PROVO, Utah — O propósito central de um missionário é ajudar as pessoas a viverem a doutrina de Cristo, disse o Bispo L. Todd Budge aos missionários em treinamento em 21 de outubro.
“Quando vocês convidam as pessoas a fazerem qualquer coisa que as ajude a se voltarem para Jesus Cristo, ou a darem um passo em direção a Ele, vocês lhes dão a oportunidade de exercerem fé para o arrependimento”, disse ele.
Em um devocional realizado no Centro de Treinamento Missionário de Provo, Bispo Budge, segundo conselheiro no Bispado Presidente, incentivou os missionários a estenderem convites com amor. Ele foi acompanhado por sua esposa, a irmã Lori Budge, que falou sobre como e por que os missionários servem.
O amor do Pai e o sacrifício do Salvador
Por que Deus quer que Seus filhos aprendam e vivam a doutrina de Cristo? “Porque Ele nos ama, Ele quer que experimentemos a alegria que só pode vir ao vivermos o evangelho de Jesus Cristo”, disse o Bispo Budge.
Este amor é tão grande, acrescentou ele, que o Pai Celestial estava disposto a sacrificar Seu Filho Unigênito, e o Salvador estava disposto a sacrificar Sua vida.
Doutrina e Convênios 18:12 explica que Jesus Cristo “ressuscitou dentre os mortos, para trazer a si todos os homens, sob condição de arrependimento.”
Bispo Budge destacou que, embora a imortalidade seja um presente para todos, “a vida eterna está condicionada ao arrependimento.”
4 passos convidar a assumir compromissos
O capítulo 11 de “Pregar Meu Evangelho”, intitulado “Ajudar as pessoas a assumir e a cumprir compromissos”, explica que “quando você convida as pessoas a assumir compromissos como parte de seu ensino, você as está convidando ao arrependimento.”
Em seguida, ele apresentou um processo de quatro etapas que os missionários podem usar para ajudarem outras pessoas a viverem a doutrina de Jesus Cristo: fazer convites, prometer bênçãos, prestar testemunho e ajudar as pessoas a cumprirem seus compromissos.
Bispo Budge seguiu esse padrão como Setenta de Área, quando convidou um membro menos ativo da Igreja a retornar ao templo.
Quando a mulher disse que não tinha certeza se deveria se casar com o namorado, o então Élder Budge primeiro a convidou para orar na sala celestial depois de ter recebido uma recomendação para o templo; segundo, prometeu que ela receberia respostas; terceiro, expressou sua própria experiência no templo; e quarto, escreveu uma carta de incentivo semanas depois.
Esse convite, por fim, levou a mulher a recuperar o desejo de viver a doutrina de Jesus Cristo, disse o Bispo Budge. “Vocês veem como é normal e natural simplesmente convidarmos as pessoas a fazerem coisas que as ajudarão a virem a Cristo e a vivenciarem a doutrina de Cristo por si mesmas?”
Um convite para a igreja
Convidar pessoas para a igreja é uma maneira fundamental pela qual os missionários podem ajudar as pessoas a se achegarem a Cristo, disse o Bispo Budge, levando até mesmo ao cumprimento dos convênios após o batismo. “Ninguém entra pelas portas do templo sem antes passar pelas portas da capela.”
Amigos que frequentam a Igreja, na primeira semana em que estão sendo ensinados, têm 10 vezes mais chances de serem batizados do que aqueles que não frequentam, acrescentou ele.
“Quando as pessoas vão à Igreja, elas sentem o Espírito profundamente em seu coração”, disse o Bispo Budge, “e veem por si mesmas os frutos do evangelho na vida dos membros.”
Após o devocional, a síster Chloe Christophersen, uma missionária de North Ogden, Utah, designada para a Missão Japão Tóquio Sul, disse que reconheceu um significado maior no simples convite para ir à Igreja.
“Se conseguirmos levá-los à Igreja e ajudá-los a conhecerem os membros e sentirem o Espírito quando forem à Igreja, será mais provável que permaneçam”, disse ela.
‘Consegui sentir o amor de Deus’
Quando o Bispo e a irmã Budge presidiram a Missão Japão Tóquio, há uma década, eles conheceram um missionário que tinha dificuldades com o idioma japonês, mas tinha um companheiro fluente.
Apesar da barreira linguística, “ele aprendeu que seu talento era amar as pessoas”, contou Bispo Budge. “Um dos pesquisadores lhe disse: ‘Seu companheiro me ensinou o evangelho intelectualmente, mas, por meio de seu amor, pude sentir o amor de Deus e me converter às palavras do seu companheiro.’”
Este exemplo de amor ao próximo ao convidar as pessoas a Cristo, repercutiu na síster Regan Haynie, de Saint David, Arizona. Designada para a Missão Japão Sendai e estando apenas há três semanas no CTM, ela encontrou esperança nas palavras de Bispo Budge.
“Hoje foi um dia muito difícil”, disse ela após o devocional. “O japonês é difícil, mas eu consigo amar as pessoas, e é isso que o Senhor quer que eu faça.”
O porquê e como do serviço
A irmã Budge citou o convite das escrituras para servirmos a Deus, “de todo o teu coração, poder, mente e força” (Doutrina e Convênios 4:2).
“Acho significativo que as primeiras palavras que descrevem como servimos sejam ‘de todo o coração’”, disse ela. “Podemos servir com toda a nossa força, mente e poder sem servir com todo o nosso coração?”
Pedindo aos missionários que considerassem o “porquê” de seu serviço, a irmã Budge disse: “Confio que estamos aqui porque amamos o Senhor, porque queremos servi-Lo e porque queremos ajudar outros a virem a Ele.”
Ela acrescentou que os missionários podem reconhecer o “como” do seu serviço ao servirem com o Salvador. Quando a irmã Budge foi levada além da sua zona de conforto como líder de missão, “a mudança de foco da minha deficiência para a Sua força fez toda a diferença.”
A irmã Budge concluiu com uma promessa: “Ao servirmos ao Senhor de todo o coração e ao servirmos aos outros com Ele, encontraremos verdadeiramente alegria e sucesso em nossos esforços, e seremos capazes de levar outros ao Salvador de maneira genuína, eficaz e sincera.”
