QUITO, Equador — Durante a dedicação do Templo de Quito Equador no domingo, 20 de novembro, Élder Quentin L. Cook testificou sobre o plano do Salvador e do Pai Celestial para Seus filhos.
As chuvas que caíram na capital do Equador no domingo à tarde não extinguiram o fogo espiritual que os membros disseram ter sentido depois que Élder Cook, membro do Quórum dos Doze Apóstolos, dedicou o edifício sagrado.
“Tudo parecia tão certo”, disse Élder Cook após o término das sessões dedicatórias.
“Terminei com um sentimento maravilhoso e caloroso pela graciosidade e retidão dessas pessoas. Foi uma alegria.”
Élder Cook presidiu três sessões dedicatórias. Ele estava acompanhado por sua esposa, a irmã Mary Cook; Élder Kevin R. Duncan, Setenta Autoridade Geral e diretor executivo do Departamento de Templos da Igreja, e sua esposa, a irmã Nancy Duncan; Élder Shayne M. Bowen, Setenta Autoridade Geral, e sua esposa, irmã Lynette Bowen; Élder Jorge F. Zeballos, Setenta Autoridade Geral e presidente da Área América do Sul Noroeste da Igreja, e sua esposa, a irmã Carmen Zeballos.
Além de Quito, o templo servirá às pessoas nas cidades equatorianas de Otavalo, Ambato, Santo Domingo e outras áreas.
Élder Cook incentivou os membros da Igreja a manterem o foco no caminho do convênio.
“A Expiação do Salvador é real, os convênios do templo são eternos e não devemos permitir que distrações e racionalizações nos afastem do caminho que nos levará de volta ao Salvador”, disse ele.
Manter esse foco no Salvador é mais do que marcar itens em uma lista de requisitos; fornece proteção contra as tentações de Satanás, disse Élder Cook.
“Acredito que os jovens da Igreja terão maior proteção contra o adversário se mergulharem na busca de seus antepassados, preparando seus nomes para as sagradas ordenanças vicárias disponíveis no templo, e depois irem ao templo como procuradores por eles recebendo as ordenanças do batismo e do dom do Espírito Santo.”
Élder Cook descreveu o propósito dos templos como algo eternamente essencial para todos os filhos do Pai Celestial.
“Os templos fornecem o entendimento, esclarecimento, resolução e ordenanças, que são essenciais no glorioso plano do Pai para abençoar aqueles que estão no caminho do convênio.”
O templo em Quito foi anunciado por Presidente Thomas S. Monson em 3 de abril de 2016. A abertura de terra foi realizada [em inglês] em 11 de maio de 2019. Élder Cook participou de um devocional no Equador três meses depois, com Presidente Russell M. Nelson e sua esposa, a irmã Wendy Nelson. Élder Cook disse que estava feliz em voltar ao Equador para a dedicação. A recém-concluída casa aberta contou com a presença de mais de 50.000 visitantes de 14 a 29 de outubro.
Este é o 24º templo na América do Sul, sendo o 23º dedicado algumas horas antes em Belém, Brasil.
Faltando apenas 10 dias para o 60º aniversário do selamento dos Cooks no Templo de Logan Utah, Élder Cook disse que é grato pela oportunidade oferecida, por meio das ordenanças do templo, de continuar construindo um relacionamento conjugal por toda a eternidade. Ele disse que ama o fato de que todos os casamentos no templo são iguais.
“Não há evidência de riqueza, posição ou nível educacional [no templo]; somos todos irmãos e irmãs nos humilhando diante de Deus.
“Na sagrada sala de selamento, a ordenança do casamento eterno é a mesma para todos. Eu amo o fato de que o casal de origem mais humilde e o casal de origem mais rica têm exatamente a mesma experiência.”
Ele também reconheceu que ensinar as crianças sobre as ordenanças e bênçãos do templo pode ser difícil.
“Participar das ordenanças [de pessoas] vivas é uma das grandes bênçãos de um templo. Ensinar nossos jovens a se prepararem para a investidura e o casamento celestial é um dos grandes desafios que enfrentamos como pais.”
Élder Cook disse que as próprias ordenanças são bênçãos e que continuar a ser abençoado por meio dessas ordenanças exige trabalho.
“As principais bênçãos do templo são as ordenanças de exaltação. O evangelho se refere à exaltação, a qual exige fazer e guardar convênios sagrados com Deus”, disse ele.
Esforçar-se para cumprir os convênios feitos com o Pai Celestial abre as portas para bênçãos adicionais na vida de alguém, disse Élder Cook.
“Cumprir responsabilidades divinamente designadas, com base na retidão, união e igualdade perante o Senhor, traz felicidade pessoal e paz neste mundo e nos prepara para a vida eterna no mundo vindouro.”
Selamento simbólico da pedra angular do templo
Um grupo de cerca de 100 pessoas se reuniu no canto leste do templo em antecipação ao selamento simbólico da pedra angular do edifício durante a primeira sessão dedicatória.
Élder Cook se dirigiu aos que estavam do lado de fora e compartilhou com eles alguns de seus sentimentos sobre a dedicação.
“Que oportunidade especial ter as crianças aqui conosco”, disse ele. “O assentamento da pedra angular é simbólico, mas é um elemento essencial do que estamos fazendo aqui hoje.”
O simbolismo aponta diretamente para o Salvador, explicou Élder Cook.
“Por este simples ato, reconhecemos Jesus Cristo como nossa principal pedra angular.”
Entre os presentes na cerimônia da pedra angular estava Celeste Tabi, de 5 anos, que estava do lado de fora com seu pai, Luis Tabi. A irmã mais velha e a mãe de Celeste estavam dentro do templo para a dedicação. Por causa da idade, Celeste esperaria do lado de fora com o pai até o final da sessão. Porém, antes do início da cerimônia, a pequena Celeste foi convidada a participar do assentamento da pedra angular.
“Fiz assim, depois fiz assim”, disse Celeste, enquanto acenava com a mão no ar, imaginando que ainda usava a espátula para colocar argamassa na pedra angular.
“Sinto que foi uma bênção”, disse ela sobre a chance de participar de uma forma única e inesperada. “Porque esta é a casa do Senhor.”
Seu enorme sorriso só foi igualado em tamanho pelas grandes lágrimas de seu pai.
A família de Luis Tabi mora duas horas ao norte de Quito, em Cotocachi. Ele não imaginou que os dois teriam qualquer papel na dedicação, disse ele.
“Isso é um pouco profundo para mim. Eu não tinha expectativas”, disse ele, fazendo uma interrupção para enxugar as lágrimas. “Minha única esperança era conseguir que minha filha visse um apóstolo enquanto esperávamos do lado de fora do templo.”
Ele disse que havia orado durante toda a semana para que Celeste tivesse uma boa experiência e que ele sentisse o Espírito durante a dedicação.
“Deus conhece os desejos de nosso coração”, disse ele. “E ele nos deu uma maneira especial de participar hoje.”
Ele disse que sua filha mais velha revolveu uma pá de terra na abertura de terra do templo, três anos atrás. Ter uma filha participando do início do templo e a outra participando de sua conclusão significa que o templo sempre será muito mais especial para eles como uma família.
3 gerações ajudando a unir a família: passado, presente e futuro
Assim como a família Tabi, a família Calderón também se preparou para esta dedicação.
Élder Fernando E. Calderón era Setenta de Área no Equador e foi chamado para servir com sua esposa, Adriana, para ajudarem a organizar a casa aberta e a dedicação do templo.
Esse chamado rapidamente se tornou um assunto de família, pois seu filho, nora e neta também trabalharam por muitos meses.
“Na maior parte do tempo, não era fácil viajar oito horas [para Guayaquil] com as crianças”, disse Gabriel Calderón. “Agora, não teremos essa mesma preocupação.”
Sua esposa, Alexandra Calderón, concordou que o templo em Quito já está ajudando sua família.
“Ter um templo em Quito é uma bênção”, disse ela. “Ver nossos filhos crescerem tão perto de um templo e sentir o que eles sentem no templo é uma bênção.”
Falando sobre a interligação de gerações de famílias, Élder Cook disse: “A salvação de toda a família humana é interdependente e interconectada, como as raízes e os galhos de uma grande árvore.”
A filha de 9 anos dos Calderón, Camila, passou muito tempo no templo durante a casa aberta e nos dias que antecederam a dedicação do fim de semana.
“Às vezes, ela ficava aqui oito horas por dia”, disse Alexandra Calderón. “Eu sei que ela sabe em seu coração que é verdade.”
Camila também foi convidada a participar do assentamento da pedra fundamental com Élder Cook.
Terminada a sessão dedicatória inicial, Camila disse que se sentia feliz quando ajudava as outras crianças. Quando questionada sobre o que ela estava animada para fazer no templo, agora que será aberto, sua resposta pareceu pegar até mesmo seus pais de surpresa.
“Quero fazer batismos pelos mortos”, disse Camila. “Porque tenho familiares que faleceram sem conhecerem o evangelho.”
Talvez sentindo que ela havia dito tudo o que precisava ser dito sobre o assunto, a filha e neta de 9 anos saiu correndo pela calçada do templo. Seus pais ficaram quase sem palavras.
“Agora estamos começando algo realmente grande e podemos ver”, disse Alexandra Calderón, apontando para a filha enquanto ela se afastava, “o trabalho que temos diante de nós.”
O desejo de estar no templo é algo que Gabriel Calderón espera que afete mais do que os membros da Igreja no Equador.
“Espero que o templo se torne parte de nossa vida diária, sim”, disse ele. “E espero que isso desperte nas pessoas de nossa comunidade, o desejo de participar do que fazemos no templo e que se interessem mais pelo evangelho de Jesus Cristo, porque o templo está aqui.”
4 tipos de sacrifício necessários hoje
Mesmo com os templos sendo dedicados cada vez mais perto de mais membros, o sacrifício pela obra do Senhor ainda é uma parte necessária da adoração no templo, mesmo que esses sacrifícios pareçam diferentes hoje do que eram quando a Igreja estava começando, disse Élder Cook.
“O sacrifício pelo reino ecoa o supremo sacrifício do Salvador. Isso nos faz regozijar com o que o Salvador fez por nós.”
Especificamente, Élder Cook citou quatro tipos de sacrifícios que os membros podem fazer para mostrarem sua dedicação ao Senhor.
- O sacrifício de um coração quebrantado e um espírito contrito.
- O sacrifício de pagarmos nossos dízimos e ofertas.
- O sacrifício de procurarmos nossos antepassados e realizarmos o trabalho do templo por eles.
- O sacrifício de trabalharmos no templo.
Élder Cook disse que pode ser fácil se distrair com outras coisas no mundo que parecem boas, mas que substituem a adoração adequada.
“Precisamos lembrar que adoramos a Deus, o Pai, e adoramos Jesus Cristo”, disse ele. “Eles são a fonte de todas as bênçãos, e a Expiação do Salvador é o evento mais importante da história.”
Fazer esses sacrifícios e seguir os mandamentos não é uma coisa fácil de se alcançar, disse Élder Cook.
“A retidão é sua própria recompensa, mas a retidão é difícil em nossos dias. E com o mundo em comoção, ter pessoas focadas em cumprir os mandamentos e viver uma vida digna é particularmente importante.”
História da Igreja no Equador
Hoje, mais de duzentos e cinquenta mil membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias vivem no Equador. Eles estão distribuídos em 315 congregações (262 alas e 53 ramos) que fazem parte de 42 estacas. O país também possui seis missões.
Membros e amigos da Igreja fazem pesquisas de história da família em 57 centros de história da família em todo o Equador, incluindo um novo centro localizado no terreno do templo em Quito.
Os primeiros missionários da Igreja foram chamados para servirem no país há 57 anos, em 1965, quando o então Élder Spencer W. Kimball dedicou o Equador [em inglês] para a pregação do evangelho.
Quatro missionários da Missão Andes foram os primeiros a ensinar o evangelho restaurado no Equador. Élder Cook disse que é “maravilhoso estar aqui” entre aqueles que se acredita serem descendentes dos lamanitas. Ele também disse que o crescimento da Igreja desde então é um milagre.
“Sou excepcionalmente grato por, em tão pouco tempo, a coligação de Israel ter ocorrido e haver tanta fidelidade com os membros aqui no Equador.”
Quando o primeiro templo do Equador foi dedicado em Guayaquil em 1999, a Igreja tinha quase 150.000 membros no país, o que significa que o número de membros da Igreja aumentou 67% nos últimos 23 anos.
Com a dedicação do templo em Quito, o Equador se torna o sexto país da América do Sul a ter pelo menos dois templos dedicados. Argentina, Chile e Colômbia têm dois cada um. O Brasil tem nove e o Peru tem três. Mais 21 templos para o continente foram anunciados ou já estão em construção.
“Ter um templo santificado do Senhor, o dedicado Templo de Quito Equador, é realmente uma bênção sublime”, disse Élder Cook.
Templo de Quito Equador
Endereço: Calle Alfonso Lamiña e Avenida Ruta Viva Esquina
Auqui Chico
170904 Cumbayá, Quito
Anunciado: 3 de abril de 2016, por Presidente Thomas S. Monson
Abertura de terra: 11 de maio de 2019, presidida por Élder Enrique R. Falabella, Setenta Autoridade Geral
Casa aberta: 14 a 29 de outubro de 2022, com a presença de mais de 50.000 visitantes
Dedicação: 20 de novembro de 2022, por Élder Quentin L. Cook, do Quórum dos Doze Apóstolos
Digno de nota: é o 175º templo dedicado de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. O 174º foi dedicado em Belém, Brasil, no mesmo dia.
Local: 1,6 hectare, com alojamento também no local
Área total: 3.416 m2
Salas de ordenanças: duas salas de instrução, duas salas de selamento, um batistério
Características arquitetônicas: Padrões de flores equatorianas são vistos dentro e fora do templo, em pedra esculpida do lado de fora do templo, nas janelas do templo, nos tapetes e em outros lugares.