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A sociedade se tornou ‘surda à música da fé’, diz Élder Cook durante Cúpula de Liberdade Religiosa — eis a solução

Élder Quentin L. Cook, membro do Quórum dos Doze Apóstolos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e sua esposa, a irmã Mary G. Cook, riem com o Rev. Eugene Rivers, à esquerda, e o Cardeal Timothy Dolan, arcebispo de Nova York, durante a Crédito: Jeffrey D. Allred, Deseret News
Élder Quentin L. Cook, do Quórum dos Doze Apóstolos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e o cardeal Timothy Dolan, arcebispo de Nova York, riem durante a Cúpula de Liberdade Religiosa de Notre Dame na Universidade de Notre Dame, em Notr Crédito: Jeffrey D. Allred, Deseret News
Élder Quentin L. Cook, do Quórum dos Doze Apóstolos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e sua esposa, a irmã Mary G. Cook, caminham perto da Cúpula Dourada de Notre Dame durante a Cúpula de Liberdade Religiosa de Notre Dame na Univers Jeffrey D. Allred, Deseret News
A Basílica do Sagrado Coração e a Cúpula Dourada de Notre Dame na Universidade de Notre Dame em Notre Dame, Indiana, na segunda-feira, dia 28 de junho de 2021. Crédito: Jeffrey D. Allred, Deseret News
Élder Quentin L. Cook, do Quórum dos Doze Apóstolos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e sua esposa, a irmã Mary G. Cook, caminham perto da Basílica do Sagrado Coração durante a Cúpula de Liberdade Religiosa de Notre Dame na Universi Crédito: Jeffrey D. Allred, Deseret News
O mural A Palavra da Vida na Biblioteca Theodore M. Hesburgh na Universidade de Notre Dame em Notre Dame, na segunda-feira, dia 28 de junho de 2021. Crédito: Jeffrey D. Allred, Deseret News

Ao lado de líderes religiosos proeminentes na Cúpula de Liberdade Religiosa de Notre Dame [em inglês], Élder Quentin L. Cook disse que a sociedade se tornou “surda à música da fé”.

“Meu apelo hoje é que todas as religiões trabalhem juntas para defenderem a fé e a liberdade religiosa, de maneira que protejam pessoas de diversas religiões, assim como indivíduos que não pertencem a nenhuma delas”, disse Élder Cook do Quórum dos Doze Apóstolos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

“Católicos, evangélicos, judeus, muçulmanos, santos dos últimos dias e outras religiões devem fazer parte de uma coligação de religiões que ajudam, atuam como santuário e promovem a liberdade religiosa em todo o mundo. Devemos não somente proteger nossa capacidade de professar nossa própria religião, mas também o direito de cada religião de administrar suas próprias doutrinas e leis.”

Élder Quentin L. Cook, do Quórum dos Doze Apóstolos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e sua esposa, a irmã Mary G. Cook, caminham perto da Cúpula Dourada de Notre Dame durante a Cúpula de Liberdade Religiosa de Notre Dame na Universidade de Notre Dame, em Notre Dame, Indiana, na segunda-feira, dia 28 de junho de 2021. A reunião anual envolve formadores de opinião sobre a liberdade religiosa.
Élder Quentin L. Cook, do Quórum dos Doze Apóstolos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e sua esposa, a irmã Mary G. Cook, caminham perto da Cúpula Dourada de Notre Dame durante a Cúpula de Liberdade Religiosa de Notre Dame na Universidade de Notre Dame, em Notre Dame, Indiana, na segunda-feira, dia 28 de junho de 2021. A reunião anual envolve formadores de opinião sobre a liberdade religiosa. | Jeffrey D. Allred, Deseret News

Élder Cook discursou como parte do Painel de Diálogo Inter-religioso na cúpula, realizado entre os dias 28 e 29 de junho no campus da Universidade de Notre Dame, em Notre Dame, Indiana. As próximas cúpulas serão realizadas em Roma em 2022 e em Jerusalém em 2023.

Os comentários de Élder Cook seguiram um discurso principal feito pelo Cardeal Timothy Dolan, arcebispo de Nova York. A Dra. Jacqueline Rivers, do The Seymour Institute for Black Church and Policy Studies [Instituto Seymour para a Igreja Negra e Estudos Políticos], e o Rabino Meir Soloveichik, da Congregação Shearith Israel, participaram com o Cardeal Dolan e Élder Cook no painel.

Durante seu discurso, intitulado “Surdos à Música da Fé”, Élder Cook disse que está preocupado com o fato de que as bênçãos decorrentes da “motivação religiosa são frequentemente vistas como antitéticas ao que é mais valorizado em nossa sociedade.” Ele destacou duas bênçãos que “se perdem quando nos tornamos surdos à música da fé”.

  • A primeira é a forma como a responsabilidade religiosa beneficia a sociedade secular.
  • A segunda é a multidão de boas obras que a religião inspira as pessoas de fé a realizarem em benefício do próximo.

Élder Cook observou que Alexis de Tocqueville estabeleceu o papel da religião em abençoar uma sociedade secular, em seu clássico de 1840 “Democracia na América.”

Élder Quentin L. Cook, do Quórum dos Doze Apóstolos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e sua esposa, a irmã Mary G. Cook, caminham perto da Basílica do Sagrado Coração durante a Cúpula de Liberdade Religiosa de Notre Dame na Universidade de Notre Dame, em Notre Dame, Indiana, na segunda-feira, dia 28 de junho de 2021. A reunião anual envolve formadores de opinião sobre a liberdade religiosa.
Élder Quentin L. Cook, do Quórum dos Doze Apóstolos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e sua esposa, a irmã Mary G. Cook, caminham perto da Basílica do Sagrado Coração durante a Cúpula de Liberdade Religiosa de Notre Dame na Universidade de Notre Dame, em Notre Dame, Indiana, na segunda-feira, dia 28 de junho de 2021. A reunião anual envolve formadores de opinião sobre a liberdade religiosa. | Crédito: Jeffrey D. Allred, Deseret News

“O maior benefício da religião é inspirar … princípios. Não há religião que não coloque o objeto de desejo do homem acima e além do tesouro da terra, e que naturalmente não eleve sua alma a regiões muito acima das dos sentidos”, escreveu Tocqueville. “Também não há nenhuma que não imponha ao homem algum tipo de dever para com sua espécie e, portanto, o retire às vezes da contemplação de si mesmo.”

A responsabilidade para com Deus “em nossos relacionamentos uns com os outros é uma força poderosa para o bem e apoia fortemente a democracia”, disse Élder Cook. “Ser responsável sustenta e abençoa os valores que são mais importantes para a união da sociedade.”

Élder Cook também falou sobre a grande quantidade de boas obras que as pessoas de fé são inspiradas a realizar em benefício do próximo. Observando que as contribuições dos grupos religiosos à sociedade são tantas que não seria possível abordar todas elas, ele destacou os esforços humanitários conjuntos realizados por católicos e santos dos últimos dias.  

Élder Cook disse que as religiões desempenham o papel essencial de ajudar a abençoar pessoas de todas as raças, motivando alguns dos poderosos líderes dos movimentos de abolição e direitos civis. Élder Cook destacou o trabalho de William Wilberforce — o principal impulso para a abolição da escravatura na Grã-Bretanha. “Depois de quase 50 anos promovendo medidas que um dia levariam à emancipação dos escravos, o objetivo foi alcançado na Grã-Bretanha na semana anterior à sua morte, dia 29 de julho de 1833”, disse Élder Cook.

Da mesma forma, muitos grupos religiosos apoiaram o abolicionismo ou condenaram o comércio de escravos nas primeiras colônias norte-americanas, disse ele.

Élder Cook — era aluno de Direito na Universidade de Stanford quando a Lei de Direitos Civis de 1964 foi aprovada — disse que o Rev. Martin Luther King Jr. foi um herói para ele. “Seu compromisso com a fé era inconfundível. Grande parte do poder de sua mensagem se deve à ‘música justa da fé’ que foi ouvida.

Alguns argumentam “que defender princípios constitucionais como a liberdade religiosa é desfavorável à proteção dos direitos de grupos minoritários na sociedade”, disse Élder Cook. “Isso é uma falsa dicotomia. A doutrina de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias afirma que princípios divinamente inspirados estão contidos na Constituição dos Estados Unidos e em documentos associados.”   

Apoiar a Constituição dos Estados Unidos e defender sólidos esforços pacíficos para superar a injustiça racial e social não são ações contrárias, disse Élder Cook. “A eliminação do racismo em todos os níveis precisa ser concretizada. E, historicamente, a convicção religiosa tem sido uma das grandes forças para alcançar este objetivo.”

Em conclusão, Élder Cook disse que sua própria fé e apoio inequívoco à liberdade religiosa “se baseiam nos princípios claros estabelecidos na doutrina de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.”

“A Igreja apoia a liberdade religiosa de todas as religiões, assim como a de indivíduos que não pertencem a nenhuma delas”, disse ele.

O mural A Palavra da Vida na Biblioteca Theodore M. Hesburgh na Universidade de Notre Dame em Notre Dame, na segunda-feira, dia 28 de junho de 2021.
O mural A Palavra da Vida na Biblioteca Theodore M. Hesburgh na Universidade de Notre Dame em Notre Dame, na segunda-feira, dia 28 de junho de 2021. | Crédito: Jeffrey D. Allred, Deseret News

“Muitos nesta sala têm sido corajosos em proteger a conduta religiosamente inspirada de pessoas que se sentem responsáveis perante Deus. Vocês estiveram envolvidos nos combates, nas trincheiras que estão ocorrendo nos Estados Unidos há algum tempo. Vocês tentaram derrotar a doença social causada pela surdez à música da fé.”

Élder Cook desafiou as pessoas que ouviam suas observações “a enfrentarem os ventos predominantes da descrença e da divisão.”

“Vocês saberão como realizar isso da melhor forma e serão como um farol de crença e união em um mundo que frequentemente desvaloriza ambos.

“É minha oração pessoal que possamos elevar coletivamente o apreço pela fé e responsabilidade para com Deus. É minha esperança que possamos ajudar a restabelecer a profunda importância da música da fé pelo que ensinamos e pelo nosso exemplo.”

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