BOGOTÁ, Colômbia — Na capital da Colômbia, que possui 7,1 milhões de pessoas, a relação entre o número de membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e a população em geral é de 67 habitantes para cada membro.
Isso poderia dificultar o crescimento da juventude nesta nação sul-americana, da qual a movimentada Bogotá é o centro e definida por sua população densa e também por sua arquitetura, cultura e história espanholas.
Antes de discursar à congregação reunida na Arena Movistar, no domingo, 25 de agosto, o presidente Russell M. Nelson cumprimentou um pequeno grupo de adolescentes da Colômbia. “Tudo que vale a pena é difícil”, ele disse ao referir-se à assombrosa estatística. “Mas vocês conseguem fazer coisas difíceis ao criarem um elo com o Senhor.”
Menos de 10 minutos antes, enquanto esperavam a chegada do presidente Nelson, os jovens ajoelharam-se e oraram juntos espontaneamente, agradecendo pela oportunidade de cumprimentar um profeta vivo.
“Este momento permanecerá para sempre no meu coração”, disse Laura Gusman, 17 anos. “Não consigo descrever em palavras como é maravilhoso saber que Deus me ama.”
Responsabilidades
Bogotá, localizada no coração da Colômbia e a 2.640 metros acima do mar, é a segunda parada da ministração na América Latina realizada pelo presidente Nelson e que passará por cinco países em nove dias.
Esta é a quinta visita do presidente Nelson à Colômbia. Ele esteve no país pela primeira vez como apóstolo em 1986.
Viajando com sua esposa, a irmã Wendy W. Nelson, o élder Quentin L. Cook, do Quórum dos Doze Apóstolos, e sua esposa, a irmã Mary Cook, o presidente Nelson pediu que os 10.400 santos dos últimos dias “se prepararem para as bênçãos de salvação e exaltação.”
“A salvação é um assunto individual. A exaltação é um assunto de família”, disse o presidente Nelson ao compartilhar o seu discurso em espanhol com a alegre congregação.
“Prezados irmãos e irmãs, aqui na Colômbia vocês têm todos os preparativos necessários para alcançar as bênçãos da salvação e exaltação. Vocês são a juventude da promessa, a esperança de Sião.
“Por favor: Estudem as escrituras em família. Orem juntos. Renovem os convênios batismais ao partilhar frequentemente do sacramento. Paguem os seus dízimos com um coração grato. Frequentem o templo tanto quanto as circunstâncias permitam.
‘À maneira do Senhor’
A irmã Nelson pediu à congregação para “fazer as coisas à maneira do Senhor”. Ela compartilhou três exemplos de homens que o fizeram: Néfi, Joseph Smith e o presidente Nelson.
Como cirurgião, presidente Nelson “seguiu as leis eternas e não edificou a sua vida ou carreira “segundo a maneira dos homens”, disse ela.
Élder Cook concentrou as suas palavras no conselho de Alma a seus três filhos — Helamã, Siblon e Coriânton — e enfatizou a necessidade de um testemunho pessoal. Ele também pediu que os membros dominem as suas paixões e se arrependam de seus pecados.
“O conselho final de Alma a seus filhos é uma das doutrinas mais importantes contidas em todas as escrituras. Está relacionada à Expiação. Ninguém pode voltar à presença de Deus sozinho por suas próprias boas obras sem beneficiar-se do sacrifício do Salvador.”
A irmã Cook disse que encontra grande consolo em saber que “o Senhor tem grande apreço por Seu povo, não importam as circunstâncias em que se encontrem. Confiamos no Senhor para obter Sua ajuda e somos ministrados pelo Espírito Santo.
Além do casal Nelson e do casal Cook, o élder Enrique R. Falabella, setenta autoridade geral, e sua esposa, irmã Ruth Falabella, falaram à congregação.
Liberdade religiosa
Durante uma recepção VIP antes do devocional, o presidente Nelson cumprimentou alguns líderes governamentais e religiosos.
Lorena Rios, diretora do Escritório de Assuntos Religiosos, chamava a si mesma de uma amiga da Igreja.
“Para mim, é uma honra receber o presidente Nelson no meu país”, disse ela.
A Igreja e o governo colombiano têm trabalhado juntos em iniciativas humanitárias e na defesa da liberdade religiosa, ela explicou. “Estamos fazendo coisas importantes juntos”.
A Colômbia é a única nação na América Latina a adotar normas governamentais para a proteção da liberdade religiosa. Como parte dessa norma, o Senado Colombiano criou uma comissão para preservar a liberdade religiosa na nação.
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e o governo “são parceiros estratégicos”, disse Rios. “Estamos promovendo a cooperação entre as religiões e o governo.”
Além disso, a Igreja de Jesus Cristo possui “princípios morais e éticos” e um sistema de apoio social que pode ser compartilhado com outras igrejas na medida em que incentivem as iniciativas inter-religiosas que ensinem e instilem valores no país, ela disse.
O monsenhor Francisco Duque, bispo da Diocese da Colômbia, que possui aproximadamente 2.000 membros, agradeceu à Igreja por essas iniciativas.
“Somos gratos por A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias participar ativamente em nosso conselho inter-religioso e por seu árduo apoio à liberdade religiosa na Colômbia.
‘Nos sentimos felizes’
Em 11 de maio de 1966, o presidente Spencer W. Kimball proferiu uma oração pela Colômbia. A primeira estaca na nação somente foi criada mais de uma década depois em 23 de janeiro de 1977. Em março do mesmo ano, o presidente Kimball falou a 4.600 santos dos últimos dias em uma conferência de área.
Irmã Pineros, que é membro da Igreja há 39 anos, esteve naquela reunião em 1977. Mais tarde, ela participaria de uma reunião semelhante com o presidente Gordon B. Hinckley.
Depois de ouvir as palavras do presidente Nelson no domingo, ela cumprimentou e abraçou as amigas, comemorando a visita de mais um profeta à sua terra natal.
Mercedes Alcedo viajou da Venezuela com a sua família para participar do devocional na Colômbia. Quando ouviu o discurso do presidente Nelson, ela foi tomada por um sentimento de que ele é um profeta de Deus.
“Sentimos algo muito belo”, ela disse. “Nos sentimos felizes.”