Durante uma recente visita a Nova Jersey, minha esposa e eu vimos nosso neto Carter, de 12 anos de idade, preparar e dar um discurso de cinco minutos durante a reunião sacramental de sua ala.
Ele preparou cuidadosamente sua mensagem vários dias antes do domingo, de acordo com o tema que lhe havia sido dado. Ele incluiu passagens das escrituras e citações de várias autoridades e líderes gerais compartilhadas em conferências recentes, além de oferecer seus próprios pensamentos e perspectivas. Ele revisou o discurso com sua avó para obter sugestões e o praticou conosco para cronometrá-lo e se preparar para apresentá-lo.
Na reunião da manhã de domingo, Carter compartilhou sua mensagem com confiança e sem dificuldades. Seu avô paterno, que mora ao lado da família de Carter, disse que uma das bênçãos que notou das reuniões sacramentais realizadas em casa durante a pandemia de COVID-19 foi ver como Carter e outros jovens da ala desenvolveram uma facilidade para discursar após terem preparado e apresentado mensagens no ambiente familiar com frequência.
Uma oradora subsequente na mesma reunião sacramental, a esposa do bispo da ala, abordando um tema diferente, começou sua mensagem reconhecendo que usaria algumas das mesmas citações de um determinado líder da Igreja que Carter havia mencionado em sua mensagem.
Sorri, pensando que pelo menos uma pessoa naquela reunião precisava ouvir as palavras e a mensagem dessas citações, já que estavam sendo repetidas por dois oradores diferentes.
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Então, pensei nas muitas maneiras pelas quais Deus fala com Seus filhos: por meio de sussurros, impressões e confirmações do Espírito Santo; através das escrituras; por meio dos ensinamentos falados e escritos dos profetas, apóstolos e líderes gerais da Igreja; por meio do incentivo de líderes e professores locais; e através das palavras de familiares, amigos e irmãos e irmãs ministradores.
E, certamente, o Senhor fala a nós através das mensagens, testemunhos e discussões apresentados em nossas reuniões dominicais.
Refleti sobre as muitas vezes em que presidi as reuniões sacramentais — como presidente de estaca, bispo de alas tradicionais e de jovens adultos solteiros e presidente de ramo no Centro de Treinamento Missionário de Provo. Nos poucos minutos antes do início das reuniões sacramentais e enquanto ponderava e ouvia a música do prelúdio, eu me perguntava: “Se alguém convidado a discursar hoje não puder participar ou se sobrar bastante tempo na reunião depois que todos os oradores tiverem concluído seus comentários, que breve mensagem eu poderia estar pronto para compartilhar?”
Naqueles momentos, eu pensava em um tema, um princípio, uma escritura ou um convite, às vezes escrevendo uma ou duas notas como um lembrete ou repetindo em minha mente para memorizá-las.
Embora eu raramente tivesse que compartilhar esses pensamentos ao púlpito, ouvi muitas vezes um orador abordar o mesmo tópico ou princípio que havia vindo à minha mente antes da reunião. Além disso, houve ocasiões em que o orador citou a mesma escritura na qual eu estava pensando ou o mesmo conto ou relato da história da Igreja ou dos líderes da Igreja.
Para mim, isso sempre foi uma confirmação de que alguém naquela reunião, por qualquer que fosse o motivo, precisava ouvir aquele princípio, aquela escritura, aquele relato ou aquela mensagem, naquele dia e naquele momento.
Deus também fala conosco enquanto preparamos nossos discursos, lições e discussões para as reuniões de domingo. Quantas vezes você já ouviu um orador, professor ou líder de uma discussão dizer: “Acho que aprendi mais ao preparar este material do que vocês poderão aprender comigo”, ou “O tema que foi designado é algo que eu precisava pessoalmente.”
Em Doutrina e Convênios 43:8, o Senhor disse “que quando estiverdes congregados, deveis instruir-vos e edificar-vos uns aos outros, para que saibais ... como proceder com respeito aos pontos de minha lei e dos mandamentos que dei.”
De volta à recente reunião sacramental da ala em Nova Jersey, sorri ao ouvir a esposa do bispo repetir várias das citações que Carter havia usado em seu discurso, novamente pensando que alguém realmente precisava ouvir essas mensagens específicas.
Mas logo em seguida, ela compartilhou citações, pensamentos e perspectivas pessoais sobre algo diferente, algo sobre o qual eu havia ponderado mais cedo naquela manhã antes de ir para a reunião. Algo que estava perturbando minha mente. Algo que eu precisava entender melhor, corrigir e melhorar.
Ouvir suas palavras naquele momento enterneceu meu coração e me emocionou pelo fato de perceber que Deus tinha falado diretamente comigo naquele dia, através da mensagem de outro santo dos últimos dias, compartilhada durante a reunião sacramental.
E de lembrar que isso pode ser uma experiência semanal em nossas reuniões de domingo.
— Scott Taylor é o editor-chefe do ChurchNews.
