Nota do editor: Este mês marca o 175º aniversário que a primeira companhia de pioneiros chegou ao Vale do Lago Salgado, em julho de 1847, depois que os santos dos últimos dias terem sido expulsos por turbas de Nauvoo, Illinois, no ano anterior. Neste mês, o Church News irá homenagear as conquistas dos pioneiros que cruzaram as Planícies há 175 anos, assim como os pioneiros santos dos últimos dias de diferentes épocas em todos os continentes. Hoje apresentamos: Um olhar sobre o espírito pioneiro e as experiências que atravessaram gerações em todo o continente europeu.
Desde as primeiras designações missionárias no exterior, no final da década de 1830, até o estabelecimento de raízes em novas terras na virada do século XXI, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias teve muitos pioneiros ao longo de muitas gerações e em muitos países da Europa.

Esses pioneiros incluem os primeiros missionários e os primeiros conversos fora de sua terra natal, que voltaram para compartilharem o evangelho. Eles incluem os primeiros líderes e membros locais e os primeiros grupos e ramos, com alguns santos dos últimos dias que permaneceram fiéis em situação de quase isolamento, desejando e esperando que a Igreja crescesse.
Eles também incluem membros do Quórum dos Doze Apóstolos nos primórdios da Igreja, durante o século XIX. Sete anos após a restauração da Igreja, Joseph Smith enviou os sete primeiros missionários estrangeiros à Grã-Bretanha, com os Élderes Heber C. Kimball e Orson Hyde liderando o grupo. Outros apóstolos se juntaram a eles, não apenas ali, mas se espalhando por todo o continente europeu, incluindo Orson Hyde na Alemanha e Holanda, Orson Pratt na Áustria e Lorenzo Snow na Itália e Malta.
Os primeiros conversos europeus, muitos dos que se filiaram à Igreja nos Estados Unidos ou em outras áreas fora de sua terra natal, retornaram como missionários ou membros, ansiosos para compartilharem as boas novas do evangelho com familiares e amigos.

Micha Markow é um excelente exemplo de membro pioneiro e missionário europeu, com laços ligados a muitos países. Nascido em 1854 na Hungria, filho de pai sérvio e mãe romena, ele foi batizado na Turquia em 1887, pregou e converteu uma família na Bélgica quando estava a caminho de Utah, e mais tarde serviu duas missões na Europa na virada de 1900, inclusive na região que hoje constitui a Bulgária, Croácia, Alemanha, Hungria, Letônia, Romênia, Rússia e Sérvia.
Em alguns casos, os esportes e exercícios físicos desempenharam papéis importantes. Como o basquete, ao estabelecer a Igreja na antiga Iugoslávia e na atual Croácia, e aulas de ioga para ajudar os membros a compartilharem o evangelho durante os 50 anos da era comunista na antiga Tchecoslováquia.
As histórias dos pioneiros europeus ao longo das gerações, e de muitos países, encheram livros e materiais de referência, incluindo as Histórias do Mundo da Igreja e breves fatos sobre países. Abaixo estão breves destaques sobre pioneiros em diversas nações da Europa.

Alemanha
De 1840 até o início da década de 1850, Élder Hyde e Élder John Taylor, do Quórum dos Doze Apóstolos, estiveram entre os primeiros missionários na Alemanha, com um pequeno ramo criado em Hamburgo, em 1851, e o Livro de Mórmon publicado em alemão em 1852. Enquanto os primeiros conversos fugiram da perseguição a favor dos Estados Unidos, Karl G. Maeser, um converso de Dresden, começou a presidir a Missão Suíço-Alemã em 1868, chamando os membros locais como líderes do ramo, publicando o jornal Der Stern para os santos locais e ajudando a estabelecer uma presença mais permanente da Igreja no país.
Apesar de uma depressão global, duas guerras mundiais e a divisão da nação em Oriental e Ocidental, a Igreja floresceu na Alemanha, com estacas criadas em ambas as nações alemãs e templos dedicados em cada lado, um templo em Frankfurt, a oeste, e outro em Freiberg, a leste, antes da reunificação alemã em 1990.

Andorra
Quando o ramo de Andorra foi criado em agosto de 1993, entre os poucos santos dos últimos dias estava Marlize Gomez Lima, a primeira pessoa a ser batizada no país, em abril de 1992. Anteriormente, os membros tinham que viajar 130 km até Lerida, Espanha, para participarem das reuniões, e os primeiros presidentes de ramo da pequena congregação de Andorra não moravam dentro dos limites do ramo.
Em 1993, a liberdade religiosa foi concedida, com a Igreja solicitando seu reconhecimento oficial no país. Mais tarde, Javier Agulced Jerez, batizado em março de 1998 com sua esposa e duas filhas, se tornou o primeiro presidente de ramo a morar nos limites da unidade.
Armênia
Em 1885, o Sr. Vatooguian e três membros de sua família foram batizados na Turquia, se tornando os primeiros armênios a se filiarem à Igreja. Em seguida, o evangelho foi pregado a armênios que moravam fora de sua terra natal e o Livro de Mórmon traduzido para o armênio ocidental em 1937.
Os esforços humanitários da Igreja e de seus membros na Armênia, na década de 1990, ajudaram a preparar o caminho para os principais eventos da Igreja no país: o Livro de Mórmon foi publicado em armênio oriental em 1991; Mikhail Oskar Belousaov foi o primeiro homem batizado na Armênia e Nara Sarkissian foi a primeira mulher batizada, ambos em 1992; e a organização do ramo de Yerevan em 1994.
Áustria

Embora Élder Pratt tenha dedicado a Áustria para a pregação do evangelho em 1865, nenhum avanço significativo aconteceu até o batismo de Johann Huber de Haag am Hausruck, em 1900, quando o primeiro grupo permanente de santos austríacos começou.
Apesar das congregações descontinuadas durante a Primeira Guerra Mundial, os membros resistiram à depressão internacional, à anexação nazista e à Segunda Guerra Mundial, com a Igreja crescendo substancialmente nos anos pós-guerra, de cerca de 200 membros durante a guerra, para 2.500 no final da década de 1960.
Bélgica

Markow pregou na Bélgica em 1888 e batizou a família Esselman. Missionários servindo na Suíça e na Alemanha também foram enviados para a Bélgica, com 80 conversos e congregações organizadas em Liège, Bruxelas e Antuérpia, em apenas dois meses.
Os missionários e membros santos dos últimos dias na Bélgica permaneceram fiéis e resilientes diante da oposição e do conflito. Em 1896, uma multidão de quase 500 pessoas ameaçou matar Élder John Ripplinger, em Liège; a polícia dispersou a turba e o missionário permaneceu na cidade, logo batizando 10 pessoas. Durante a ocupação da Bélgica pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial, membros em seis ramos permaneceram ativos.
Bulgária
Markow e Argir Dimitrov pregaram pela primeira vez em Sofia em 1900, porém sem sucesso, enquanto vários búlgaros aceitaram o batismo no exterior nas décadas seguintes.
As conversas entre líderes santos dos últimos dias e funcionários do governo para se estabelecer a Igreja no país começaram no final da década de 1980, mas ela não foi oficialmente registrada na Bulgária até a década de 1990. Em 1991, Nevenka e Kiril Kiria retornaram à sua terra natal para presidir a primeira missão na Bulgária.
Chipre
Um pequeno grupo de 20 militares e respectivas famílias na Base Soberana Britânica de Akrotiri, formou o grupo Nicósia Chipre. Descontinuado em 1969 após a transferência dos militares santos dos últimos dias da base, o grupo foi restabelecido em 1971, realizando reuniões regulares para alguns poucos membros, bem como participando de reuniões protestantes inter-religiosas, algumas sob a direção de líderes santos dos últimos dias.
Nas duas décadas seguintes, vários membros da Igreja emigraram para o Chipre, missionários de tempo integral foram designados em 1988 para trabalhar no país, e o Ramo Nicósia Chipre foi criado em 1989. Em fevereiro de 1992, Georgia Philippou, uma grega-cipriota de 67 anos, foi batizada e tornou-se o primeiro membro cipriota.
Croácia

Vários conversos croatas, que se filiaram à Igreja fora de sua terra natal no início de 1900, voltaram para compartilhar o evangelho. John Stosich (também conhecido como Janko Stošić) e que foi batizado nos E.U.A., pregou como missionário em Zagreb em 1911, enquanto Eviza Arbić Vujiči, que foi batizada na Hungria, retornou quando a Iugoslávia se tornou um país em 1918, e permaneceu fiel, apesar de um certo isolamento como membro, até sua morte em 1937.
Krešimir Ćosić, um astro do basquete croata, foi batizado em 1971 enquanto estudava na Universidade Brigham Young e, durante sua carreira profissional na Croácia, ajudou a traduzir o Livro de Mórmon para o servo-croata e auxiliou na obtenção da permissão para os missionários entrarem no país. O primeiro ramo organizado da Croácia foi criado em 1974 em Zadar, a cidade natal de Ćosić.
Dinamarca

Peter Hansen, um dos poucos dinamarqueses que se filiaram à Igreja durante a vida de Joseph Smith, começou a traduzir o Livro de Mórmon enquanto trabalhava como guarda noturno no Templo de Nauvoo. Ele e Élder Erastus Snow, do Quórum dos Doze Apóstolos, foram chamados em 1849 para abrir uma missão na Escandinávia, com o ramo de Copenhague organizado logo após sua chegada em 1850.
Em 1851, a tradução do Livro de Mórmon para o dinamarquês tornou-se a primeira edição da Igreja impressa em um idioma diferente do inglês. E nas décadas de 1850 e 1860, os santos dos últimos dias em direção ao oeste americano representavam quase metade do total de emigrantes da Dinamarca.
Eslováquia
Quando a Missão Tchecoslovaca foi aberta em 24 de julho de 1929, a maior parte do proselitismo ocorreu em cidades de língua tcheca. Os primeiros eslovacos conhecidos a demonstrar interesse pela Igreja apareceram quando os santos dos últimos dias ensinaram aulas de “ioga cristão”, durante a era comunista, usando exercícios de ioga como uma forma criativa de compartilhar os princípios do evangelho. Quando a Eslováquia e a República Tcheca se separaram em 1993, cerca de 20 a 30 santos permaneceram na Eslováquia.
Peter Václav se interessou pela Igreja depois de participar de aulas de ioga e foi batizado; sua esposa, Hana, também se filiou à Igreja. Após a Revolução de Veludo de 1989, os Václavs realizaram as primeiras reuniões regulares da Igreja na Eslováquia em sua casa, em Trenčín. Em 24 de janeiro de 1993, o Ramo Trenčín foi organizado, com Peter Václav servindo como presidente do ramo.
Eslovênia
O trabalho missionário em Liubliana, embora improdutivo, remonta a 1911. Cinco décadas depois, Maria Gruden, cujo filho havia se filiado à Igreja no exterior, aceitou o evangelho em 1968 e se tornou a única santo dos últimos dias em Liubliana, vivendo em “isolamento religioso”, exceto por viagens irregulares às reuniões do ramo em Klagenfurt, Áustria, e ao receber visitas ocasionais de membros da Igreja.
O trabalho missionário começou na Iugoslávia em 1978, porém missionários não foram designados para Liubliana até 1990, quando foram acolhidos por vários conversos que moravam na Eslovênia. Em apenas dois anos, foram estabelecidos ramos em Liubliana, Celje e Maribor.
Espanha

Por volta de 1870, Melitón Trejo se tornou o primeiro membro espanhol da Igreja, emigrando para Utah e ajudando na primeira tradução do Livro de Mórmon para a língua espanhola. Mais tarde, ele acompanhou a primeira expedição missionária da Igreja para entrar no México.
A Lei de Liberdade Religiosa da Espanha, aprovada em 1967, precedeu a organização do Ramo de Madri em fevereiro de 1968, o reconhecimento oficial da Igreja em outubro de 1968 e a primeira missão do país sendo estabelecida em julho de 1970.
Estônia
Com a antiga União Soviética reduzindo as restrições de viagem, Valtteri Rötsä viajou em 1989 da Estônia para a Finlândia, encontrou-se com missionários e foi batizado. Ele retornou ao seu país e compartilhou o evangelho com parentes e amigos. Logo, um ramo da Igreja foi organizado em Tallinn.
No final de 1990, Jaanus Silla foi chamado como missionário, sendo o primeiro cidadão soviético a ser chamado na Igreja. Durante seu serviço, a Estônia garantiu sua independência, com liberdades religiosas adicionais concedidas aos cidadãos.
Finlândia

Os finlandeses santos dos últimos dias que se filiaram à Igreja, enquanto moravam no exterior nas décadas de 1850 e 1860, pediram às autoridades que enviassem missionários até seus parentes em sua terra natal. Os primeiros foram os irmãos suecos Carl e Johan Sundström, que chegaram da Suécia em 1875 para pregar em Vaasa, onde o primeiro ramo foi formado.
Mas as condições legais e sociais (a Finlândia fez parte do Império Russo até 1917), e duas guerras mundiais significaram que apenas alguns ramos foram organizados antes do final da Segunda Guerra Mundial. Depois disso, missionários foram designados para cidades em todo o país, com o desenvolvimento de congregações e o Livro de Mórmon publicado na língua finlandesa.
França

Os missionários chegaram à França em 1849, e um dos primeiros conversos, Louis Bertrand, presidiu a Missão Francesa até seu fechamento em 1864. Os missionários retornaram ao país em 1908, mas duas guerras mundiais e dificuldades econômicas limitaram a presença da Igreja, com santos dos últimos dias como Léon Fargier e Eveline Kleinert ajudando a manter a Igreja ativa durante a Segunda Guerra Mundial.
O crescimento no período pós-Segunda Guerra Mundial incluiu as bênçāos do Templo de Berna Suíça, oferecendo instrução e ordenanças em francês e a tradução e publicação de literatura da Igreja em francês.
Geórgia
Os primeiros santos dos últimos dias da Geórgia foram batizados fora de sua terra natal na década de 1990: Roman e Nana Amirkhanashvili na Alemanha e Vazha Natroshvili na Holanda. No final daquela década, missionários de serviço humanitário estavam no país, incapazes de fazerem proselitismo abertamente, apenas respondendo perguntas e falando sobre a Igreja.
Isso resultou nos primeiros conversos no país: a família Mamasakhlisi e Hike Bagdasaryan, natural da Armênia. Mas como a Igreja não estava oficialmente registrada na Geórgia, eles foram batizados em setembro de 1999 em Yerevan, Armênia, na época a região mais próxima com uma missão da Igreja. O ramo T'blisi foi organizado em 2002 e, no ano seguinte, os primeiros batismos permitidos na Geórgia foram realizados em setembro de 2003.
Grécia
Rigas Pofantis, um operador de prensa, natural de Atenas, solicitou informações da Igreja no início de 1900. O presidente da missão na Turquia ensinou Pofantis, que foi batizado em 1905.
Porém nenhum avanço muito significativo aconteceu até décadas depois, quando o crescimento resultou na organização de uma congregação em Atenas em 1965, o estabelecimento da Missão Grécia Atenas em 1990 e a construção da primeira capela no país em 1999.
Holanda

Élder Hyde visitou comunidades judaicas em Amsterdã, Roterdã e Haia em 1841, mas os missionários em 1861 batizaram os primeiros conversos holandeses. Enquanto muitos dos primeiros conversos imigraram para o oeste dos E.U.A., alguns voltaram para a Holanda para pregar o evangelho. A publicação do Livro de Mórmon em holandês, em 1890, levou a um crescimento sem precedentes.
A Igreja e seus membros na Holanda enfrentaram duas guerras mundiais e pouco contato com a sede da Igreja; vários futuros líderes locais da Igreja foram convertidos em um campo de prisioneiros de guerra alemão. E a Estaca Holanda, a primeira da Igreja na Europa continental, foi organizada em 1961.
Hungria
Markow foi o primeiro cidadão húngaro a ser batizado, em 1887, enquanto residia na Turquia. Ao retornar à sua terra natal em 1899 para servir como missionário durante três anos, ele não foi o primeiro missionário húngaro a servir na Hungria. Élder Mihály Marjalaky (também conhecido como Michael Marialaky), que vivia nos Estados Unidos desde 1873 e se filiou à Igreja em Wyoming, serviu em sua cidade natal, Debrecen, em 1897-98.
O trabalho missionário inicial foi realizado principalmente em alemão. No entanto, reuniões, proselitismo e batismos estavam sendo feitos em húngaro em 1910, apenas alguns anos antes de o país retirar o status de reconhecimento da Igreja. Apenas em 1988, sete décadas depois, a Igreja recebeu reconhecimento oficial, com o retorno dos missionários e a volta das reuniões e atividades da Igreja.
Irlanda
Thomas Tate se tornou o primeiro converso da Igreja na Irlanda, sendo batizado por Élder Taylor, do Quórum dos Doze Apóstolos, perto de Belfast. Dez anos depois, Edward Sutherland, batizado em Londres, liderou um esforço contínuo para expandir a Igreja além de Belfast e ajudou a pregar o evangelho em sua cidade natal, Dublin, com um ramo organizado lá em 1850.
A imigração substancial para os E.U.A. levou ao fechamento e reabertura de ramos nas décadas seguintes, antes da Irlanda conquistar sua independência em 1922. A Igreja desfrutou de um crescimento sustentado após a organização da Missão Irlandesa em 1962.

Islândia
Os primeiros missionários santos dos últimos dias a pregarem na Islândia foram Guðmundur Guðmundsson e Þórarinn Hafliðason, que retornou à sua terra natal em 1851, depois de ter se convertido na Dinamarca. Após a morte prematura de Hafliðason, Guðmundsson pregou sozinho por quase dois anos, resistindo à oposição e organizando um ramo em 1853, nas Ilhas Westman.
A imigração de conversos para a América do Norte muitas vezes deixou a Islândia sem ramos organizados, e o trabalho missionário foi interrompido entre a Primeira e Segunda Guerras Mundiais, quando a atividade da Igreja foi auxiliada por militares estacionados perto de Keflavik. Missionários da Dinamarca retornaram em 1975, um ramo foi organizado em Reykjavik em 1976, e o Livro de Mórmon foi publicado em islandês em 1981.
Itália

Batizado em 1843 em Boston, Massachusetts, e considerado o primeiro converso italiano conhecido da Igreja, Joseph Toronto, nascido Giuseppe Taranto, foi um dos primeiros missionários de sua terra natal quando acompanhou Élder Snow e outros em 1849. No entanto, a missão foi fechada em 1867.
Na década de 1950, vários italianos aprenderam sobre o evangelho em outros países e voltaram para casa para compartilhá-lo com as famílias, resultando na formação de ramos de língua italiana em Brescia e Palermo. Em 1996, quase um século depois de fechada, a Missão Italiana foi restabelecida, com sede em Roma.
Letônia
Enquanto Markow pregava o evangelho em Riga em 1903, a presença da Igreja na Letônia começou em 1992, quando os recém-conversos Gvido e Velga Senkāns se mudaram de Moscou, de volta para Riga, em 1992. Naquele ano, os missionários começaram a fazer proselitismo no país, e o primeiro ramo da Letônia foi organizado.
Foram criados ramos adicionais de língua letã e russa, com o Livro de Mórmon publicado em letão em 2001.
Lituânia
Em 1907, os santos dos últimos dias pregaram pela primeira vez na atual Lituânia (Klaipėda, que se tornou a atual Meme, Alemanha), com um ramo estabelecido em 1909. Mas o contato foi perdido durante a Segunda Guerra Mundial, e o país se tornou parte da antiga União Soviética.

No final da década de 1980, vários lituanos que haviam sido batizados em outros países voltaram para seu país natal, com missionários de tempo integral designados para a Lituânia no final de 1992, depois que o país recuperou a independência.
Malta
Élder Snow e Jabez Woodward chegaram a Malta vindos da Itália, em fevereiro de 1852, tendo sido Ferndinanda Seiapati e Jean Alaïs Frouche os primeiros a serem batizados na ilha. Um pequeno ramo logo foi organizado, composto principalmente de militares britânicos; no entanto, oficiais militares foram ameaçados com perda de patente ou punição por envolvimento. Muitos permaneceram fiéis, mas outros se afastaram da Igreja. Vários membros do ramo partiram em 1854 para servir na Guerra da Crimeia, com “ramos itinerantes” organizados para aqueles que serviam naquela guerra.
Sem a presença oficial da Igreja no país, o ramo de Malta foi desfeito até que os santos dos últimos dias retornaram, principalmente os militares britânicos, e realizaram reuniões nas décadas de 1960 e 1970. Emanuele D'Emanuele foi o primeiro nativo de Malta a servir como presidente do ramo, chamado em 1991.
Moldávia
Sem restrições de viagens após a queda da União Soviética, os primeiros santos dos últimos dias moldavos se filiaram à Igreja longe de sua terra natal, em meados da década de 1990, sendo eles Vitalii Volosin na Rússia, Sylvia Vacarcius na Ucrânia e Lilia Carasciuc na Califórnia. Mais ou menos na mesma época, alguns santos dos últimos dias que moravam na Moldávia começaram a se reunir para adoração semanalmente.
Os missionários de tempo integral, sendo incapazes de fazer proselitismo abertamente, ofereciam serviços e ensinavam quando solicitados ou indicados pelos membros. Eles chegaram a Chisinau em 1997, com cinco pessoas batizadas e um ramo organizado no final daquele ano.
Noruega

Os noruegueses que se filiaram à Igreja nos Estados Unidos fizeram parte das primeiras companhias pioneiras a chegar ao Vale do Lago Salgado, e vários anos depois, em 1851, a Missão Escandinava estendeu seu trabalho para a Noruega. Apesar da oposição inicial e do governo do país não querer reconhecer oficialmente a Igreja, milhares na Noruega se filiaram a ela no século XIX. Quase metade dos primeiros membros imigraram para ajudar a construir a Igreja em Utah, incluindo John A. Widtsoe, que mais tarde foi um membro do Quórum dos Doze Apóstolos.
Após a Segunda Guerra Mundial, o governo da Noruega permitiu que a Igreja pregasse no país e o registro oficial como denominação religiosa finalmente veio em 1988.
Polônia
O trabalho missionário da Missão Suíça e alemã no final do século XIX, resultou em quase 2.500 conversos, e um distrito no território da atual Polônia. Um ramo na pequena cidade de Selbongen (mais tarde Zelwagi) foi estabelecido no início da década de 1920 e funcionou como o ponto central da Igreja, quando as tropas soviéticas avançaram para a Polônia no final da Segunda Guerra Mundial, com muitos ramos fechados quando os membros fugiram para a Alemanha.
A Igreja retomou o estabelecimento de ramos em todo o país nas décadas de 1960 e 1970, depois que o governo polonês concedeu o reconhecimento oficial.
Portugal

A pacífica Revolução dos Cravos, em 1974, levou a uma nova forma de governo e ao início da liberdade religiosa no país, com os santos dos últimos dias iniciando o trabalho missionário em Portugal. A Igreja transferiu missionários do Brasil para Portugal e, em 1975, foi organizado um ramo em Lisboa.
Em cinco anos, Portugal tinha mais de 1.000 membros, com ramos adicionais em Lisboa, Porto, Coimbra, Viseu e Açores. Em 2000, Portugal tinha cinco estacas e mais de 35.000 membros, resultando em uma maior concentração de santos dos últimos dias do que quase qualquer outra nação europeia.
Reino Unido

O primeiro grupo formado por sete missionários chegou à Inglaterra em 19 de julho de 1837, pregou em Preston em 23 de julho, e batizou nove conversos em 30 de julho, diante de uma curiosa multidão de 8.000 pessoas. Na semana seguinte, outras 50 pessoas foram batizadas, o início de mais de mil conversos se filiando à Igreja nos primeiros anos.
Entre 1837 e a virada do século XIX, cerca de 100.000 conversos emigraram para se juntar ao corpo principal da Igreja nos E.U.A., com quase metade da população de Utah, em 1870, sendo formada por imigrantes britânicos. O trabalho missionário no Reino Unido sobreviveu aos reveses de duas guerras mundiais, com o número de membros na década de 1950 aumentando, à medida que os líderes da Igreja incentivavam os novos membros a ajudarem a construir a Igreja em sua terra natal.
República Checa [ou Tcheca]

Thomas Biesinger chegou a Praga, no que hoje é a República Checa, em 1884 como o primeiro missionário. Preso por pregação não autorizada, ele passou quase 70 dias na prisão, mas batizou Anthon Just, seu único converso, pouco antes de deixar a cidade. Ele retornou em 1928 aos 82 anos, ajudando a Igreja a obter reconhecimento legal, com a organização da Missão Checoslováquia [ou Tchecoslováquia] logo em seguida.
Após a Segunda Guerra Mundial, a consequente ascensão do Partido Comunista e a proibição governamental da Igreja em 1950, os santos dos últimos dias tchecos permaneceram fiéis por cinco décadas. Apesar de não praticarem abertamente sua fé, eles tentaram ser criativos e participarem de suas reuniões e associações o mais frequente possível. Isso incluiu alguns membros ensinando aulas de “ioga cristão” como forma de compartilhar os princípios do evangelho, com cerca de 130 pessoas sendo convertidas à Igreja.
Romênia
Markow começou a pregar no que hoje é a Romênia, estabelecendo ramos em Bucareste, Timisoara e Brasov. No entanto, não há relatos de membros conhecidos por terem permanecido na Romênia após a década de 1930.
Após a Revolução Romena em 1989, os líderes da Igreja ofereceram assistência humanitária, e algumas pessoas no país demonstraram interesse pelo evangelho restaurado. Um ramo da Igreja em Bucareste foi estabelecido em 1991; em menos de 10 anos, outros ramos foram criados em Constança, Pitesti, Ploiesti, Arad, Timisoara, Cluj-Napoca, Oradea, Sibiu, Bacău, Brasov, Galati e Iasi.
Rússia
As primeiras congregações russas foram criadas em 1990 em São Petersburgo e Vyborg, com a primeira estaca do país organizada em Moscou, em 2011. No entanto, os laços da Igreja com a Rússia remontam a meados do século XIX.
Joseph Smith chamou missionários para a Rússia em 1843, os líderes da Igreja visitaram o país em 1866 e, em 1895, a família Lindlöf se filiou à Igreja em São Petersburgo.
Sérvia
Markow pregou brevemente em Belgrado e Zrenjanin em 1899, mas Eviza Arbić Vujičić foi a primeira santo dos últimos dias a se estabelecer na Sérvia, se mudando para Belgrado em 1918, depois de ser batizada na Hungria. Em parte por causa dos esforços de Vujičić, Matej Spaček se tornou a primeira pessoa a ser batizada na Sérvia, em 1933.
As raízes do evangelho no país se tornaram mais firmemente estabelecidas nas décadas de 1970 e 1980, graças a Ćosić, astro do basquete da BYU e batizado em Utah, que ajudou a espalhar o evangelho enquanto jogava profissionalmente na Iugoslávia. O primeiro ramo na Sérvia foi organizado em Belgrado, em 1983.
Suécia

John E. Forsgren, um marinheiro sueco que se converteu em Boston, Massachusetts, se tornou o primeiro missionário da Igreja de sua terra natal, quando foi designado para servir na Suécia, depois de ter imigrado para o Vale do Lago Salgado com outros pioneiros. Ele parou pela primeira vez em sua cidade natal de Gavle, em 1850, batizando seu irmão Peter, que se tornou o primeiro converso na Suécia. Depois de mais alguns batismos, o élder Forsgren foi preso por pregar, e banido do país.
Em 1853, os missionários retornaram ao sul da Suécia e organizaram uma congregação em Skonaback, com muitos novos conversos nas décadas seguintes imigrando para se juntar aos santos dos últimos dias no oeste dos E.U.A.
Suíça

Enquanto pregava na Itália, Élder Snow enviou seu companheiro, Thomas B. H. Stenhouse, através dos alpes em novembro de 1850, para pregar na Suíça, com os primeiros conversos sendo batizados em março de 1851. Centenas de conversos foram batizados na década seguinte e, anos depois, muitos imigraram para Utah.
Outros permaneceram em seu país, ajudando a estabelecer um alicerce suíço fiel que resistiria a duas guerras mundiais no século XX. A cidade de Berna foi escolhida como local do primeiro templo da Igreja na Europa, dedicado em 1955. Os santos suíços também desempenharam papéis importantes na reabertura do trabalho missionário na Itália, na década de 1960 e, posteriormente, administrando ramos no Oriente Médio.
Turquia
Os líderes da Igreja que pregavam na Turquia em 1850, reconheceram a atual cidade de Éfeso como o lar da congregação cristã do Novo Testamento, a qual pertenciam Paulo, Timóteo e João. Havia uma congregação na Turquia em 1854, consistindo em soldados britânicos santos dos últimos dias, lutando na Guerra da Crimeia. E em 1884, a Igreja estabeleceu a Missão Turca; em 1887, Markow, na época morando em Istambul, se filiou à Igreja, pregando mais tarde o evangelho na Europa Central e Oriental.
Mais recentemente, a Igreja organizou várias novas congregações na Turquia, começando com uma em Ancara, em outubro de 1979.
Ucrânia

Os primeiros missionários chegaram à capital Kiev em outubro de 1990, com um pequeno ramo de santos dos últimos dias ucranianos começando a se reunir em 1991, em um salão alugado.
O número de membros expandiu por toda a Ucrânia, com ramos estabelecidos em quase todas as grandes cidades do país. A primeira estaca da Igreja na Europa Oriental foi organizada em Kiev em 2004. E 20 anos após a chegada dos missionários ao país, o Templo de Kiev Ucrânia foi dedicado em agosto de 2010.