PROVO, Utah – A cultura assume características diferentes nas famílias, comunidades, escolas e locais de trabalho, disse a presidente Bonnie H. Cordon, presidente geral das Moças, no Seminário para Novos Líderes de Missão de 2022 na quinta-feira, 23 de junho.
As missões também têm suas próprias culturas, e a presidente Cordon incentivou os novos líderes de missão a considerarem como poderiam ter uma cultura missionária focada no Salvador onde quer que servissem.
“As necessidades de cada missão são únicas”, disse ela. Por causa disso, ela sugeriu que os novos presidentes de missão e suas respectivas esposas reservem um tempo para orarem e avaliarem onde está a cultura de sua missão quando lá chegarem.
“Uma cultura centrada em nosso Salvador, Jesus Cristo, moldará uma missão, capacitará seus jovens líderes e aprofundará a conversão para você, seus missionários e aqueles a quem eles ensinam”, disse ela. “Estabeleçam uma cultura de Cristo.”
A orientação da presidente Cordon sobre como estabelecer tal cultura, está centrada na capacidade de cada líder de identificar o que o Senhor precisa para sua missão específica.
“Ponderem em oração o que significa ser centrado em Cristo… Permitam que este foco centrado em Cristo guie suas escolhas e ações do dia a dia”, disse ela.
“Estabelecer tal cultura pode levar tempo, mas o ímpeto espiritual positivo será construído.”
Aqueles chamados como líderes de missão podem ter tido sucesso espiritual como missionários anteriormente. Eles podem ter tido sucesso espiritual em seu lar ou em um chamado da Igreja. No entanto, a presidente Cordon incentivou estes novos presidentes de missão, e respectivas esposas, a refletirem sobre o “desejo de deixarem nosso próprio legado missionário” e “considerarem de quem é realmente o trabalho.”
Ela citou Provérbios 3:5, onde o leitor é aconselhado a “confiar no Senhor de todo o teu coração; e não te estribes no teu próprio entendimento.”
“Confiem no Senhor e não se estribem”, disse ela.
“Sua visão de sua missão é grande e majestosa. Permitiremos que o Senhor lidere em Sua obra?” ela perguntou. Uma maneira de manter o controle ao criar uma cultura centrada em Cristo é se envolver com o Conselho de Liderança da Missão, disse ela.
Independentemente das falhas dos missionários ou de seus líderes, o Senhor quer que eles participem de Sua obra, disse ela. O Salvador tem maneiras únicas de envolver aqueles que estão dispostos a segui-Lo.
Ela compartilhou um exemplo de João 6 e o milagre dos pães e peixes, e comparou o “rapaz” da história com os jovens líderes da missão que fazem parte do Conselho de Liderança da Missão.
“Com o que seus jovens líderes de missão podem contribuir? Vocês podem imaginar como o rapaz se sentiu ao testemunhar o milagre do Senhor, feito com sua contribuição?” ela perguntou.
A presidente Cordon leu os versículos 10 a 14 e mostrou como o Salvador delegou aos apóstolos e lhes deu designações. Ele lhes pediu para ajudarem os 5.000 presentes a se sentarem. Ele pediu que distribuíssem o pão. Ele pediu que distribuíssem os peixes.
Ao fazer isso, “eles podem testemunhar o milagre duas vezes”, disse ela.
Depois de se tornarem testemunhas de Seu milagre, o versículo 14 diz: “Vendo, pois, aqueles homens o milagre que Jesus tinha feito, diziam: Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo.”
Eles participaram, testemunharam e testificaram Dele, ela ensinou.
A participação dos missionários na criação de uma cultura centrada em Cristo é importante, mas sua própria conversão ao Salvador é ainda mais importante, disse a presidente Cordon.
“Não há nada mais emocionante do que se ver um missionário progredir em seu caminho de conversão, ao percorrer a mesma jornada com aqueles a quem ensina”, disse ela. “É lindo ver a bela mudança em seu coração, conforme a obediência se torna menos sobre regras e mais sobre aprofundar seu relacionamento com o Salvador.”
Esste processo ajuda os missionários a voltarem para casa tendo se tornado “uma carta de Cristo”, disse ela, citando 2 Coríntios 3:3.
A presidente Cordon disse que espera que, ao final de sua missão, todo missionário repita as palavras de Néfi em seus escritos finais, quando escreveu: “Glorio-me em meu Jesus, pois redimiu minha alma” (2 Néfi 33:6).
Ela concluiu sua mensagem dizendo: “É nossa mais profunda oração que nossos missionários sintam esta mesma dependência, que enche a alma, de nosso Salvador, que eles conheçam o amor redentor, a paz e a alegria ilimitada que só Ele pode oferecer.”