Quando a síster Habiba Yakouba Outtarra entrou no Centro de Treinamento Missionário de Gana em Acra, Gana, em 6 de junho, ela fez história como a primeira missionária do Mali de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
No final de junho, ela começou a servir na Missão República Democrática do Congo Kinshasa Oeste, onde fala francês, sua língua nativa.
A síster Outtarra é apenas a segunda missionária chamada para fora do Mali, na África Ocidental. Em uma população de quase 22 milhões, 90% do Mali é muçulmano e apenas 5% é cristão, informou a Sala de Imprensa da Igreja na África [em inglês].
Depois que Élder David A. Bednar, do Quórum dos Doze Apóstolos, visitou o país em maio de 2017, o Ramo Bamako foi formado em julho daquele ano. A Igreja foi oficialmente reconhecida no Mali em janeiro de 2019 e agora há 132 membros da Igreja no país.
Do CTM de Gana, a síster Ouattara falou à Sala de Imprensa da África sobre a dificuldade de frequentar a Igreja com tão poucos membros e uma capela tão distante.
“Às vezes os membros precisam de três ou quatro viagens de táxi e muitas horas para chegarem ao edifício da Igreja”, disse ela, mas acrescentou que “muitas pessoas ainda são fiéis em frequentá-la.”
Batismo no Mali
A história da síster Outtara, desde seu batismo até a condição de missionária de tempo integral, começa com sua mãe. No início de 2017, sua mãe, que havia sido criada como católica, mas não frequentava as reuniões, decidiu que precisava levar os filhos à igreja e fornecer à família ensino religioso e moral.
“As coisas eram muito difíceis para nós, não tínhamos dinheiro, nem comida, e minha mãe esperava que, se fôssemos à igreja, as coisas melhorariam”, disse a síster Ouattara.
Um conhecido apresentou a família aos missionários de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Síster Outtara e sua mãe e irmã mais nova foram batizadas, viajando mais de 1.500 km de Bamako a Acra para isso, uma viagem de ônibus de 40 horas em cada sentido.
Elas foram a primeira família batizada do país.
Mas frequentar a Igreja regularmente era uma luta.
“Estávamos muito longe da Igreja e não tínhamos dinheiro para os táxis”, disse a síster Ouattara à Sala de Imprensa da África. “Também tínhamos que trabalhar em nossa loja todos os dias para termos dinheiro suficiente para comprarmos comida.”
A família orava frequentemente sobre sua situação. Então, elas puderam abrir uma loja e se aproximar da capela da Igreja em Bamako.
“Foi uma grande bênção para nós e me permitiu ir à Igreja todos os domingos”, disse a síster Outtara.
Pronta para servir uma missão na República Democrática do Congo
Síster Ouattara disse que sempre quis servir uma missão. Sua mãe e outros membros do ramo a apoiaram financeiramente, assim como seus amigos.
“Apertei a mão de um dos meus amigos que não era membro e encontrei uma quantia significativa de dinheiro na minha mão”, disse ela à Sala de Imprensa da África.
Enquanto estava no CTM de Gana, a síster Outtara conheceu Élder Gerrit W. Gong, do Quórum dos Doze Apóstolos, e sua esposa, a irmã Susan Gong, durante seu ministério na África em junho [em inglês].
Ela se sentiu grata por sua experiência no Centro De Treinamento Missionário, onde disse ter professores prestativos, uma companheira maravilhosa e um distrito excelente. E ela estava ansiosa para sair para o campo missionário.
“Ensinar o evangelho em meu próprio idioma é uma verdadeira bênção, espero fazer uma grande diferença na República Democrática do Congo”, disse ela.