Nota do Editor: Este artigo foi originalmente publicado em 2 de setembro de 2019, tendo sido revisado e atualizado para esta publicação.
SÃO PAULO — Momentos depois de concluir sua Turnê de Ministração na América Latina e uma despedida emocionante de 37.000 membros brasileiros acenando com lenços brancos, Presidente Russell M. Nelson, de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, disse que ainda há muito trabalho a ser feito.
“Quero que nossos membros saibam que a restauração é um processo contínuo”, disse ele no domingo, 1º de setembro de 2019.
“E temos muito a fazer antes que o Senhor volte.”
Presidente Nelson, que completará 95 anos de idade no dia 9 de setembro [de 2019], viajou mais de 23.000 km e reuniu-se com 344.452 pessoas no total, na Guatemala, Colômbia, Equador, Argentina e Brasil, durante a turnê de nove dias por cinco países, que começara no dia 24 de agosto do mesmo ano.
Acompanhado por sua esposa, a irmã Wendy Nelson, e por Élder Quentin L. Cook, do Quórum dos Doze Apóstolos, e sua esposa, a irmã Mary Cook, Presidente Nelson já viajou um total de 157.769 km passando por seis continentes, 28 países e 43 cidades desde janeiro de 2018 [até setembro de 2019].
‘Jamais será esquecida’
Dezenas de milhares de santos dos últimos dias lotaram o Centro de Convenções do Anhembi em São Paulo — e capelas em todo o Brasil que receberam a transmissão do encontro de domingo — para o último devocional da Turnê de Ministração na América Latina.
Ao se despedirem de Presidente Nelson, os membros acenaram formando “um mar de lenços brancos, até onde a vista alcançava, quase em todas as direções”, disse Élder Cook. Como símbolo “da enorme fé que os santos aqui no Brasil têm”, os membros da Igreja começaram a preencher os assentos no local, cinco horas antes do início da reunião.
Presidente Nelson, que compartilhou uma mensagem diferente em cada país da turnê, falou no Brasil sem utilizar anotações. “Achei incrível Presidente Nelson ir ao púlpito sem anotações, sem as escrituras, voltado para 37.000 pessoas, e compartilhar uma mensagem muito sagrada e profunda, que foi completamente coerente e atendeu por completo às necessidades das pessoas que estavam lá”, disse Élder Cook. “Esta foi uma experiência que jamais será esquecida por nós que estivemos aqui.”
O profeta pediu às crianças da congregação que ficassem de pé e pediu aos pais que os ensinassem sobre oração, templos, dízimo, como cuidar do corpo e sobre a Expiação e a vida eterna. “Creio que algumas de suas crianças estão entre as mais brilhantes que o Senhor já permitiu que viessem à Terra”, disse ele.
Falando sobre discórdia e compartilhando uma campanha para motoristas realizada em Utah, cujo slogan é “zero fatalidades” nas estradas, a irmã Nelson falou sobre levar uma vida “zero discórdia”.
“A doutrina do Salvador é viver ‘zero discórdia’, zero”, disse ela.
Élder Cook pediu aos membros da Igreja no Brasil que se tornem um, por meio da história da Igreja que compartilham, e que tornem seu lar um santuário de fé e inclusão. “Estamos unidos pelo nosso amor e pela nossa fé em Jesus Cristo, e como irmãos e irmãs de um Pai Celestial amoroso.”
A irmã Cook incentivou os membros a frequentarem o templo. “Toda vez que vamos ao templo e realizamos ordenanças lá, estamos pisando em solo sagrado”, disse ela.
História rica
A Igreja tem uma rica história no Brasil, onde os missionários chegaram pela primeira vez em 1928. Os primeiros exemplares do Livro de Mórmon foram impressos em 1940. Antônio Carlos de Camargo, na época com 18 anos de idade, entrou para a Igreja em 1947.
Em 1954, ele participou de uma reunião com Presidente David O. McKay — o primeiro profeta santo dos últimos dias a visitar o país. O devocional daquele ano foi realizado em um pequeno edifício alugado, e contou com a participação de cerca de 250 pessoas.
“Dá para ver a diferença — de 250 para 37.000”, disse ele após a reunião. “A Igreja fez um progresso impressionante aqui no Brasil. (...) Fico imaginando como será daqui a 20 ou 30 anos. Este crescimento será exponencial.”
O pai de Glaucia Caverni Barreto, Orlando A. Caverni, cantou no coro quando Presidente McKay visitou o Brasil em 1954, e ensinou seus filhos a tocarem piano para que pudessem ajudar na Igreja.
No domingo, Glaucia Caverni Barreto regeu o coro durante a visita de Presidente Nelson e Élder Cook. “Tenho certeza de que (meu pai) estava aqui conosco”, disse ela.