LAIE, Havaí — O Centro Cultural Polinésio não só tem sido uma das atrações turísticas mais populares do Havaí, mas milhares de ex-funcionários e missionários sêniores também conhecem um segredo: é um lugar enriquecedor para trabalhar e servir, onde eles muitas vezes tiram melhor proveito da experiência do que os visitantes.
É por isso que milhares de ex-alunos retornam a cada década, mais recentemente, de 7 a 12 de outubro, para comemorar o 60º aniversário do centro.
Presidente Hugh B. Brown, então primeiro conselheiro na Primeira Presidência, dedicou o centro, construído principalmente por missionários de serviço, incluindo alguns do Pacífico Sul, em 12 de outubro de 1963. Ele cortou um lei tradicional, significando a abertura do centro. Te Aroha Nui o Te Iwi Maori, um grupo de quase 200 voluntários da Nova Zelândia, muitos deles também ex-missionários de serviço em suas ilhas, cantaram majestosamente durante o programa. Eles chegaram cedo para ajudarem a dar os retoques finais no centro, se apresentarem na nova Vila Maori e dobraram o número de participantes do elenco no primeiro show noturno do centro.
O devocional
Para o 60º aniversário, os atuais líderes do centro reuniram uma combinação de atividades espirituais, culturais e sociais, começando com um devocional no dia 8 de outubro no Centro de Atividades Cannon da BYU-Havaí. Três coros excepcionais forneceram música: o coro tonganês da Ala Kahuku 3, um coro de ex-alunos de Laie e um coro virtual de ex-alunos de todo o mundo.
O presidente e CEO do Centro Cultural Polinésio, P. Alfred Grace, agradeceu a todos por terem vindo e expressou gratidão pelos ex-alunos que fizeram parte da concretização da visão profética da BYU-Havaí. Em seguida, Fraser Bullock, presidente do Conselho de Administração do Centro, disse: “Ao olhar para vocês, tive a impressão espiritual de nosso Pai de que Ele e Seu Filho estão muito satisfeitos com o trabalho que vocês realizaram ao longo das décadas.”
O orador principal, Bispo L. Todd Budge, segundo conselheiro no Bispado Presidente, lembrou à audiência do devocional de que no 40º aniversário do centro em 2003, Presidente Gordon B. Hinckley disse sobre Laie: “Este lugar é único em todo o mundo”, como a “tríade” do Templo de Laie Havaí, BYU-Havaí e o Centro Cultural Polinésio.
Referindo-se a um orador que o antecedeu, Bispo Budge acrescentou que “as três entidades... são lugares onde se pode sentir e ver a luz de Jesus Cristo, e a paz e a alegria que emana delas.
“Vocês são únicos em aspectos que realmente importam.... O CCP e a BYU-Havaí certamente estão trabalhando juntos exatamente da maneira que o Senhor e Seus profetas planejaram.”
Capturando o cerne
Mas talvez uma palestra no final da manhã, no Hawaiian Journey Theatre [Teatro da Jornada Havaiana] do centro, tenha capturado o cerne da celebração. O ex-presidente da BYU-Havaí, Eric B. Shumway, que também serviu como missionário e presidente do templo em Tonga, e durante algum tempo como presidente interino do CCP, compartilhou momentos inspiradores da história do centro e exemplos de seus estreitos laços com a BYU-Havaí. Por exemplo, certa vez ele descreveu as duas instituições da Igreja como estando “unidas pelo coração”.
O presidente Shumway apontou que os três atuais presidentes da “tríade” são polinésios: Grace, uma maori, no centro; Keoni Kauwe III, um havaiano, na BYU-Havaí; e Finau Hafoka, um tonganês, no templo (assim como Eric Beaver, um samoano/havaiano, presidente e CEO da Hawaii Reserves Inc., que administra propriedades não eclesiásticas afiliadas à Igreja em Laie).
“Ao celebrarmos este importante 60º aniversário do CCP, seu passado, presente e futuro, há uma figura que se eleva poderosamente sobre cada decisão, cada evento, cada realização, tanto do campus [da BYU-Havaí] quanto do CCP. Essa pessoa é inegavelmente Presidente David O. McKay.” O Presidente Shumway falou sobre a “visão, autoridade profética, sua coragem e sua confiança absoluta, e do desejo do Pai Celestial” de que Presidente McKay levasse à frente a fundação da universidade e do centro.
De fato, o presidente Shumway comparou a dedicação de Presidente McKay à Faculdade da Igreja do Havaí em 1955, onde ele ficou “no meio de um canavial aberto, sem prédios, sem professores, sem alunos, e ainda assim declarou o que a instituição seria e faria é, na minha opinião, uma divisão moderna do Mar Vermelho.”
Ele continuou: Presidente McKay previu que Laie “se tornaria um elemento missionário influenciando... milhões de pessoas que conhecerão o que é esta cidade e seu significado.”
“Esta declaração profética transcendente e seu cumprimento subsequente e contínuo devem arder no coração de cada pessoa ligada à BYU-Havaí, ao CCP, ao templo e aos santos locais de Laie e arredores.”
O presidente Shumway também disse sobre o seu breve período como presidente interino do centro: “O trabalho de um estudante não é apenas uma forma de pagar por sua educação.... É um componente central de sua educação. Percebi que um supervisor do CCP é importante, assim como um membro do corpo docente da BYU-Havaí, no crescimento geral de seus alunos para se tornarem colaboradores competentes e de confiança no mundo do trabalho.”
Desde 1955, milhares de estudantes de mais de 70 países frequentaram a BYU-Havaí. Desde 1963, mais de 40 milhões de visitantes conheceram o Centro Cultural Polinésio, e muitos estudantes da FIH/BYU-Havaí trabalharam lá.
Show noturno dos ex-alunos
A maioria dos participantes do aniversário estava ansiosa para assistir, ou se apresentar, no show noturno dos ex-alunos. Centenas destes últimos se dedicaram e praticaram durante horas para retornarem ao palco do Pacific Theatre [Teatro do Pacífico], para cantar e dançar mais uma vez com amigos de longa data, em alguns casos namorados com quem acabaram se casando, e até mesmo com seus filhos e netos que compartilham o legado do CCP. Na verdade, algumas “famílias” centrais incluem agora quatro gerações.
Hā do Centro Cultural Polinésio
O show noturno “Breath of Life” [Sopro da Vida] normalmente dura cerca de 90 minutos, mas o público da apresentação dos ex-alunos não queria ir embora ao final das quatro horas do show.
Foi emocionante e comovente. Algumas partes tinham mais de 100 artistas no palco, incluindo os kūpuna, ou anciãos, que eram gentilmente acompanhados para se sentarem no palco para estarem com aqueles que ainda eram ágeis o suficiente para se apresentar. Alguns usaram bengalas, e uma senhora tonganesa substituiu as sementes do tamanho de bolas de tênis normalmente usadas em seu número de malabarismo ou “hiko”, por bolas de tênis.
O diretor de teatro, David Tiave, coreografou um final especial e uma surpresa, que incluiu fogos de artifício acima do cenário, semelhante a um vulcão de quatro camadas. Em suma, o show dos ex-alunos de 2023 foi inesquecível.
Uma ex-aluna havaiana de 1963 comentou que chorou quando ouviu a abertura de seu show original noturno começar a tocar. Um ex-aluno de Tonga que fez parte do centro cerca de uma década depois, disse que viu alguns kūpuna dançarem usando andadores. “Esse é o espírito do CCP”, disse ele depois. “O CCP me ajudou a ser o que eu queria ser.”
Outras atividades
Outras atividades do 60° aniversário do CCP incluíram dois pré-eventos: o banquete dos “tesouros vivos” e o Festival Moanikeala Hula na Vila Havaiana. A manhã de segunda-feira começou com palestras históricas e períodos nas vilas e departamentos. Os dias seguintes incluíram um evento social noturno nas vilas, um projeto de serviço “leve” e até mesmo um jogo de rugby.
Perto do fim, os ex-alunos da banda de metais da BYU-H/CCP superaram os “lábios doloridos” para fazerem um concerto, o restaurante Gateway organizou um banquete impressionante, e uma “caminhada do legado” ao redor do perímetro do centro contou com “estações” homenageando vários ex-alunos. Houve também muitas oportunidades para “contar histórias” com velhos amigos e uma sessão para compartilhar pensamentos e testemunhos ao microfone.
A celebração terminou com o atual elenco do show noturno homenageando todos os ex-alunos, após sua apresentação regular.
