Logo após o início da pandemia de COVID-19 em 2020, o governo de Moçambique implementou regras proibindo batismos e outras ordenanças religiosas.
O número de pessoas esperando para serem batizadas cresceu nos últimos dois anos. No dia 20 de abril, o presidente de Moçambique anunciou que as restrições seriam amenizadas e os batismos poderiam voltar a ser realizados.
Cerca de 900 batismos foram realizados em Moçambique nos dois meses desde que as restrições foram reduzidas, informou a Sala de Imprensa da Igreja na África [em inglês].
Élder Stephen Woodbury, missionário sênior da Missão Moçambique Maputo, disse que eles se apressaram para se preparar e iniciar os batismos após o anúncio.
“As entrevistas foram realizadas, as pias e roupas batismais foram limpas em preparação para os primeiros batismos em Moçambique, marcados para sábado, 23 de abril”, disse o élder Woodbury. “O primeiro batismo ocorreu às 8 horas da manhã em Magoanine, onde foi batizado um fiel segurança da capela, depois de ter alegremente ajudado a limpar e encher a pia no dia anterior.”
Os batismos continuaram durante todo aquele dia e noite adentro, em 15 áreas diferentes da missão, disse ele à Sala de Imprensa da Igreja na África [em inglês], “com um total de 63 pessoas sendo batizadas, limitadas apenas pelo número de roupas batismais que estavam disponíveis.”
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A Missão Beira Moçambique testemunhou eventos semelhantes. Jaime Casa Branca, de 23 anos, aguardava o anúncio de que os batismos poderiam voltar a acontecer. Ele havia conhecido os missionários na rua de sua casa no início do ano.
“À certa altura, fiquei com medo, me perguntando, ‘Quando será meu batismo?’”, disse ele. “Mas continuei fiel, sabendo que um dia as restrições da COVID seriam amenizadas.”
Jaime disse que o dia de seu batismo “foi o dia mais feliz da minha vida.”
Cleidy Maria Francisco, de 23 anos, também estava aguardando. Seu batismo aconteceu seis meses depois de conhecer os missionários.
“Eu me senti muito ansiosa”, disse ela. “Mas continuei pensando, talvez Deus veja a necessidade de eu aprender mais antes de dar esse passo.” Ela continuou a frequentar a Igreja e a estudar o evangelho até ser batizada.
“Lembro-me de tudo sobre aquele dia”, disse Cleidy. “A maior alegria veio quando meu pai realizou a ordenança do batismo.”
Entrar nas águas do batismo foi um momento de alegria e alívio para Flávia Amosse, de 51 anos.
“Era como se eu tivesse feito uma longa, longa jornada”, disse Amosse. “Parecia que estava suada e cheia de poeira, e agora finalmente podia tomar um banho. Quando veio o batismo, foi como se as águas estivessem ali para me purificar.”
Missionários em Moçambique disseram à Sala de Imprensa da Igreja na África que sentiram um novo e reverente espírito de gratidão durante as reuniões batismais, e eles sabiam que o Senhor respondeu seu jejum e orações para permitir que este trabalho recomeçasse no país.
Agora, dois meses depois de serem batizados, Amosse, Cleidy e Jaime dizem que o evangelho mudou sua vida.
Amosse disse: “Agora que me filiei à Igreja, minha experiência tem sido ótima. Sinto que tenho uma família maior. Faço parte de uma família de santos. Eu amo o fato de que existem outras mulheres com quem conversar, e outras mulheres podem conversar comigo.”
Cleidy disse: “Desde que me filiei à Igreja, sou uma pessoa muito mais feliz. Sinto que foi a melhor decisão que já tomei.”
Jaime batizou sua irmã em junho, e vários outros parentes foram batizados nas semanas seguintes.
“Estou muito feliz em compartilhar esta experiência com as pessoas que amo”, disse ele.