Matt e Ethel Christensen, de North Salt Lake, Utah, observavam com um grande sorriso, enquanto sua filha, Serafina, de 6 anos, e seu filho, Austin, de 3 anos, brincavam com jogos pioneiros.
As crianças ficaram especialmente fascinadas ao se revezarem segurando um bastão preso a um boneco de madeira, enquanto o missionário de serviço da Igreja, élder Robert Dangerfield, batucava com os dedos em uma tábua, o que fazia os pés dos bonecos saltarem e parecerem dançar.
Os pais ficaram felizes por verem seus filhos aprenderem que o Dia dos Pioneiros significa mais do que apenas fogos de artifício.
“Os pioneiros são a razão pela qual vivemos neste belo lugar”, disse Ethel Christensen. “É importante nos lembrarmos de onde vêm essas raízes, e mantermos viva a sua memória enquanto celebramos.”
A brincadeira foi apenas uma das muitas atividades da Feira dos Pioneiros, organizada pelo Museu de História da Igreja, de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, no dia 20 de julho. A feira celebrou o dia 24 de julho de 1847, quando os primeiros santos chegaram ao Vale do Lago Salgado.
‘Nossa maior até agora’
Com exceção de 2020 e 2021 devido à pandemia, o Museu de História da Igreja tem realizado a Feira dos Pioneiros a cada verão nos últimos anos, disse Tiffany Bowles, educadora do museu. Apesar do calor, uma grande multidão chegou cedo e a participação continuou durante toda a tarde.
“Esta é a nossa maior [celebração] até agora. Estamos crescendo a cada ano”, disse Bowles. “Adoro ver as famílias aproveitando as atividades e se divertindo ao aprenderem sobre os pioneiros e como eles eram diligentes e trabalhadores.”
Natalie Bodine, curadora assistente e coordenadora de eventos do museu, ajudou a planejar o evento. A feira deste ano apresentou as seguintes atividades pioneiras:
- Uma caça ao tesouro que levou as pessoas às diversas atividades e, dentro do museu, a uma sala de aula para aprenderem sobre o “alfabeto Deseret” e a um novo entreposto onde as crianças receberam uma guloseima.
- Cianótipos e fotografia de colódio, ambos processos fotográficos históricos.
- Como fazer bonecas com flores de malva-rosa.
- Cerâmica.
- Trabalho em madeira.
- Aquarela.
- Como os pioneiros lavavam roupas.
- Confecção de colchas de retalho e de rendas.
- Trabalhos em ferro.
- Trabalhos em estanho.
- Atividade sobre colonizadores.
- Carrinhos de mão.
- Comida dos pioneiros.
- Batalhão Mórmon.
- Música da “Blue Mountain”, uma banda de instrumentos de cordas que toca música folclórica da época dos pioneiros.
- Brinquedos e jogos infantis dos pioneiros.
- Visita a um autêntico carroção: “Um carroção de boas-vindas, por assim dizer”, disse Bodine.
Embora os pioneiros não tivessem tobogãs ou chafarizes, o museu forneceu algumas tendas com borrifadores de água e garrafas de água para as pessoas se refrescarem e se manterem hidratadas.
“A Feira dos Pioneiros oferece um certo tipo de apreciação”, disse Bodine. “Adoro ver o impacto nas crianças quando ouvem essas histórias e veem às atividades, [aprendendo] que era assim que viviam. Isto torna tudo real para elas.”
‘Eles tinham que fazer tudo’
Sob a sombra bem-vinda de um pequeno toldo, em uma tarde de sábado de 35 °C, os gêmeos de 7 anos, Ollie e Jane Bendall, observavam Mark Ware usar uma roda de oleiro para transformar uma bola de argila em um pequeno jarro de água em questão de minutos.
“É tão divertido assistir”, disse Ollie depois.
Observando de perto, sua avó, Karen Johnsen, viu a oportunidade de ensinar aos netos sobre a vida dos pioneiros.
“Vocês podem comprar coisas em uma loja. Eles não podiam”, disse ela. “Eles tinham que fazer tudo.”
Johnsen se sentiu grata por seus netos terem participado e aprenderem sobre a vida dos primeiros santos dos últimos dias, após sua chegada ao Vale do Lago Salgado em 1847.
“É maravilhoso”, disse ela sobre a oportunidade de voltar no tempo, até a época dos pioneiros. “Acho que é algo que falta para muitos deles. Eles não valorizam todas as pequenas conveniências que temos em nossos dias.... É um aprendizado notável para eles apreciarem o que temos hoje e que certamente aquelas pessoas tiveram que fabricar por conta própria.”
Joshua e Kayla Young, de Lehi, Utah, compartilharam pensamentos semelhantes ao irem com quatro filhos pequenos.
“Espero que eles possam ver o que os pioneiros estavam dispostos a sacrificarem por causa de sua fé”, disse Joshua Young.
Música depois da marcha
Depois de participar no ano passado, Mark Asay, de Orem, Utah, ficou emocionado ao ser convidado a voltar com seu uniforme do Batalhão Mórmon, tenda e outros itens históricos.
Este ano, Asay adicionou algo novo: música. Ao ler relatos históricos, ele aprendeu que muitas vezes os soldados se sentavam ao redor da fogueira à noite e se revezavam para tocar violino.
Para demonstrar, ele apoiou o violino no ombro e queixo e tocou a canção folclórica americana de Jay Ungar, “Ashokan Farewell”, e outros números musicais para indivíduos e famílias que passavam.
“Um número suficiente deles tocava, e cada violinista tinha seu próprio estilo”, disse Asay, acrescentando que outros instrumentos, tais como a gaita, eram tocados. “Há todo um elemento aí, ao qual nunca prestei muita atenção porque, do meu ponto de vista, depois de marchar de 24 a 40 quilômetros no calor e montar acampamento, eu não teria muita energia para tocar. Mas, aparentemente, os homens pensavam que isso melhoraria o seu ânimo.”
Asay espera que aqueles que visitaram seu estande, apreciem o trabalho e o sacrifício dos soldados do Batalhão Mórmon.
“Muitos deles não queriam se alistar, mas fizeram o que lhes foi pedido e o fizeram fielmente”, disse ele. “Eram pessoas que tinham desafios. Eles superaram coisas que não sei se eu conseguiria. Eles também se divertiram, nem tudo era penoso.”