Amo a história pioneira de minha quinta avó, Ann Elizabeth Hodgkinson Walmsley Palmer.
Em 1837, Élder Heber C. Kimball, do Quórum dos Doze Apóstolos, foi chamado para pregar o evangelho na Inglaterra. Quando chegou a Liverpool, Inglaterra, em julho de 1837, se sentiu inspirado a viajar para Preston. Nas palavras de Élder Kimball, no livro “Vida de Heber C. Kimball”:
“Eu visitei a casa de Thomas Walmesley, cuja esposa estava doente com tuberculose há vários anos; ela foi reduzida a pele e ossos, um mero esqueleto; e foi abandonada pelos médicos para morrer. Preguei o evangelho para ela e lhe prometi, em nome do Senhor Jesus Cristo, que se ela cresse, se arrependesse e fosse batizada, ela seria curada de sua doença. Ela foi carregada para a água e, após seu batismo, começou a mudar, e em sua confirmação ela foi abençoada e sua doença repreendida, e ela se recuperou imediatamente e, menos de uma semana depois, estava cumprindo suas tarefas domésticas.”
Em 30 de julho de 1837, no rio Ribble, Ann Elizabeth Walmsley foi um dos primeiros nove conversos à Igreja nas Ilhas Britânicas e a primeira mulher batizada no país.
Essa cura milagrosa após seu batismo é onde geralmente termino esta história, mas descobri mais na seção de lembranças de sua página no FamilySearch (observação: Walmsley foi escrito de três ou quatro maneiras diferentes nos registros históricos fornecidos).
Thomas e Ann Elizabeth Walmsley partiram da Inglaterra em 1841 para se juntarem aos santos dos últimos dias no Missouri. A família mais tarde se mudou para Nauvoo, Illinois. Em 16 de novembro de 1842, Thomas Walmsley faleceu e foi enterrado na floresta de lá. Dois anos depois, em 1844, ela se casou com Isaac Palmer.
Isaac e Ann Elizabeth Palmer se juntaram ao êxodo dos pioneiros santos dos últimos dias que fugiram de Nauvoo. Dez dias depois de deixar Winter Quarters, ela deu à luz um filho, Journal. Ele é meu tataravô. Ann Elizabeth conduziu um boi e duas vacas pelas planícies e se estabeleceu em 1849 em Salt Lake City, onde a família trabalhou para construir uma casa e suportou dificuldades como outras pessoas da época. Isaac Palmer abandonou a família para se juntar à corrida do ouro na Califórnia.
Ann Elizabeth se mudou então para Bear Lake Valley, adotou o sobrenome Walmsley novamente e se estabeleceu em Bloomington, Idaho. Em um livro sobre os pioneiros de Bear Lake, uma bisneta escreveu: “Disseram-me muitas vezes que minha avó era arrumada e organizada, uma dona de casa esplêndida, que mantinha sua casa em Bloomington, apesar de rústica, extremamente limpa. Ela era uma senhora encantadora e um membro humilde e dedicado da Igreja. Minha mãe me contou muitas vezes que ela e sua irmã … costumavam ler a Bíblia para ela depois que sua visão falhou. Elas pulavam versículos propositalmente, mas sempre tinham que voltar e ler o versículo que haviam pulado. Ela conhecia sua Bíblia tão bem que sabia que elas não haviam lido algumas partes para ela.”
Ela faleceu em Wardboro, Idaho, provavelmente em 16 de novembro de 1888, após sofrer ferimentos ao cair de um carroção alguns meses antes.
Depois de conhecer o resto de sua vida, fiquei impressionada com o fato de Ann Elizabeth Walmsley ter vivido uma vida difícil. Mas o que todos se lembravam era da sua humildade e fé.
Seu obituário dizia: “A irmã Walmsley estava sempre pronta para prestar seu testemunho da veracidade desta obra, e de que Joseph Smith era um Profeta de Deus, tendo visto muitas de suas profecias serem cumpridas.”
Sua vida e testemunho me lembram 2 Néfi 31:19-20: “agora, meus amados irmãos, depois de haverdes entrado neste caminho estreito e apertado, eu perguntaria se tudo terá sido feito. Eis que vos digo: Não; porque não haveríeis chegado até esse ponto se não fosse pela palavra de Cristo, com fé inabalável nele, confiando plenamente nos méritos daquele que é poderoso para salvar. Deveis, pois, prosseguir com firmeza em Cristo, tendo um perfeito esplendor de esperança e amor a Deus e a todos os homens. Portanto, se assim prosseguirdes, banqueteando-vos com a palavra de Cristo, e perseverardes até o fim, eis que assim diz o Pai: Tereis vida eterna.”
Minha quinta avó exemplificou o que Néfi ensinou. Sua fé e seu testemunho se tornaram um milagre maior para mim do que o que aconteceu em seu batismo. Ela é o tipo de modelo que usarei de inspiração ao enfrentar meus próprios desafios e provações.
Minha esperança é que, quando comemoramos o Dia dos Pioneiros, possamos observar mais de perto a vida inteira dos pioneiros em nossa vida, e não apenas as histórias rápidas e recontadas. Perseverar até o fim não é fácil, mas há muito a aprender com as experiências daqueles que o fizeram.
— Valerie Walton é repórter do Church News.