Chamado por alguns de “um coro missionário como nenhum outro”, o conjunto de 364 vozes cantando na sessão da tarde de sábado da conferência geral de outubro de 2022 contou com a presença de missionários de proselitismo, serviço e seniores de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Eles tinham idades entre 18 anos e 80 anos. Os 140 missionários de proselitismo estão atualmente no Centro de Treinamento Missionário de Provo e se preparando para designações em todo o mundo. Os demais missionários de serviço e seniores estão servindo designações ao longo da Wasatch Front de Utah, do Condado de Weber ao Condado de Utah.
Élder Marcus B. Nash, Setenta Autoridade Geral e diretor executivo do Departamento Missionário, disse que a combinação de vozes e aparência visual dos missionários foi proposital e significativa.
“Os membros deste coro, missionários de proselitismo, de serviço e seniores, se juntaram para cantar de uma maneira que elevou e inspirou de todos”, disse ele ao Church News. “Falando metaforicamente, cada missionário é uma voz vital no ‘coro’ do serviço missionário, cada um emprestando espírito e força ao se unirem para cantar a canção do amor redentor, a um mundo que precisa desesperadamente do poder redentor de Cristo.”

‘Um’ coro missionário
Quando se faz menção a missionários de tempo integral, os pensamentos geralmente vão primeiro àqueles que servem em designações de proselitismo ou ensino em todo o mundo.
Rapazes dignos de 18 a 25 anos e moças de 19 a 25 anos podem servir missão de serviço por seis a 18 meses, o mais próximo de um serviço de tempo integral que sua capacidade e circunstâncias permitam. Os missionários de serviço moram em casa e servem localmente, e cada rapaz ou moça recebe uma experiência missionária personalizada, de acordo com seus talentos, habilidades e dons.
Em 30 de agosto, 2.238 jovens missionários de serviço estavam em 234 áreas em todo o mundo.
O canto do coro na sessão da tarde de sábado refletiu como alguns missionários servem, apesar de uma variedade de circunstâncias físicas, mentais ou emocionais: com deficiência visão, com síndrome de Down, com autismo ou em cadeiras de rodas.
“Fiquei muito animado com este coro, porque é a primeira vez que mostramos que, independentemente das circunstâncias, você tem algo para dar e pode ser um missionário”, disse Katie Bastian, gerente de música do Departamento do Sacerdócio e da Família.
Muitos indivíduos, por razões diversas, sentem que não foram feitos para uma missão de proselitismo, acrescentou ela. “Mas todos estes missionários de serviço e missionários seniores estão doando da maneira que podem, com as habilidades que possuem. E, em muitos casos, eles estão fazendo conexões que moldarão seu futuro.
“Então, esta é uma oportunidade de mostrar a todos que este é ‘um’ coro missionário: não é separado e é emocionante.”

Conexões familiares
Não apenas os missionários de proselitismo, de serviço e seniores estavam lado a lado no coro: havia vários membros da mesma família cantando juntos, incluindo uma avó e seu neto, e duas duplas de irmãos colocados um ao lado do outro durante a apresentação da sessão.
Élder Brayden Rawlings, 18 anos, de Spanish Fork, Utah, está em treinamento e aprendendo alemão no CTM de Provo para sua designação à Missão Alemanha Berlim em breve. Seu irmão, élder Hunter Rawlings, 20 anos, está cumprindo uma série de designações de sua missão de serviço em sua cidade natal e arredores, inclusive no armazém do bispo, no centro de história da família e no Templo de Payson Utah.
Os dois ficaram sabendo sobre o coro — e da possibilidade de cantarem juntos — quando o élder Hunter Rawlings recebeu um formulário para participar do coro missionário especial para a conferência. Missionários de serviço e missionários seniores foram contatados bem antes do grupo do CTM.
“Achei legal e me perguntei se poderia me inscrever também”, disse o élder Brayden Rawlings. “Então, nós dois nos candidatamos ao mesmo tempo. Mesmo antes de vir para o CTM, eu cantava com os missionários de serviço. Tive uma pequena vantagem.”
Ele disse que estava animado para cantar com seu irmão mais velho. “Foi incrível, porque ele é um grande cantor”, disse o élder Rawlings mais jovem. “Durante o ensino médio, nunca cantamos juntos porque não tínhamos as mesmas aulas de coro. Então, é muito legal poder cantar com ele e compartilhar nosso testemunho juntos.”
E compartilhar mais do que apenas uma experiência em um coro especial. “Estamos entusiasmados por estarmos servindo missão ao mesmo tempo.”

Hinos, ensaios e memorização
Para a sessão da tarde de sábado, o coro memorizou quatro hinos: “Chamados a Servir” (Hinos, 166 ), “Fé em Cada Passo”,“Aonde Mandares Irei” (Hinos, 167) e “Juventude da Promessa” (Hinos, 182). Ryan Eggett, que dirige o coro do CTM de Provo, regeu o coro combinado, com Joseph Peeples e Andrew Unsworth como organistas.
Coros do CTM de Provo cantaram anteriormente para conferências gerais, várias vezes sob a direção de Eggett e outras vezes sob a direção de Douglas Brenchley, antigo diretor do coro.
“Este pode ser o coro mais singular que uma conferência geral já teve”, disse Eggett.
Os missionários do CTM que participaram do coro especial realizaram apenas cinco ensaios nos dias que antecederam o fim de semana da conferência, para praticar e memorizar suas partes e letras.
“Nós dissémos a eles no início: ‘Em cinco ensaios, vocês terão cinco músicas memorizadas que vocês nunca cantaram antes’”, disse Eggett.
Sim, cinco hinos. Além dos quatro números selecionados, o coro também decorou o hino da congregação, “A Deus, Senhor e Rei” (Hinos, 35), “porque eles são filmados com frequência durante esse número também”, acrescentou. “Há câmeras apontadas para o coro.”
Os missionários de serviço e seniores tiveram cerca de um mês de vantagem para aprenderem e praticarem os números em Salt Lake City, um tempo de antecedência não concedido aos seus companheiros do CTM, porque estes estão em treinamento lá por apenas algumas semanas.

‘Uma comunicação sagrada’
Élder Nash reiterou a ênfase de Presidente Russell M. Nelson de que a decisão de servir em uma missão, seja de proselitismo ou de serviço, abençoará o missionário em si, e muitos outros. O presidente da Igreja também reconheceu o serviço insubstituível dos missionários seniores.
“Acredito sinceramente que, como ensina Presidente Nelson, a coligação de Israel é a maior obra e a maior causa da Terra hoje”, disse Élder Nash. “Esta geração foi reservada para vir à Terra neste momento para ajudar a ‘inverter a maré’, trazendo a luz, bondade, verdade e poder de Cristo para um mundo que precisa desesperadamente de Sua luz, bondade, verdade e poder.”
Élder Nash disse que se sente inspirado e encorajado quando ouve os missionários cantarem em qualquer ambiente: da conferência geral às conferências missionárias e dos devocionais do CTM às reuniões de zona ou distrito.
“Eles são servos consagrados de Deus. Ele os ama. Ele trabalha ao seu lado”, disse.
“O Senhor diz que o cântico dos justos é uma oração a Ele. Quando Seus servos cantam, se torna uma comunicação sagrada, uma oração, um hino ao nosso Deus. E fazer parte dessa comunicação sagrada os ouvindo cantar me edifica e me encoraja.”




