Nota do editor: Este artigo foi originalmente publicado em inglês, em 3 de janeiro de 2018.
Cada vez que Presidente Thomas S. Monson assistia ao noticiário, ou pegava um jornal, e ficava sabendo do terrível sofrimento causado por tornados, inundações, incêndios, secas, furacões, terremotos ou conflitos de guerra, ele fazia uma pergunta comovente: temos a responsabilidade de fazer algo sobre esse sofrimento?”
A resposta, ele disse durante uma entrevista ao Church News em 2010, é sempre a mesma: “Sim! Nós somos o guardador de nosso irmão.”
Para Presidente Monson, o desejo de ajudar os menos afortunados começou em seu lar na infância, com uma mãe corajosa e uma cerca que ela não permitia que ele a retocasse.
“Morávamos a um quarteirão dos trilhos da ferrovia”, lembrou ele durante a entrevista ao Church News. “Quando os trens passavam, os quadros na parede se moviam.”
Durante a década de 1930, no auge da Grande Depressão, os mendigos andavam nos trilhos e procuravam comida em um bairro a oeste de Salt Lake City, perto da casa dos Monsons.
“Muitas vezes me perguntei por que mamãe me falava para não pintar uma das madeiras da cerca. Soube mais tarde que era de conhecimento geral: ‘Você vai conseguir alimentos na casa que tem uma madeira marcada na cerca.’”
A mãe de Presidente Monson convidava cada um daqueles homens em dificuldade para sua casa, fazia com que se lavassem, os alimentava e os mandava embora com mais comida para mais tarde. Antes de partirem, no entanto, eles tinham que ouvir seu sermão.
“Ela descobria de onde eles eram. ‘Você já escreveu para sua mãe?’ ela perguntava. ‘Ela sabe onde você está? Ela provavelmente está muito preocupada. Por que você não escreve uma carta para ela?’”
Presidente Monson via os homens se lavarem e se enxugarem com as mesmas toalhas que a família usava. Comiam a mesma comida, na mesma mesa, nos mesmos pratos que o resto da família.
“Isso causou um impacto sobre mim”, disse ele.
Presidente Monson disse que, o problema de fornecer ajuda humanitária em todo o mundo, pode ser resumido em uma simples citação de Anne Morrow Lindbergh, em seu livro “Presente do Mar”: “Minha vida não pode pôr em ação as demandas de todas as pessoas a quem meu coração responde.”
Quando era um jovem bispo, Presidente Monson visitou cada uma das viúvas de sua ala e levou para cada uma delas um frango assado, alguns que ele mesmo havia criado. Como bispo, ele criou um projeto de bem-estar para a ala, reformando um galinheiro e comprando 30 galinhas poedeiras.
Ele se tornou conhecido por seu coração, que tantas vezes estendeu a mão para o próximo. “Sempre me considerei um bispo que errou pela generosidade; e se tivesse que fazer de novo, seria ainda mais generoso” (Heidi S. Swinton, To The Rescue, p. 150).
Mais tarde, Presidente Monson serviu como o primeiro vice-presidente do Comitê Executivo de Bem-Estar da Igreja, formado em 1973 (To the Rescue, p. 406). Em 1981, o presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, nomeou o então Élder Monson para sua força-tarefa de Iniciativas do Setor Privado; por mais de um ano ele viajou para Washington D.C., para abordar a questão de “vizinho ajudando vizinho” (To the Rescue, p. 408).
Presidente Monson disse que, uma vez que você começa a ajudar aqueles que estão sofrendo, não há como parar. “Você descobre que a necessidade do mundo é muito maior do que você jamais imaginou. Um desastre ocorre e quase antes que você possa concluir esse trabalho, outro desastre ocorre.”
A chave, disse ele durante a entrevista do Church News de 2010, é nunca se afastar do sofrimento.
“Fome é fome. Seres humanos morrendo são seres humanos morrendo. (…) Já vi o suficiente para me convencer que onde há carência e onde há sofrimento, gostaria de estar lá para ajudar.”
A seguir, a ajuda da Igreja prestada durante o serviço de Presidente Thomas S. Monson como líder da Igreja (de 1985 a 2018):
Os Serviços de Caridade dos Santos dos Últimos Dias forneceram US$ 1,89 bilhão em ajuda humanitária em 189 países (1985-2018).
Os Serviços de Caridade dos Santos dos Últimos Dias forneceram resposta a emergências em 173 países (1985-2018).
A Benson Food Initiative atendeu 30 países (2006-2018).
Os Serviços de Caridade dos Santos dos Últimos Dias forneceram cuidados oftalmológicos em 72 países (2003-2018).
Cuidados maternos e neonatais foram prestados em 88 países (2003-2018).
Os Serviços de Caridade dos Santos dos Últimos Dias forneceram água potável e saneamento em 75 países (2002-2018).
Os Serviços de Caridade dos Santos dos Últimos Dias trabalharam para fornecer imunizações em 52 países (2003-2018).
Os Serviços de Caridade dos Santos dos Últimos Dias trabalharam em 133 países, distribuindo cadeiras de rodas (2001-2018).
Auxílio aos refugiados foi fornecido em 107 países (1985-2018).
Os Serviços de Caridade dos Santos dos Últimos Dias trabalharam em 147 países em 2.630 projetos com mais de 1.500 parceiros para atender milhões de pessoas somente em 2016.
(Fonte: Relatório anual dos Serviços de Caridade dos Santos dos Últimos Dias, 2016)