PROVO, Utah — Existe uma fórmula para converter ou mudar as pessoas?
Essa é a pergunta que Gregory Johnson, diretor dos Seminários e Institutos de Religião, fez aos participantes na Semana da Educação da Universidade Brigham Young de 2023. Os ouvintes propuseram elementos para a fórmula, como desejo, mudança de coração, fé e encontro pessoal com o divino.
Estas peças, disse Johnson, “desempenham um papel importante, mas talvez maior para algumas e não tão grande para outras. Mas Cristo tem que fazer parte de cada conversão. ... Jesus é a fórmula.”
Na quinta-feira, 24 de agosto, entre as aulas da Semana da Educação, Johnson ministrou uma palestra chamada “Conversão: O processo de tornar-se como Cristo.”
Convertido ao Senhor
“Converter algo é mudar alguma coisa”, disse ele. Os dois são sinônimos, e Johnson costuma escrever a palavra “mudança” sempre que vê “converter” nas escrituras.
O resultado dessa mudança pode ser encontrado em 3 Néfi 28:23: “Elas foram convertidas ao Senhor e uniram-se à Igreja de Cristo; e assim foi abençoado o povo dessa geração, segundo a palavra de Jesus.”
Os santos são, portanto, convertidos ao Senhor e unidos à Sua Igreja, e não apenas convertidos à Sua Igreja. Johnson perguntou: “Onde está nossa âncora? Em quem estamos ancorados? Se é à Igreja, se é à família, isso é incrível; mas quando a família hesita, nós também hesitamos.”
Ele contou a história de Paul, um senhor idoso que ele ensinou em sua missão. Ele aceitou o convite para ler o Livro de Mórmon e desenvolveu amor pelo evangelho de Jesus Cristo. Mas antes do batismo, Johnson e seu companheiro convidaram Paul a parar de tomar café.
A princípio ele ficou um pouco chocado com o pedido, mas estava disposto a confiar nos mandamentos de Deus, dizendo: “Eu mudarei. Eu vou parar [de tomar café]. Eu farei isso. Eu me converterei porque é verdade. ... Eu sei que Cristo vive.”
‘Ele é o motivo da mudança’
Johnson compartilhou Mosias 5:1-7 para explicar a causa e o resultado da verdadeira conversão ao Senhor. Nestes versículos, o povo do rei Benjamim reconhece que o Espírito “efetuou em nós, ou melhor, em nosso coração, uma vigorosa mudança, de modo que não temos mais disposição para praticar o mal, mas, sim, de fazer o bem continuamente” (versículo 2).
Essa mudança os leva a estarem “dispostos a fazer um convênio com nosso Deus, de cumprir a sua vontade e obedecer a seus mandamentos em todas as coisas que [E]le nos ordenar” (versículo 5). Por meio de seus convênios, eles nasceram de [Cristo] “e se tornaram seus filhos e suas filhas” (versículo 7).
“Quando sentimos o céu”, disse Johnson, “quando o Espírito nos toca, a mudança acontece.” Ele explicou de onde vem o acesso ao céu: “Os convênios fazem parte dessa mudança.”
Ele compartilhou um vídeo da Igreja [em inglês] sobre três pessoas com três desafios diferentes: um homem que foi para a prisão e se preocupava apenas consigo mesmo, uma modelo que se sentia sozinha em uma nova cidade e um rico empresário obcecado por dinheiro.
Ainda assim, apesar da variedade de circunstâncias, cada pessoa teve que perceber que algo estava faltando na vida e tomar medidas para encontrar o seu Redentor.
A mudança pode ser difícil por vários motivos, como por exemplo, ser pessoal ou exigir o abandono de alguns hábitos. Johnson testificou, porém, que isso é possível através do Salvador. “Ele é o motivo da mudança.”
A orientação do Salvador para o topo
Quando adolescente, Johnson e seu pai escalaram o Monte Timpanogos com rapazes de sua ala. O grupo encontrou um declive próximo à trilha e decidiu seguir em frente.
O pai, petrificado pelo medo de altura, ficou perto da parede da montanha para ajudá-lo a subir e cantou “Vinde, Ó Santos” repetidamente. Johnson se virou para perguntar se seu pai estava bem, mas seu pai lhe disse para voltar e seguir em frente.
O grupo finalmente chegou ao topo e o pai de Johnson o chamou para conversar. “Você sabe como cheguei ao topo?” o pai perguntou. “Havia um pequeno triângulo em sua mochila em que me concentrei o tempo todo, exceto naquele momento em que você se virou e eu fisicamente pensei que iria morrer.”
Cristo, explicou Johnson ao seu público da Semana da Educação, é o triângulo. Ele é Aquele “de quem não podemos tirar os olhos, nem por um momento, se quisermos chegar ao topo.”