Sob o sol australiano, centenas de membros e amigos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias se reuniram para surfar, praticar esportes e se socializar na 19ª edição anual da competição Coffs Soul Surfest, em Coffs Harbour, Austrália, de 26 a 29 de setembro.
Garth Mackie, um dos organizadores originais do evento, descreveu o Surfest como um momento para os membros da Igreja se confraternizarem e se divertirem.

“Uma vez por ano, nós, surfistas, podemos nos reunir, não apenas para compartilhar nosso amor pelo mar, mas também para compartilharmos nossas crenças e nos fortalecermos mutuamente”, disse Mackie em um artigo da Sala de Imprensa da Igreja da Área Pacífico [em inglês].
Monica Perritt, que participa do Surfest desde o seu início, descreveu o evento como uma “bela comunidade” de famílias que se reúnem para “aprenderem o que são a verdadeira amizade, competição e bondade, seguindo o exemplo de nosso Pai Celestial.”

Uma tradição anual
O Surfest começou em 2006, quando um jovem do Ramo Coffs Harbour competia regularmente em eventos de surfe aos domingos.
Em colaboração com os pais do rapaz, Mackie, que é surfista “desde sempre”, organizou uma competição de surfe que ocorreu de quinta a sábado. A esperança era permitir que o rapaz conhecesse outros jovens santos dos últimos dias e que frequentasse a Igreja.
Desde então, o Surfest se tornou uma tradição anual para muitos.
Participantes de todas as idades viajam de toda a Austrália e até de outras partes do mundo. Este ano [em inglês], o evento contou com a participação de um surfista do Brasil, e Mackie estimou que o surfista mais velho tivesse 70 anos, enquanto o mais jovem, 6.

Perritt elogiou a família Mackie por continuar a organizar a competição anualmente.
“É muito trabalho, e eles fazem isso sem nunca pedir nada em troca, apenas para levar alegria, comunhão e amor pelo evangelho aos outros.”

Força em se reunir
Mas o Surfest é muito mais do que apenas surfe.
Na verdade, dos cerca de 200 participantes, estima-se que apenas 60 competiram nas provas de surfe este ano. Os demais assistiram, jogaram vôlei e desfrutaram a boa comida na praia.

Uma família viajou 22 horas de carro de Cairns, na Austrália, para participar do Surfest, mesmo sem nenhum de seus membros saber surfar.
Os participantes também se reúnem para fortalecerem sua espiritualidade.
Por exemplo, um devocional e uma reunião de testemunhos são realizados na sexta-feira à noite. Perritt disse que a reunião de testemunhos é um dos pontos altos, mesmo que todos os participantes cheguem queimados de sol e exaustos após um dia na praia.

“Nunca senti o espírito tão forte em uma reunião de testemunhos, como sinto no Surfest”, disse ela.
Aos domingos, a maioria dos participantes comparece à reunião sacramental no Ramo Coffs Harbour.
Mackie disse que no Ramo Coffs Harbour, cerca de 25 a 30 pessoas frequentam a Igreja regularmente. No domingo seguinte ao Surfest deste ano, 234 pessoas compareceram à reunião.
“Foi impressionante para o nosso ramo, ver que a capela está mais do que cheia”, disse Mackie, “e que há tantos membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias de todas as idades para o nosso ramo também ver.”

Ver a mão de Deus
Para Mackie, o amor de Deus por seus filhos é um tema central em cada Surfest.
“Eu simplesmente sei que Deus ama cada pessoa, independentemente de qualquer coisa”, disse ele. “Parte do que queremos é poder ver cada pessoa que chega ao nosso evento através dos olhos de Cristo.”
Gabriel Figueiro, que mora nos EUA e compareceu ao Surfest durante suas férias, disse que reconheceu o amor de Deus de maneiras aparentemente comuns, incluindo as condições climáticas ideais durante todo o fim de semana.

Figueiro disse que a previsão do tempo indicava condições de surfe ruins, mas os participantes do Surfest foram recebidos com vento e ondas favoráveis.
Um surfista local disse aos participantes de Coffs Harbour: “Alguém realmente ama vocês”, insinuando que Deus estava abençoando o Surfest com boas ondas. Figueiro disse que os participantes do Surfest concordaram unanimemente.
Em uma publicação no Facebook [em inglês], ele escreveu: “Nós, que estávamos lá, fortalecemos nosso testemunho sobre o genuíno interesse de Deus em fazer parte da vida de Seus filhos, mesmo em momentos de lazer e celebração da vida e da natureza.”

Foco nas famílias
A família também é um dos principais focos no Surfest.
No sábado à noite, os organizadores do evento promovem um “baile para a família”, onde tocaram músicas infantis durante a primeira hora e música pop no restante do tempo.

Perritt disse que os participantes anuais se tornam uma família, e Mackie destacou que alguns literalmente se tornam família, já que vários casamentos surgiram a partir do Surfest.
Quando o falecido pai de Mackie serviu como presidente do Templo de Sydney Austrália [em inglês], ele perguntou a um casal que se preparava para o casamento como eles se conheceram. Eles perguntaram se ele já tinha ouvido falar do Surfest.
Para Perritt, o Surfest se tornou uma forma de homenagear seu falecido pai, pois ela e sua família entregam o Greg Perritt Memorial Award [Prêmio Memorial Greg Perritt] todos os anos.

Greg Perritt era um grande amigo de Mackie desde a infância e frequentou o Surfest com sua família até falecer, quando Monica Perritt tinha 19 anos.
Agora, Monica e suas irmãs presenteiam o participante que demonstrou mais amor, generosidade e bondade no Surfest daquele ano, com uma prancha de surfe alaia, uma prancha havaiana de madeira, com um retrato de seu pai. No ano seguinte, o vencedor traz a prancha de volta para que outra pessoa ou família possa ser premiada.
Perritt disse que é lindo ver o quanto as pessoas gostam de trazer suas famílias a um evento tão inspirador e acolhedor, e que ela aguarda ansiosamente o Surfest todos os anos.


