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Semana da Educação da BYU: Estratégias para quando sua mente vai para lugares negativos

‘A forma como se lida com a situação determina o que acontece em seguida’, diz Scott Braithwaite durante apresentação na Semana da Educação

PROVO, Utah — Com um público formado principalmente por jovens adultos, Scott Braithwaite, professor de Psicologia da Universidade Brigham Young, iniciou sua aula na Semana da Educação da BYU na sexta-feira, dia 25 de agosto, sobre como gerenciar o estresse.

Para Braithwaite, “saber se relacionar com suas emoções e saber o que fazer quando elas aparecerem” é inteligência emocional. As pessoas muitas vezes tentam controlar o estresse por meio de estratégias prejudiciais, mas “a forma como você o enfrenta determina o que vem a seguir”, disse Braithwaite.

Assistir TV ou dar uma pausa em um problema, nem sempre é uma coisa ruim, observou o psicólogo. Os verdadeiros problemas começam a surgir quando as pessoas “tentam evitá-lo”. 

Braithwaite forneceu algumas ferramentas que podem ajudar a controlar o estresse e outras emoções negativas.

“Emoções realmente intensas não duram para sempre”, ensinou Scott Braithwaite, professor de Psicologia na BYU.
“Emoções realmente intensas não duram para sempre”, ensinou Scott Braithwaite, professor de Psicologia na BYU. | A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

Lutando contra as emoções

“Se lutarmos, nos esforçarmos e tentarmos ignorar nossos sentimentos… eles surgirão de outras maneiras e, às vezes, iremos amplificá-los”, disse Braithwaite. Ele falou sobre uma ideia que pode parecer contra-intuitiva, mas é útil para se livrar de emoções negativas. E qual a ideia?

“Às vezes, a melhor maneira de não permitir que as emoções negativas assumam o controle é, estranhamente, apenas deixá-las serem emoções negativas, deixar-se realmente sentir a emoção negativa por um minuto”, disse ele. “Emoções realmente intensas não duram para sempre.”

Ele continuou: “Você descobrirá que a emoção começa a mudar e, como não estamos lutando contra ela, ela não está sendo amplificada, não está sendo exagerada.”

Ao não lutar contra as emoções, as pessoas são capazes de ter relacionamentos saudáveis, mesmo ​​com as emoções que sentem. Quando as emoções podem ir e vir livremente, os indivíduos podem se libertar do sentimento negativo.

Observar as histórias que a mente cria

“Quase sempre pensamos nas emoções como sendo apenas uma [parte]. Pensamos nisto como parte do sentimento”, disse Braithwaite. No entanto, as emoções têm quatro partes: sentimentos, sensações, impulsos e pensamentos.

A parte do “pensamento” da experiência emocional é a história que o cérebro conta quando surge uma situação. 

“Quando algo acontece, seu cérebro começa a tentar entender aquilo e conta uma história”, disse ele. “Parte de ter um bom relacionamento com nossas emoções é ser capaz de captar as histórias que nosso cérebro conta.”

‘A forma como se lida com a situação determina o que acontece em seguida’, disse Scott Braithwaite na Semana da Educação da BYU.
‘A forma como se lida com a situação determina o que acontece em seguida’, disse Scott Braithwaite na Semana da Educação da BYU. | A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

Afastar-se da situação e da história que seu cérebro está contando pode ajudar a pessoa a entender melhor a situação e evitar ser dominada pela emoção negativa.

“É importante notar que seus pensamentos nem sempre são verdadeiros”, acrescentou. Ele disse ao público para pensar que suas mentes são um pouco diferentes de quem vocês são. Referindo-se a uma escritura de 2 Néfi 2:14, ele disse: “Temos duas coisas em toda a criação: coisas que agem e coisas que recebem ação.”

Ele argumentou que a mente é algo que faz parte de uma pessoa e que pode sofrer ação: “Ela apenas responde reflexivamente às coisas. Mas há uma parte de você que pode realmente observar sua mente e perceber que ‘minha mente está sendo uma ‘rainha do drama’”.

As pessoas podem escolher sobre o que fazer com as histórias que sua mente está criando.

Parte do gerenciamento das emoções é saber como resolver os problemas das pessoas de maneira saudável, ensinou Scott Braithwaite, professor de Psicologia, durante apresentação na Semana da Educação
Parte do gerenciamento das emoções é saber como resolver os problemas das pessoas de maneira saudável, ensinou Scott Braithwaite, professor de Psicologia, durante apresentação na Semana da Educação | A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

Jesus Cristo, perdão e relacionamentos

 Parte do gerenciamento das emoções, é saber como resolver os problemas das pessoas de maneira saudável.

Às vezes, é melhor simplesmente ignorar os problemas, disse Braithwaite. Mas evitar problemas nos relacionamentos só permite que o problema se agrave.

“Temos que abordá-los, mas queremos que seja de uma forma gentil, e acho que uma ótima maneira de se fazer isso é algo que Jesus ensinou”, disse ele mostrando um slide com Mateus 18:15: “Além disso, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão”.

Braithwaite disse: “Este é um conselho prático de Jesus no Novo Testamento”.

Ele continuou descrevendo como o Salvador estava ensinando a importância das pessoas conversarem umas com as outras quando surgirem problemas.

Parte do gerenciamento das emoções é saber como resolver os problemas das pessoas de maneira saudável, ensinou Scott Braithwaite, professor de Psicologia, durante apresentação na Semana da Educação
Parte do gerenciamento das emoções é saber como resolver os problemas das pessoas de maneira saudável, ensinou Scott Braithwaite, professor de Psicologia, durante apresentação na Semana da Educação | A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

“Ter uma conversa específica sobre um problema, apenas com a pessoa com quem você tem problemas, diminuirá a dificuldade e o drama em 90%.” Braithwaite enfatizou a palavra “apenas”.

Parte de se dar bem com os outros é aprender como lhes oferecer graça, acrescentou. Às vezes pode ser difícil oferecer graça e perdão aos outros por causa da dor que causaram.

Mas, Braithwaite concluiu: “Precisamos dessa graça, [e] também precisamos aprender como dá-la. É uma das coisas mais importantes que fazemos.”

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