PROVO, Utah — Na década de 1970, o Presidente da Igreja, Presidente Spencer W. Kimball disse: “Cada um de nós tem mais oportunidades de fazermos o bem e de sermos bons do que jamais precisamos. ... Qualquer que seja o tamanho de nosso atual círculo de influência efetivo, se melhorássemos um pouco o nosso desempenho, memo que seja apenas um pouco, esse círculo seria ampliado.”
Enfatizando o convite do Profeta para melhorarmos “memo que seja apenas um pouco”, nossos esforços de serviço, Chris Crippen, diretor do Centro de Serviço e Aprendizagem da BYU [em inglês], disse que os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias podem “ver o que podemos fazer para sermos um pouco melhores no atendimento à nossa comunidade, começando no lar.”
Na quinta-feira, 24 de agosto, Crippen ministrou uma palestra na Semana da Educação da Universidade Brigham Young de 2023, chamada “Expandindo Nosso Círculo de Serviço.”
O serviço começa no lar
A unidade familiar é o “laboratório de aprendizagem do serviço”, disse Crippen.
“O melhor que podemos fazer é amarmos o próximo, que começa pelas pessoas que moram em nossa casa e compartilham as mesmas paredes que nós. Essa precisa ser a nossa essência.”
Crippen disse que, pessoalmente, aprendeu muito sobre o serviço com sua família, incluindo o que significa amar, sacrificar-se, colocar os outros em primeiro lugar e colaborar.
“Estas são as pessoas que Deus lhe deu para esta provação mortal”, disse ele, “... as pessoas que merecem a maior parte do seu amor e atenção. Tudo começa no lar. Deveria sempre começar no lar. E então, se expande.”
Simplicidade no serviço
Crippen compartilhou um vídeo [em inglês] da organização sem fins lucrativos, Life Vest Inside, sobre atos de serviço simples e significativos. No vídeo, um homem ajuda um adolescente que caiu do skate, e o adolescente, por sua vez, ajuda uma senhora a carregar suas compras. A câmera segue os indivíduos, um por um, enquanto eles primeiro recebem um ato de serviço e depois são inspirados a servirem outros, em uma cadeia de serviço.
“O serviço é contagioso”, disse Crippen. “As pessoas verão isso e desejarão participar. Elas querem fazer parte disso.”
Fazer a diferença na comunidade, disse ele, pode ser tão simples quanto compartilhar um sorriso. O importante é olhar para fora de si mesmo, caso contrário é possível perder uma oportunidade de servir.
Crippen disse: “Temos a obrigação, como membros da comunidade, como companheiros de viagem nesta terra, de cuidarmos uns dos outros, de abrirmos os olhos e de estendermos a mão com gratidão e sorriso. E até mesmo dizer ‘oi’ pode ser um [ato de] serviço significativo.”
Formas de se oferecer serviço
Além de atos espontâneos de serviço, Crippen compartilhou recursos pelos quais os santos dos últimos dias podem encontrar sugestões de serviço:
- ServirAgora: Um site e aplicativo fornecido pela Igreja para encontrar eventos de serviço por local, data e categoria.
- United Way [em inglês]: Oportunidades para fortalecer as comunidades, especialmente em iniciativas de educação, renda e saúde.
- “Isto é ministração’: Uma página no site da Igreja com recursos para se tornar um ministrador(a) melhor.
Crippen também incentivou os ouvintes a serem bons receptores do serviço dos outros: “Precisamos ser mais receptivos aos dons que os outros estão se esforçando para nos oferecerem”, inclusive pedindo ajuda quando necessário. “Precisamos estar dispostos a nos submetermos e pedirmos essa ajuda.”
‘Serviço é sobre pessoas, e não projetos’
Ele compartilhou a experiência de um grupo que dirigiu para o sul, até o México, para um projeto de serviço. No caminho, no estado do Novo México, eles viram uma cabana Navajo com apenas um cobertor na porta para proteger do vento do inverno. O grupo de serviço providenciou para que um madeireiro local fornecesse portas personalizadas para a cabana.
No caminho de volta, porém, o grupo percebeu que as portas recém-instaladas haviam sido substituídas pela mesma manta original na entrada. Os voluntários tinham boas intenções de fornecerem portas para a cabana, mas não perceberam que o cobertor estava ali por tradição e não por falta de materiais.
“Entramos no nosso próprio tipo de paradigma e, de repente, sentimos que somos o padrão”, disse Crippen. “... Podemos ter uma ótima ideia, sentir que temos um bom coração e que estamos fazendo a coisa certa”, mas pode não ser o que é necessário.
Continuando, ele disse que “serviço é sobre pessoas e não projetos. Temos que manter as pessoas em primeiro lugar no nosso trabalho.” Para fazermos isso, os voluntários podem “descobrir a necessidade, e não apenas fazerem o que acham que precisa ser feito.”
Uma maneira de decidirmos isso, disse ele, é por meio do Espírito: “Uma das melhores coisas que podemos fazer para sermos ministradores eficazes é termos o Espírito Santo conosco. ... Esse deveria ser um dos nossos principais objetivos.”