IEm sua visão da árvore da vida no Livro de Mórmon, o profeta Leí começou “em um deserto escuro e triste” (1 Néfi 8:7). Orando pela misericórdia de Deus, Leí encontrou uma árvore, “cujo fruto era desejável para fazer uma pessoa feliz” (versículo 10). Depois que Leí provou do fruto, ele começou a procurar sua família, desejando que “dele também comesse minha família” (versículo 12).
A visão que Leí teve da árvore da vida é um dos muitos testemunhos diferentes de Cristo, encontrados no Livro de Mórmon: Outro Testamento de Jesus Cristo. Esta visão também ressoa na vida de Amos Makulu, um refugiado da República Democrática do Congo.
Makulu fugiu de sua casa em 2006, encontrando segurança em um campo de refugiados em Lugufu, na Tanzânia. Enquanto estava lá, ele conheceu um homem chamado Mchumbe, que também fugiu de Nairóbi, no Quênia, para um local seguro. Makulu se tornou amigo de Mchumbe e lhe perguntou se ele tinha alguma coisa que pudesse ler enquanto eles estavam no campo de refugiados. Mchumbe deu a Makulu um exemplar do Livro de Mórmon.
Mchumbe recebeu o Livro de Mórmon de missionários de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias em Nairóbi, Quênia, e o levou consigo quando fugiu de casa. Contudo, Mchumbe havia perdido o interesse no Livro de Mórmon e estava procurando outra pessoa para doá-lo.
De acordo com o élder David Olson, um missionário que conheceu Makulu, ele sabia que o Livro de Mórmon era verdadeiro no momento em que o leu pela primeira vez. Ele havia sido um pregador das Testemunhas de Jeová antes de fugir de casa, mas ao ler o Livro de Mórmon com outro amigo do campo de refugiados, Denis Akulu, “começamos a aprender e ficamos muito felizes”, disse Makulu.
Assim como Leí no passado, Makulu começou a compartilhar aquilo que lhe havia trazido tanta felicidade com outras pessoas no campo de refugiados, construindo uma “família” de aprendizes interessados. Embora o Livro de Mórmon fosse uma excelente ferramenta de ensino, ele e “sua família de 11 pessoas” tinham muitas dúvidas. “Precisávamos descobrir as respostas a essas perguntas com os missionários e líderes da Igreja”, disse Makulu.
Por meio de cartas, Makulu e sua família entraram em contato com a Missão Quênia Nairóbi e conversaram com os missionários. De acordo com Makulu, eles haviam aprendido “muitas coisas sobre o evangelho” nos seis anos seguintes e desejavam ser batizados e se filiarem à Igreja. No entanto, a congregação mais próxima de sua localização estava em Dar es Salaam, na Tanzânia, a cerca de 1.171 km de distância.
Makulu não se intimidou com a distância. Depois de não conseguir comprar passagens de avião, Makulu e dois membros de sua família decidiram atravessar o país a pé, de Lugufu a Dar es Salaam. Makulu e seus amigos foram batizados em 2014; pouco depois, Makulu imigrou para os Estados Unidos, se estabelecendo em Buffalo, Nova York. Ele se tornou um dos primeiros membros da Igreja na região a falar suaíli, embora também saiba falar francês e bemba, uma língua comumente falada na República Democrática do Congo.
Élder Olson e élder Abocha Ebakyelo, dois missionários que falam suaíli e servem na Missão Buffalo Nova York, trabalharam extensivamente com Makulu, enquanto ele compartilha seu testemunho com as pessoas ao seu redor.
“Pelo que vejo em Amos, ele tem uma grande paixão”, disse o élder Olson. “Temos trabalhado com ele para criar um ramo com o nosso grupo [de falantes de] suaíli.”
Élder Ebakyelo concordou: “Ele é um bom homem e se sente muito confortável com o evangelho. Nós, como missionários, servimos com ele algumas vezes enquanto ele participa de nossas lições.”
Atualmente, há 46 membros da Igreja que falam suaíli e se reúnem com mais 43 pessoas interessadas em participar. Makulu conhece quase todos e participa regularmente das lições missionárias com outras pessoas, às vezes surpreendendo os próprios missionários quando aparece.
“Ele conhece o evangelho muito bem”, disse o élder Ebakyelo.
“Ele sabe que, por meio do Senhor, tudo é possível e que o grupo será capaz de crescer e se tornar um ramo forte”, acrescentou o élder Olson.
Makulu tem mantido contato com os seus amigos na África, que se espalharam pela Tanzânia, Quênia e República Democrática do Congo. “Nós nos tornamos um grande grupo”, disse ele. Disse também que “mais de 30 famílias” que vivem na África foram batizadas e se filiaram à Igreja.
“Depois de conhecer a verdade do evangelho restaurado, eu mudei e meu testemunho mudou”, disse Makulu. Ele disse que planeja estudar “até conhecer plenamente este evangelho” e incentiva todos a aprenderem e “conhecerem a verdade sobre nossa fé”.
“Nossa religião é boa e temos amor por vocês e por todos”, disse Makulu.