O guia “Vem, e Segue-Me” desta semana abrange 2 Coríntios 1-7, que inclui os ensinamentos do Apóstolo Paulo sobre conversão pessoal e “tristeza segundo Deus”.
O Church News recentemente pesquisou os arquivos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, para saber o que líderes e estudiosos disseram sobre estes capítulos.
2 Coríntios 1
“Quando chegar o momento da oração pessoal, lembre-se de que você vai se dirigir ao ser mais inteligente e poderoso do universo, ‘o Pai das misericórdias, e o Deus de toda a consolação’ (2 Coríntios 1:3). Diante de tal ser, não posso ser displicente. Sinto-me compelido a me ajoelhar.”
— Élder Juan A. Uceda no artigo da revista Liahona de fevereiro de 2019, “Um relacionamento pessoal com o Pai Celestial por meio da oração”
2 Coríntios 3
“A doutrina de Cristo, escrita ‘com o Espírito do Deus vivo … nas tábuas de carne do [nosso] coração’ (2 Coríntios 3:3), amplia nossa capacidade de não dar atenção aos diversos insultos e distrações, com os quais nos deparamos em nosso mundo decaído. Por exemplo, uma fé centralizada no Senhor Jesus Cristo nos revigora com força espiritual. A fé no Redentor é um princípio de ação e de poder. À medida que agimos de acordo com as verdades de Seu evangelho, somos abençoados com a capacidade espiritual de seguir em frente em meio aos desafios da mortalidade, ao mesmo tempo que voltamos nossa atenção à alegria que o Salvador nos oferece.”
— Élder David A. Bednar, conferência geral de abril de 2022, “‘Nós, porém, não lhes demos atenção’”
“Obedeceremos à letra da lei ou ao espírito da lei? (Veja 2 Coríntios 3:6)
“Guardar os mandamentos no espírito da lei, mesmo quando não entendemos completamente todos os aspectos do mandamento, nos ajudará a vivenciar a vida com mais abundância. Muito dependerá do entusiasmo e da diligência com que seguimos o Salvador.”
— Élder William K. Jackson no artigo da revista Liahona de agosto de 2021, “A Lei da Saúde do Senhor”
“Lembre-se, Satanás quer que você acredite que encontrará liberdade cedendo à tentação e transgredindo as leis de Deus. Ele quer que você acredite que é impotente contra a tentação, que os desejos carnais são fortes demais e não adianta nem tentar resistir. Não caia nessa.
“Na realidade, a verdadeira liberdade é encontrada em seguir os mandamentos do Pai Celestial. ‘Onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade’ (2 Coríntios 3:17). O Pai Celestial nos dá mandamentos para nos guiar a essa verdadeira liberdade e a seguir rumo à verdadeira felicidade.”
— Charlotte Larcabal no artigo da revista New Era de 2017, “Sim, você consegue: O verdadeiro poder da pureza sexual” [em inglês]
“Se vocês não são missionários de tempo integral com um crachá missionário preso ao paletó, está na hora de pintar uma plaqueta em seu coração — pintada, como Paulo disse, ‘não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo’ (2 Coríntios 3:3). E os missionários [retornados], que encontrem sua antiga plaqueta de missionário. Não a usem, mas coloquem-na onde possam vê-la. O Senhor precisa de vocês, agora mais do que nunca, para que sejam instrumentos em Suas mãos. Todos nós temos uma contribuição a fazer para esse milagre.”
— Élder Neil L. Andersen, conferência geral de maio de 2013, “É um Milagre”
2 Coríntios 4
“‘Tende bom ânimo’ também foi uma afirmação necessária no mundo para o qual o Cristo ressurreto enviou Seus apóstolos. ‘Em tudo somos atribulados’, disse o Apóstolo Paulo posteriormente aos coríntios, ‘porém não angustiados; perplexos, porém não desesperados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não perdidos’ (2 Coríntios 4:8–9).
“Dois mil anos depois, também ‘somos atribulados’ em tudo e também precisamos dessa mesma mensagem para que não nos desesperemos e para que tenhamos bom ânimo. O Senhor tem um amor e uma preocupação especiais por Suas preciosas filhas. Ele conhece seus anseios, suas necessidades e seus medos. O Senhor é todo-poderoso. Confiem Nele.”
— Presidente Dallin H. Oaks, conferência geral de outubro de 2020, “Tende Bom Ânimo”
“Algumas coisas deste mundo não podem ser vistas, conforme indicado pelo Apóstolo Paulo: ‘Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que não se veem; porque as que se veem são temporais, e as que não se veem são eternas’ (2 Coríntios 4:18).
“Ao pensarmos sobre isso, faz todo o sentido um plano de salvação que [seja] completamente justo e imparcial. Todos vocês já frequentaram aulas no ensino médio, ou na faculdade, com pessoas de maior ou menor intelecto que vocês. Boa parte da nossa inteligência se deve à genética. Quão justo seria se Deus favorecesse as pessoas de maior intelecto em detrimento daquelas com menor capacidade, tornando a aceitação das verdades do evangelho uma função do nosso intelecto? Por que Ele daria a alguns uma vantagem baseada no intelecto herdado?
“Ele não faria isso, e Ele não faz! Em vez disso, aprendemos verdades espirituais em função da nossa receptividade espiritual. Este é um dom espiritual, nutrido pela fé individual, pela oração, pela humildade e pela bondade, bem como pelo desejo de responder e de agir.”
— Élder Terence M. Vinson no artigo da revista Ensign de agosto de 2019, “O papel essencial da revelação” [em inglês]
“É interessante ressaltar que o Apóstolo Paulo também utilizou a analogia da luz ,para explicar como ele podia testificar que ‘em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos’ (2 Coríntios 4:8–9).
“Ele explica da seguinte forma como escapou das trevas: ‘Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo’ (2 Coríntios 4:6).
“A maioria de nós, em algum momento da vida, sente o vento frio da adversidade. As tempestades se levantam, os ventos sopram, caem chuvas e enchentes se abatem sobre nós. Pode parecer que não há esperança à vista, que simplesmente enfrentamos um futuro de incertezas e dúvidas, provações e tribulações. …
“Felizmente, a verdade que traz esperança e segurança é a de que podemos encontrar forças e incentivo, sejam quais forem as circunstâncias. Nossos fardos podem ficar mais leves, mesmo que não cessem de uma hora para outra. Podemos nos erguer do mais escuro abismo, mais fortes e mais determinados, como homens e mulheres melhores.
“Por termos sido provados na fornalha da aflição, teremos cultivado um caráter capaz de enfrentar os futuros choques da vida e resistir a eles. Consequentemente, podemos usar nossas experiências pessoais para erguermos os outros e sentirmos empatia por eles. Nosso próprio exemplo de perseverança pessoal pode dar esperança às pessoas e inspirar nossa família. Preparamo-nos melhor para o futuro.”
— Élder David S. Baxter no artigo da revista A Liahona de dezembro de 2012, “Deixar as adversidades para trás”
2 Coríntios 5
Nosso Pai Celestial é um Deus de novos inícios. Todo dia, toda hora, pode ser um novo começo — uma oportunidade para nos renovarmos no Espírito Santo e nos tornarmos melhores como verdadeiros e fiéis discípulos do Salvador. Seu evangelho é a boa notícia de que podemos começar de novo — podemos nos tornar novas criaturas em Cristo (ver 2 Coríntios 5:17).
— Élder Dieter F. Uchtdorf no artigo da revista Liahona de janeiro de 2023, “Cinco mensagens que todos precisamos ouvir”
“Como nada impuro pode habitar na presença de Deus (ver Moisés 6:57), trabalhamos diariamente para que haja uma genuína transformação espiritual — em nossos pensamentos, nossos desejos e nossa conduta. Nas palavras do Apóstolo Paulo, procuramos nos tornar uma nova criatura em Cristo, substituindo gradualmente nosso velho ‘eu’ por um novo (ver 2 Coríntios 5:17). Essa mudança advém linha sobre linha ao nos esforçarmos para sermos um pouco melhores a cada dia.
“O processo de seguir o Salvador, procurando nos tornar semelhantes a Ele, envolve abnegação, que Ele definiu como o ato de tomar nossa cruz (ver Mateus 16:24–26). Tomamos sobre nós nossa cruz quando:
- Controlamos nossos desejos, nossos apetites e nossas paixões.
- Pacientemente nos ‘[submetemos] a tudo quanto o Senhor achar que [nos] deva infligir’ (Mosias 3:19).
- Negamo-nos a toda iniquidade (ver Morôni 10:32).
- Submetemos nossa vontade à do Pai, como fez o Salvador.
“E o que fazemos quando tropeçamos? Voltamo-nos a nosso Pai e pedimos que Ele ‘[aplique] o sangue expiatório de Cristo, para que recebamos o perdão de nossos pecados’ (Mosias 4:2). Novamente nos esforçamos para vencer a fraqueza e abandonar o pecado. Oramos pela graça, o ‘poder capacitador e a cura espiritual’ de Jesus Cristo. Tomamos nossa cruz e retomamos nossa jornada, por mais longa e árdua que seja, até a terra prometida da presença Deles.”
— Élder Ulisses Soares no artigo da Liahona de julho de 2021, “O Pai Celestial quer que retornemos a Ele”
2 Coríntios 6
“Poucos terão provações tão intensas quanto as de Paulo, mas todos as teremos. Ninguém está imune. E, muitas vezes, as provações vêm quando menos esperamos. Como Paulo suportou as ‘aflições’, as ‘angústias’, os ‘tumultos’ e os ‘trabalhos’ pelos quais passou? (2 Coríntios 6:4-5) Paulo conseguiu sentir-se ‘contristado, mas sempre alegre’, ‘nada tendo, e possuindo tudo’ (ver 2 Coríntios 6:10) porque escolheu ter fé em Jesus Cristo.
“Não é tão difícil escolher ter fé em Jesus Cristo quando nos sentimos espiritualmente energizados, mas também precisamos escolher ter fé quando a vida se torna difícil. Vamos descobrir que o Salvador não fica simplesmente parado no final da jornada, esperando que nos acheguemos a Ele. Em vez disso, Ele fica ao nosso lado e nos mostra o caminho. De fato, Ele é o caminho (ver João 14:6).
— Élder Neil L. Andersen no artigo da revista Liahona de agosto de 2023, “‘Vinde a Mim’: A busca espiritual de uma vida inteira”
2 Coríntios 7
“O Apóstolo Paulo ensinou que, ‘a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, … mas a tristeza do mundo opera a morte’ (2 Coríntios 7:10). A tristeza segundo Deus inspira mudança e esperança por meio da Expiação de Jesus Cristo. A tristeza do mundo nos abate, extingue a esperança e nos persuade a ceder a mais tentações.
“A tristeza segundo Deus leva à conversão e à mudança de coração. Faz com que odiemos o pecado e amemos a virtude. Incentiva-nos a levantar e a andar na luz do amor de Cristo. O verdadeiro arrependimento tem a ver com transformação, não com tortura ou tormento. Sim, o remorso sincero e o remorso verdadeiro pela desobediência são passos muitas vezes dolorosos, mas muito importantes no sagrado processo do arrependimento. Mas, quando a culpa nos leva ao autodesprezo ou nos impede de nos levantar novamente, ela é mais um obstáculo do que um incentivo ao nosso arrependimento.”
— O então Presidente Dieter F. Uchtdorf , conferência geral de outubro de 2013, “Você pode fazer isso agora!”
“Quando pecamos e desejamos o perdão, um coração quebrantado e um espírito contrito significam sentir a ‘tristeza segundo Deus” que “opera [o] arrependimento’ (2 Coríntios 7:10). Isto acontece quando nosso desejo de sermos purificados do pecado é tão ardente, que nosso coração dói de tristeza, e ansiamos sentir-nos em paz com nosso Pai Celestial. Aqueles que têm o coração quebrantado e o espírito contrito estão dispostos a cumprir toda e qualquer coisa que Deus lhes pedir, sem resistência ou ressentimento. Paramos de fazer as coisas à nossa maneira e aprendemos a fazê-las à maneira de Deus. Neste estado de submissão, a Expiação pode tornar-se eficaz e o verdadeiro arrependimento pode ocorrer. O penitente sentirá, então, o poder santificador do Espírito Santo, que o encherá pela paz de consciência e de alegria pela reconciliação com Deus. Em uma maravilhosa união de atributos divinos, o mesmo Deus que nos ensina a viver com um coração quebrantado, convida-nos a regozijar-nos e a ter bom ânimo.”
— Élder Bruce D. Porter, conferência geral de outubro de 2007, “Um coração quebrantado e um espírito contrito”
“A tristeza sempre acompanha o reconhecimento do pecado. A forma destrutiva desta tristeza, que muitas vezes se manifesta como autocondenação, está relacionada com o que o Apóstolo Paulo chamou de ‘tristeza do mundo’, que ‘opera a morte’. Em contraste, ele descreveu uma forma positiva de tristeza, a ‘tristeza segundo Deus’, que ‘opera arrependimento para a salvação’ (2 Coríntios 7:10). A principal diferença entre essas duas formas de tristeza é a sua origem. A tristeza do mundo é promovida por Satanás. É a tristeza de ser pego, de não poder continuar pecando ou de se voltar contra si mesmo com auto-aversão ou desdém.
“A tristeza segundo Deus, por outro lado, é a tristeza dada como um presente de Deus àqueles que estão dispostos a recebê-la. A tristeza segundo Deus nos leva a um pleno reconhecimento da magnitude dos nossos pecados, mas com o conhecimento de que podemos nos libertar deles. Leva-nos a reconhecermos plenamente os erros que cometemos, sem cedermos à tentação de nos vermos como inúteis ou além do amor de Deus.
“Não há espaço na tristeza segundo Deus para o autodesprezo. Aqueles que se recusam a perdoar a si mesmos carregam assim, um duplo fardo de pecado, pois não apenas carregam o pecado em si, mas também acrescentam a ele o pecado da autocondenação e da recusa em perdoar. Na verdade, a recusa em perdoar é citada nas escrituras como ‘o pecado maior’ (Doutrina e Convênios 64:9).”
— Élder D. Chad Richardson no artigo da revista Ensign de março de 2007, “Perdoar a si mesmo” [em inglês]