Nota do editor: Este mês marca o 175º aniversário que a primeira companhia de pioneiros chegou ao Vale do Lago Salgado, em julho de 1847, depois que os santos dos últimos dias terem sido expulsos por turbas de Nauvoo, Illinois, no ano anterior. Neste mês, o Church News irá homenagear as conquistas dos pioneiros que cruzaram as Planícies há 175 anos, assim como os pioneiros santos dos últimos dias de diferentes épocas em todos os continentes. Hoje apresentamos a irmã Rudá Tourinho de Assis Martins do Brasil.
WATFORD CITY, Dakota do Norte — Em um domingo de jejum do ano passado, na Ala Watford City, na Dakota do Norte, uma mulher afrodescendente com quase 90 anos de idade subiu ao púlpito, com a ajuda de sua filha. Em português e inglês, e com a filha atuando como tradutora, ela começou a prestar seu testemunho.
Shari Buck relembra de ter sentido o poder do Espírito encher a capela. “Eu peguei algumas palavras daquilo que ela falou. Ela mencionou Élder [James E.] Faust e Presidente [Spencer W.] Kimball”. Ouvir seu testemunho foi uma “experiência comovente”, disse ela.
A experiência a fez pensar: “Quem é esta mulher?”
Com um novo chamado como membro da presidência da Sociedade de Socorro da Estaca Glendive Montana, Buck costumava viajar para outras alas aos domingos e provavelmente teria perdido este testemunho. Perguntando para outros membros da ala, encontrando a foto daquela mulher em um antigo artigo do Church News que havia sido republicado, e depois se tornando uma de suas irmãs ministradoras oficiais, Buck logo descobriu que aquele testemunho poderoso em português e inglês vinha de uma das pessoas mais importantes entre os pioneiros brasileiros da Igreja e cuja influência foi sentida em todo o mundo.
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A irmã Rudá Tourinho de Assis Martins, esposa do falecido Élder Helvécio Martins, que foi a primeira autoridade geral negra na Igreja, acabara de se mudar para as pradarias e campos petrolíferos da Dakota do Norte, para morar com sua filha, Marisa Helena Knudson. Consigo, trouxe uma vida inteira de serviço fiel e um testemunho inabalável do evangelho restaurado de Jesus Cristo.
Antes de encontrar a Igreja
Rudá Tourinho de Assis, hoje com 90 anos, nasceu em 1º de janeiro de 1932 no Rio de Janeiro, Brasil, filha de Francisco Neves de Assis e Margarida Tourinho de Assis.
“Eu me lembro da casa onde morávamos, casa no. 7”, disse ela, compartilhando memórias de quando brincava com sua vizinha, Cora, com sua mãe dando pão e comida para as crianças da vizinha e a cerca de zinco com furos, no fundo de seu quintal. “Eu era muito curiosa e gostava de olhar pelo buraquinho para ver o que tinha no outro lado. Sei que tinham galinhas, cachorros, gatos…”
Em 1953, a irmã Martins se candidatou para um emprego que encontrou anunciado, e foi entrevistada no mesmo escritório onde Helvécio Martins trabalhava.
Em sua autobiografia, intitulada com seu próprio nome e publicada em 1994 [apenas em inglês], Élder Martins escreveu: “Quando fui trabalhar no dia seguinte, Rudá Tourinho [de] Assis já estava lá, a mulher mais linda que eu já tinha visto na minha vida. Eu a amei desde o primeiro momento em que a vi e imediatamente perdi o interesse pela garota que estava namorando naquela época.”
Os dois se davam muito bem como colegas de trabalho e muitas vezes almoçavam ou tomavam um lanche juntos, e assim foram se conhecendo. Apesar do interesse imediato do jovem Élder Martins, levaria algum tempo até que a jovem Rudá estivesse pronta para sair com ele.
“Ele me levava até a estação de trem”, disse ela. “Ele era uma pessoa que tinha muitas garotas interessadas nele; eu não podia esperar nada. Eu nem estava pensando nisso. Você já imaginou, eu chegando em casa e dizendo à minha mãe e meu pai que eu estava namorando?”
Quando os dois começaram a namorar, levou algum tempo até que seu pai gostasse realmente de Élder Martins, acreditando que ele não teria futuro. Embora admitido na escola secundária Belisário do Santos em Campo Grande, uma das mais prestigiadas da região, o jovem Helvécio Martins abandonou a escola aos 11 anos para trabalhar em período integral para sustentar sua família.
Em sua autobiografia, Élder Martins descreveu como a irmã Martins o encorajou a voltar para o ensino médio e terminar seus estudos. Ele disse: “Rudá ficou ao meu lado pelos anos que se seguiram, enquanto eu trabalhava em período integral durante o dia e estudava à noite.”
“Depois que [Helvécio] passou no concurso para trabalhar na Petrobrás, daí meu pai ficou contente, porque era uma pessoa que fez o exame e passou”, disse a irmã Martins. “Ele se formou em Contabilidade, então meu pai viu… que ele tinha um futuro [pela frente].”
Helvécio Martins e Rudá Tourinho de Assis se casaram na Igreja Santo Antônio dos Pobres, na Rua dos Inválidos, no centro do Rio de Janeiro, no dia 8 de dezembro de 1956. Eles são pais de quatro filhos: Marcus Helvécio, Marisa Helena, Raphael e Aline.
Nos 15 anos seguintes, sua carreira como executivo corporativo trouxe à família muito sucesso material. Ainda assim, havia um vazio implorando para ser preenchido.
Batismo
Em uma noite de abril de 1972, Élder Martins tinha acabado de chegar em casa, depois de um dia frustrante de trabalho, e não queria ser incomodado. O élder Thomas McIntire, da Califórnia, e o élder Steve Richards, de Atlanta, Geórgia, missionários de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, estavam naquela área procurando por pessoas que pudessem ensinar.
“Então, eles bateram à nossa porta”, disse a irmã Martins.
Ela estava prestes a mandá-los embora, quando seu marido ouviu que eles eram missionários de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Depois de ter procurado por algo espiritual em outras denominações religiosas e igrejas cristãs, ele queria aprender mais sobre esta igreja.
A irmã Martins recordou que, “Eu não podia fazer muitas perguntas porque eles não falavam muito português e eu não falava inglês. Então eu disse ao meu marido: ‘Vai lá e pratique seu inglês porque eles só falam inglês.’ Ele disse: ‘Ótimo! Vai ser muito bom.’ …
“Meu marido disse: ‘Falem sobre a Igreja porque eu quero saber mais sobre ela. Na verdade, estamos procurando por algo para nos afiliarmos, mas preciso saber o que a Igreja tem a nos oferecer.’”
Grande parte da população brasileira tem herança africana que pode ser difícil de ser percebida ou identificada. E na época, em 1972, a Igreja não permita que nenhum afrodescendente fosse portador do sacerdócio ou recebesse as ordenanças no templo. Além disso, para muitos, a discriminação racial era considerada um problema norte-americano e algo que os Martins não haviam enfrentado diretamente no Brasil.
Desde o primeiro encontro com os missionários, a questão de como a Igreja tratava os afrodescendentes foi levantada por Élder Martins. Logo no princípio lhe foi dito que os homens negros não podiam receber o sacerdócio. Os missionários explicaram que era uma política estabelecida pela Igreja e que os membros afrodescendentes não eram submissos aos membros brancos.
A irmã Martins contou que seu marido disse aos missionários, que não queria que seu filho fosse discriminado e queria que ele se sentisse confortável. “Ele não disse que era ele quem seria discriminado”, disse ela.
No domingo seguinte, a família foi à capela local da Igreja. “Meu marido queria saber mais, e para saber mais é preciso ir.”
A congregação se reunia em uma casa na rua Joaquim Méier que estava se despedaçando. “Eu me perguntei: ‘Isto é uma igreja?’”, disse ela. “Eu sempre passava por ali e achava que era uma casa velha, pronta para ser demolida. Entramos e tinham algumas pessoas que me conheciam [e disseram], ‘Rudá, você está aqui! Que ótimo!’”
Marcus foi o primeiro a decidir que seria batizado. “Eu não sei de vocês, mas eu já decidi, vou para esta Igreja”, ela se lembra dele dizendo. “Ele sempre era aquele que dizia: ‘Eu vou fazer isso’, e ele realmente faz. Ele sempre foi assim.”
Então, no dia 2 de julho de 1972, o futuro Élder e irmã Martins, juntamente com seu filho mais velho, Marcus, foram batizados como membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias — exatamente há 50 anos. A filha deles, Marisa, que na época tinha apenas 6 anos, foi batizada mais tarde.
Até hoje, a irmã Martins se lembra de tudo que aconteceu naquele dia. Apenas algumas pessoas foram ao batismo, já que a Igreja na área era pequena na época. “Quando a reunião sacramental terminou naquele domingo, o presidente do ramo anunciou: ’Agora, vamos ter [alguns] batismos hoje. Por favor, aqueles que puderem, fiquem para [apoiá-los]”, disse ela.
“Eu não sabia que minha vida mudaria tanto”, disse a irmã Martins. “Não tenho dúvida, com o Senhor no comando, tudo fica melhor.”
Ao se filiarem à Igreja, eles não se apegaram às coisas do mundo, continuou ela. “Queríamos ir à igreja aos domingos. Acordávamos, íamos à Igreja, voltávamos e sempre tínhamos nosso almoço. (…) À noite sempre havia (…) a reunião sacramental. Íamos à Igreja para podermos participar da reunião sacramental, e estava tudo ótimo.”
De seus familiares, apenas a irmã de Élder Martins, Ivette Martins, e seu sobrinho, Antônio “Tony” Martins Rodrigues, filho de outra irmã, se filiaram à Igreja: ela em 1984 e ele no início da década de 1990. Como irmão mais velho, a decisão de Élder Martins de se filiar à Igreja foi respeitada por sua família, enquanto os pais da irmã Martins se distanciaram deles.
O templo e o sacerdócio
Em março de 1976, ocorreu a abertura de terra para o Templo de São Paulo Brasil. Depois de ter servido como diretor de relações públicas da Região Brasil Norte da Igreja desde 1974, Élder Martins foi chamado para servir no comitê do templo depois de ter sido anunciada a sua construção em 1975.
Durante a primeira visita que ela e o marido fizeram juntos pelo templo inacabado, a irmã Martins se lembra de alguém lhes ter dito: “É uma pena que vocês não poderão entrar no templo.”
“Meu marido disse: ‘Não sei. Aquele que está nos céus é quem vai decidir quem vai entrar no templo e quem não vai’”, disse ela.
Em 1977, a cerimônia da pedra angular do Templo de São Paulo Brasil foi realizada por Presidente Spencer W. Kimball.
Em sua autobiografia, Élder Martins registrou o conselho que Presidente Kimball lhe deu naquele dia: “Irmão Martins, o que é necessário de você é fidelidade. Permaneça fiel e você desfrutará de todas as bênçãos do evangelho.”
Aquele dia chegou mais cedo do que eles poderiam ter imaginado.
No dia 8 de junho de 1978, a irmã Martins recebeu a visita de uma amiga que lhe disse que a Igreja havia anunciado “que o sacerdócio seria restaurado e que todos os homens da Igreja, independentemente de sua cor, receberiam o sacerdócio. Quando seu marido chegou em casa mais tarde naquele dia, ela lhe deu a notícia.
A resposta de Élder Martins, de acordo com sua esposa, foi: “‘Agora precisamos trabalhar, porque eles precisarão de nós.’”
Na época, seu filho Marcus estava noivo e havia adiado o casamento de maio para agosto. “Ele tinha tudo arrumado: casa, móveis, tudo, e era perto de onde morávamos”, disse a irmã Martins. “Mas ele escolheu ir para a missão primeiro.”
Logo depois que ele e seu pai receberam o sacerdócio Aarônico e de Melquisedeque, Marcus Martins se tornou um dos três primeiros missionários negros da Igreja. Os outros dois eram Jacques Jonassaint, do Haiti, e Mary Sturlaugson, dos Estados Unidos. Marcus Martins entrou no “novo e ainda improvisado CTM”, localizado em uma casa de propriedade da Igreja na Rua Itapeva, no centro de São Paulo, no dia 8 de agosto de 1978, escreveu ele em e-mail para o Church News.
Alguns meses depois, no dia 30 de outubro de 1978, o templo de São Paulo foi dedicado. Os Martins e seus filhos “foram selados no primeiro dia em que o templo foi aberto” para os santos brasileiros, disse a irmã Martins.
A edição de 11 de novembro de 1978 do Church News, apresentou uma foto da família Martins saindo da capela ao lado do templo no dia 6 de novembro, incluindo Marcus Martins que estava servindo como missionário na Missão Brasil São Paulo Norte na época.
De acordo com o artigo do Church News, “A dedicação do templo traz bênçãos para muitos membros” [em inglês], Élder Martins comentou o seguinte depois de participar de uma das sessões dedicatórias: “É impossível para mim descrever meus sentimentos. Esta é a realização de um grande sonho. É um espírito especial. O sentimento é muito maior do que era antes do templo ter sido dedicado.”
Servindo na Igreja
Quase que imediatamente após o batismo, o Senhor colocou os Martins para trabalhar. Élder Martins foi chamado para servir como professor da Escola Dominical, e a irmã Martins, como conselheira na presidência da Primária. Quando seu distrito se tornou a primeira estaca no Rio de Janeiro em 1972, o futuro Élder Martins foi chamado para a presidência da Escola Dominical da estaca, e a irmã Martins para a presidência da Primária da estaca.
“A nova estaca era enorme”, descreveu Élder Martins em sua autobiografia. “Sua área representava um enorme desafio geográfico para nós como líderes de estaca, que estávamos tentando visitar várias alas e treinar líderes. … Como a Primária naquela época era durante a semana, a presidência da Primária da estaca viajava no meio da semana. Muitas vezes, nós, maridos, ficávamos no terminal de ônibus até depois das 23h ou mais tarde, esperando que nossas esposas voltassem de suas visitas. No entanto, ninguém reclamou das distâncias que percorremos, nem mesmo a presidência da Primária, que muitas vezes ficava fora até muito tarde. Éramos felizes por fazermos o trabalho.”
Em 1987, Élder e irmã Martins foram chamados para servirem como presidente e companheira na nova Missão Brasil Fortaleza.
Élder Martins escreveu que uma das partes mais gratificantes de servir como presidente de missão era trabalhar lado a lado com sua esposa. “Rudá e eu viajávamos juntos por horas de ônibus, carro e avião, indo e vindo pelo sertão do nordeste brasileiro para nos encontrarmos com os missionários. Ficamos muito mais próximos durante esses três anos, e aprendemos muitas coisas importantes juntos: a nos comunicar melhor com o Senhor, a eliminar as coisas mundanas de nossa vida para nos tornarmos mais espirituais e a aprender com pessoas de todos os níveis socioeconômicos e intelectuais da sociedade.”
Eles gostaram de terem se tornado “pais” de 434 rapazes e moças do Brasil, Estados Unidos e outras nações.
Já quase no final de seu serviço missionário no início de 1990, Élder Martins recebeu um telefonema, dizendo a ele e sua esposa que fossem imediatamente para Salt Lake City.
No aeroporto, um homem com um sobretudo até os tornozelos os encontrou. Os Martins não tinham levado nenhuma roupa para o frio e o homem lhes disse que os levaria diretamente ao escritório de Presidente Monson, em Salt Lake City.
“Perguntei a mim mesma: ‘Escritório do Presidente Monson?’”, disse a irmã Martins. “Olhei para meu marido e disse: ‘O que você fez de errado?
“Ele disse: ‘Bem, que eu saiba, eu não fiz nada. E você?’
“E eu disse para ele: ‘Isso eu sei, que eu não fiz nada. Meu trabalho é na história da família, enviar nomes [ao templo] para serem batizados, e isso é tudo. Mais nada.’
“E ele me disse: ‘Tudo bem, vamos ver o que acontece.'”
Presidente Monson estava sorridente e gentil e nos perguntou sobre a viagem. Logo em seguida, ele se dirigiu ao Élder Martins e disse que estava sendo chamado como membro do Segundo Quórum dos Setenta. Incapaz de falar inglês, a irmã Martins simplesmente esperou que o marido lhe explicasse o que estava acontecendo em português.
“Eu ouvi e disse para ele: ‘Acho que acabamos de chegar ao lugar certo. Você vai e eu vou com você. Você vai ter que me carregar. Você vai segurar minha mão e me levar, porque eu não falo inglês. Não sei nada sobre a língua”, disse ela.
Élder Martins respondeu: “Não se preocupe, o Senhor abrirá sua mente.”
Durante a conferência geral de abril de 1990, Élder Helvécio Martins foi apoiado como Setenta Autoridade Geral, tornando-se assim a primeira autoridade geral negra na Igreja. Como membro do segundo quórum dos setenta, ele serviu por cinco anos, de abril de 1990 a outubro de 1995, e foi membro da presidência da Área Brasil.
Após terminar sua designação como Setenta, a família voltou a ter uma vida normal. Élder Martins fez a faculdade de Direito e se formou com 74 anos, em janeiro de 2005. Ele também deu um discurso em sua formatura sobre como a lei deve proteger os interesses da família tradicional. Alguns meses depois, no dia 14 de maio de 2005, ele faleceu de problemas cardíacos, em São Paulo.
Testemunho
Sheri Buck, hoje uma das muitas irmãs ministradoras não oficiais da irmã Martins na Ala Watford City, pode testemunhar o poder do testemunho que ouviu pela primeira vez naquele domingo de jejum em 2021 e que continua a ouvir e sentir, conforme a amizade delas se aprofundou.
“Temos pessoas em nossas alas ou ramos que têm histórias maravilhosas, testemunhos e que são testemunhas de Cristo, mas que talvez nunca tenhamos ouvido falar”, disse Buck. “Fiquei tão feliz por estar lá naquele dia e por ouvi-la. Apenas ressoou em mim e eu tinha que saber mais. Eu tinha que saber quem ela era e como ela veio para a Dakota do Norte e sobre a força que ela tem. Toda vez que estou com ela, sinto aquele forte amor e poder vindo dela.”
“Meu testemunho é a coisa de maior valor que tenho”, disse a irmã Martins.
Em sua vida, ela aprendeu que é preciso ter fé. “A primeira coisa que uma pessoa precisa ter é fé no Senhor e orar ao Senhor com fervor”, disse. “Porque não é suficiente dizer: ‘Oh Senhor, eu gostaria disso e daquilo’. Você precisa dizer ao Senhor o que está passando e [ouvir] o que Ele lhe diz para fazer.”
Até hoje, a irmã Martins mantém uma relação muito próxima com o Senhor. “Eu falo com Ele. E Ele me responde através dos meus sonhos”, disse ela. “Fecho os olhos e digo: ’Senhor, eu não sei o que preciso fazer. Eu tenho isso e aquilo. O que devo fazer? O que devo dizer à minha filha? Ao meu filho?”, pergunto ao Senhor, e o Senhor me responde porque tenho fé Nele. Eu sei que o Senhor não vai me deixar cair em um buraco e ficar lá. Ele vai fazer muito por mim. Ele sempre faz.”