoas foram mortas e centenas feridas ou dadas como desaparecidas, de acordo com a primeira onda de notícias no sábado vinda da nação caribenha em estado de emergência. O Haiti tem passado por frequente instabilidade política e, em 2010, sofreu um terremoto devastador que matou cerca de 250 mil pessoas.
O epicentro do terremoto foi localizado cerca de 125 km a oeste da capital de Porto Príncipe, de acordo com o Serviço Geológico dos E.U.A., e danos generalizados foram constatados, de acordo com a Associated Press [em inglês].
O órgão de proteção civil do Haiti disse no sábado que o número de mortos foi de 227, e que equipes de resgate seriam enviadas para a região que havia sido fortemente afetada. Trabalhadores de resgate e outras pessoas presentes foram capazes de remover muitos indivíduos dos escombros.
O primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, declarou estado de emergência de um mês para todo o país, e disse que não pediria ajuda internacional até que a extensão dos danos fosse avaliada. Ele disse que algumas cidades foram quase totalmente destruídas, e que o governo enviou pessoas à cidade costeira de Les Cayes para ajudarem a planejar e coordenar os socorros, de acordo com a Associated Press.
“O mais importante é resgatar o maior número possível de sobreviventes sob os escombros”, disse Henry. “Sabemos que os hospitais locais, particularmente o de Les Cayes, estão sobrecarregados com pessoas feridas e com fraturas.”
Henry acrescentou que a Cruz Vermelha Internacional e hospitais em áreas não afetadas estavam ajudando a cuidar dos feridos, e pediu aos haitianos para se unirem.
“As necessidades são enormes. Devemos cuidar daqueles feridos e com fraturas, mas também fornecer alimentos, auxílio, abrigo temporário e apoio psicológico”, disse ele.
As pessoas em Porto Príncipe sentiram o tremor e muitas, atemorizadas, correram para as ruas, embora não pareça haver danos lá.
Naomi Verneus, uma residente de Porto Príncipe de 34 anos de idade, disse à Associated Press que foi acordada repentinamente pelo terremoto e que sua cama estava tremendo.
“Eu acordei e não tive tempo de calçar meus sapatos. Passamos pelo terremoto de 2010, e tudo que pude fazer foi correr. Mais tarde, me lembrei dos meus dois filhos e da minha mãe que ainda estavam dentro da casa. Meu vizinho entrou e lhes disse para saírem. Corremos para a rua”, disse Verneus.
O terremoto de sábado só aumenta as dificuldades que os santos dos últimos dias haitianos e seus vizinhos continuam a enfrentar.
A atual instabilidade política no Haitu ganhou manchetes globais [em inglês] e agravou os desafios diários enfrentados pelos santos dos últimos dias na nação caribenha — incluindo a pobreza, o crime e, obviamente, a pandemia de COVID-19.
Jovenel Moïse, Presidente do Haiti, foi assassinado no dia 7 de julho de 2021, aumentando a instabilidade no país.
No mês passado, o Church News publicou um artigo sobre os “pilares de fé” que fortificam os 24 mil santos dos últimos dias haitianos em meio aos problemas atuais. Entre esses pilares se encontra o trabalho do templo e da história da família.
Para muitos santos dos últimos dias no Haiti, o Templo de Porto Príncipe Haiti é um símbolo do amor de Deus por Seus filhos na nação caribenha e uma lembrança da eternidade em meio aos desafios diários da mortalidade.