Em uma carta para sua família, um missionário da Missão Oklahoma Oklahoma City detalhou sua oportunidade de assistir à transmissão de um devocional no domingo, para os santos dos últimos dias nos estados de Kansas e Oklahoma com Presidente Russell M. Nelson e sua esposa, a irmã Wendy W. Nelson.
A reunião do dia 17 de outubro foi transmitida do Centro de Conferências em Salt Lake City, e incluiu mensagens de Élder Dieter F. Uchtdorf, do Quórum dos Doze Apóstolos, e de sua esposa, a irmã Harriet R. Uchtdorf.
O devocional foi realizado após uma doação de US$ 2 milhões, feita no mesmo dia, para a construção de um centro de História da Família no Museu dos Primeiros Americanos em Oklahoma City.
O missionário reconheceu a importância deste momento para a Igreja e para os nativo-americanos, que poderão pesquisar suas raízes familiares no novo centro.
Ele também escreveu a respeito de convidar amigos da Igreja para ouvirem o Profeta falar, e sobre a alegria que sentiu quando um rapaz andou por vários quilômetros para participar da reunião com os missionários.
No entanto, o que mais me impressionou foi uma outra observação feita pelo missionário. Ele notou e escreveu para sua família sobre ter sido tocado quando ouviu Presidente Nelson sussurrar “bom trabalho” para a irmã Nelson depois que ela discursou.
A breve e terna interação — ao passarem entre seus assentos e o púlpito — foi um doce reconhecimento do empenho de sua esposa e de sua gratidão por ela. Por um segundo — o segundo antes de falar — ele desviou a atenção de si mesmo para ela.
Para o missionário, o momento foi um sermão entre os sermões.
Todos queremos ser reconhecidos.
Assim como o missionário, eu também fiquei impressionada ao ver a maneira como o casal Nelson e o casal Uchtdorf interagiram durante a transmissão. Eles não apenas encorajaram uns aos outros, mas também as pessoas que controlavam o equipamento e coordenavam o devocional.
Suas interações foram pequenos gestos que pareciam grandes no momento.
Talvez seja porque me lembro de um dia em 2019, quando Presidente Nelson reconheceu alguns de nós, membros da mídia, que viajamos para a Austrália para cobrir seu ministério global. Estávamos retirando o equipamento das malas, e nos preparando para documentar sua mensagem em um devocional para santos dos últimos dias em Sydney [em inglês], quando ele entrou na sala. Ele nos chamou pelo nome (até aquele momento, nem fazíamos ideia de que ele sabia nossos nomes). Em seguida, ele disse que havia orado por cada um de nós naquela manhã, pelo nome.
É difícil descrever o que aquilo significou. Foi o “bom trabalho” mais doce que qualquer um de nós poderia ter imaginado.
Para nós, foi o sermão entre os sermões.
Na verdade, o reconhecimento é a principal característica do ministério de Presidente Nelson.
Nos anos em que escrevi sobre Presidente Nelson e seu chamado apostólico, nunca o ouvi falar — nenhuma vez que possa me lembrar — sem reconhecer Jesus Cristo e as verdades de Sua Igreja.
O ministério profético de Presidente Nelson sempre inclui direcionar seus seguidores para Ele — Aquele a quem todos seguimos.
A interação que tocou um missionário foi apenas um dos muitos reconhecimentos do domingo. Presidente Nelson encerrou sua mensagem no devocional para os estados de Kansas e Oklahoma com mais dois.
Primeiro ele reconheceu seu público. Da mesma forma que falou com a equipe de mídia na Austrália, ele dirigiu uma mensagem pessoal a eles e a sua localização geográfica.
“Meus queridos irmãos e irmãs que vivem no centro deste grande país, as verdades contidas no Livro de Mórmon centralizarão suas vidas em Jesus Cristo e em Seu evangelho”, disse ele. “O aprofundamento do estudo diário do Livro de Mórmon os ajudará a permanecerem no centro do caminho do convênio. A verdadeira alegria será sua agora e para sempre. Esta é minha promessa a vocês.”
Ele então testificou sobre a divindade, e reconheceu quem cada um de nós é, e a Quem pertencemos.
“Queridos irmãos e irmãs, sei que Deus vive. Jesus é o Cristo. Sua Igreja foi restaurada. Nós somos Seu povo.”
Foi o melhor sermão, o próprio motivo de todos os seus sermões.
