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O que a Igreja está fazendo para ajudar membros com deficiência

A apresentação da Semana da Educação da BYU destaca recursos para membros com deficiência e a importância da inclusão

PROVO, Utah — Depois de assistir ao vídeo da Igreja “O Menino Jesus: A História da Natividade” com a descrição em audio, um santo dos últimos dias cego escreveu: “Desde que me lembro, sei que Jesus me ama e me valoriza. Mas hoje senti que a Igreja e seus líderes também me valorizam.”

Como “O Menino Jesus” foi gravado em aramaico, era difícil para os espectadores cegos entenderem o que estava acontecendo. Alguns relataram se sentirem “deixados de fora”, “sem importância” e “invisíveis” enquanto ouviam. Com a audiodescrição adicionada, eles agora podem ouvir uma representação verbal de elementos visuais na tela e se sentir incluídos.

Adicionar uma descrição em audio aos vídeos é uma das muitas coisas que a Igreja está fazendo para ajudar os membros com deficiências, disse Katie Steed, gerente especialista em deficiências do Departamento de Sacerdócio e Família da Igreja.

“É o que acontece quando fazemos isto na sede da Igreja”, disse ela sobre a resposta positiva. “E é o que acontece quando você reserva um tempo para fazer isto em suas próprias alas e estacas, para estender a mão, observar e perguntar: ‘O que pode ser feito para tornar isto mais acessível para você?’”

Steed falou na Semana da Educação da BYU em 15 de agosto, em uma apresentação intitulada “Apoiar e Ensinar Membros com Deficiências: O que a Igreja está fazendo para ajudar.” Ela destacou os recursos disponíveis em Serviços para Pessoas com Necessidades Especiais: Indivíduos.

Uma professora ajuda uma aluna com necessidades especiais. | A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

Embora muitas melhorias tenham sido feitas nos últimos anos para ajudar os membros com deficiência a acessarem os recursos do evangelho, Steed reconheceu que ainda há muito trabalho a ser feito. Ela citou uma frase de Isaías 54:13: “E todos os teus filhos serão ensinados do Senhor”, enfatizando a palavra “todos.”

Ouvindo o público 

De acordo com Organização Mundial da Saúde [em inglês], cerca de 15% da população mundial possui alguma deficiência, incluindo deficiência visual, auditiva e intelectual, e limitações físicas. Nos Estados Unidos, de acordo com dados do censo, 19,6%, ou seja, uma em cada cinco pessoas, tem alguma deficiência, disse Steed.

Como mãe de um filho com autismo, Steed sabe a importância de ouvir o público, buscando e implementando feedback sobre os recursos da Igreja para membros com deficiência.

Por exemplo, ao se reunir com membros surdos ou com deficiência auditiva, sua equipe descobriu que o termo “surdo-mudo” é ofensivo para muitos naquela comunidade. A Igreja atualizou seu Manual Geral para usar “deficiente auditivo” no lugar de “surdo-mudo.”

Durante um evento Cara a Cara para jovens em março, um jovem ofereceu a oração de encerramento em ASL [Língua de Sinais Americana]. “Ele foi a primeira pessoa em uma transmissão da Igreja a fazer uma oração em ASL”, disse Steed. Uma jovem santo dos últimos dias surda participou de um vídeo #OuvirOSenhor publicado pela Igreja em julho de 2021. Tais esforços estão ajudando a aumentar a conscientização e a compreensão dos membros com deficiência.

Mais acessibilidade

As escrituras e outros materiais da Igreja estão disponíveis em vários formatos acessíveis:

A Igreja recentemente iniciou um curso on-line do Seminário de Língua de Sinais Americana e está conduzindo uma conferência Para o Vigor da Juventude para jovens surdos, disse Steed.

Ela apontou que o aplicativo Biblioteca do Evangelho tem configurações para ajudar na legibilidade, incluindo alterar o tamanho do texto e a cor de fundo para ajudar pessoas com dislexia e outras necessidades visuais.

Para ajudar as pessoas com alergias alimentares, a Igreja trabalhou com a Utah Food Allergy Network [Rede de Alergia Alimentar de Utah - em inglês] para criar um cartaz com orientações sobre como evitar a contaminação através do sacramento [em inglês], que deve ser pendurado em todas as salas de preparação do sacramento.

As mães de crianças não-verbais expressaram a necessidade de símbolos e ícones da linguagem do evangelho. “Estamos fazendo um dicionário de ícones não-verbais especificamente para o vocabulário dos santos dos últimos dias”, disse Steed. As imagens estão sendo testadas e em breve estarão disponíveis para download no site da Igreja.

Para encerrar, Steed enfatizou a importância da inclusão.

“Nosso Salvador, o mestre perfeito de todos, deu um grande exemplo disso. Ele deixou as noventa e nove ovelhas para buscar uma”, disse ela, referindo-se a Mateus 18:12. Às vezes, a “única ovelha” pode ser alguém que não consegue acessar as coisas da mesma forma que os outros. “Como isso pode parecer dentro da esfera de influência e gestão que temos?”, perguntou ela.

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