O guia “Vem, e Segue-Me” desta semana se concentra na história do Natal, especialmente no significado do nascimento de Jesus Cristo.
O Church News pesquisou os arquivos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias para saber o que os líderes disseram sobre a época do Natal.
‘Nosso Salvador e Redentor’
“O profeta Éter testificou: “Portanto, todos os que creem em Deus podem, com segurança, esperar por um mundo melhor, sim, até mesmo um lugar à mão direita de Deus, esperança essa que vem pela fé e é uma âncora para a alma dos homens, tornando-os seguros e constantes, sempre abundantes em boas obras, sendo levados a glorificar a Deus” (Éter 12:4; grifo do autor).
“Nesta época especial em comemoração ao nascimento do bebê em Belém, que sempre nos lembremos de que Jesus Cristo veio ao mundo para ser nosso Salvador e Redentor. Ele oferece a nós os dons espirituais inestimáveis de vida, luz, renovação, amor, paz, perspectiva, alegria e esperança.“
Concentrando-se no Menino Jesus
“O nascimento prometido de Jesus Cristo trouxe ‘grande luz’ (Isaías 9:2) e ‘novas de grande alegria’ (Lucas 2:10) ao mundo. A época do Natal é a oportunidade perfeita de concentrar nosso coração e nossa mente no Menino Jesus nascido há tanto tempo, e na esperança, na paz e no amor que a mensagem de Seu evangelho traz a nosso coração, se O seguirmos de boa vontade. …
“A leitura dos relatos sagrados do nascimento do Salvador no Novo Testamento está no centro de muitas de nossas tradições favoritas de Natal, mas não nos esqueçamos de que não teríamos o Natal sem Sua Expiação e Ressurreição. O Livro de Mórmon testifica da realidade do Cristo ressurreto, bem como da riqueza e profundidade de Sua doutrina. Se você usar as verdades sobre Cristo encontradas em suas páginas durante a época do Natal e compartilhá-las com outras pessoas, você acrescentará mais significado às suas comemorações de Natal.
“Testifico que o amor e o papel central do Salvador no plano de salvação trazem paz (ver João 14:27) e ‘uma esperança mais excelente’ (Éter 12:32) — na época de Natal e sempre.”
— Élder Gary E. Stevenson, revista Força dos Jovens de dezembro de 2023, “Natal é esperança, paz e amor”
O verdadeiro Espírito do Natal
“A profecia de Miqueias no Velho Testamento prediz o nascimento do Salvador Jesus Cristo nestas palavras: ‘E tu, Belém Efrata, ainda que sejas pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que será governante em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade’ (Miqueias 5:2).
“Em hebraico, Belém significa ‘casa de pão’, e nesta casa de pão o Filho de Deus nasceu em um estábulo e foi colocado em uma manjedoura, vindo do céu para a Terra na mortalidade para estabelecer o verdadeiro reino de Deus.
“O verdadeiro espírito do Natal é a celebração do nascimento de Jesus Cristo, na casa de pão, e a alegria do espírito de doar, amar e cuidar uns dos outros. O verdadeiro espírito do Natal é dar de nós mesmos. Devemos procurar seguir o nosso líder perfeito, Jesus Cristo, que no final deu a Sua vida, nos capacitando para nos qualificarmos para o maior dom de Deus, que é a vida eterna.”
— Élder Pungwe S. Kongolo, revista Liahona de dezembro de 2020, “O verdadeiro Natal: Vejamos o espírito de simplicidade, paz, amor e generosidade” [em inglês]
‘Apenas pense naquele pequenino bebê’
“Quando nos referimos ao nascimento de Jesus Cristo, bem fazemos em refletir sobre o que virá a seguir. Seu nascimento foi infinitamente importante por causa das coisas que Ele vivenciaria e sofreria para que pudesse socorrer-nos melhor — tudo isso culminando em Sua Crucificação e Ressurreição (ver Alma 7:11–12). Mas Sua missão também incluía a beleza de Seu serviço, os milagres de Seu ministério, o alívio que Ele proporcionou aos que sofriam e a alegria que ofereceu — e ainda oferece — aos que choram. …
“Com tudo isso por vir, porém, acho adequado nesta época do ano simplesmente pensar naquele bebê na manjedoura. Não fique demasiadamente preocupado ou admirado com o que está por vir. Apenas pense naquele pequenino bebê. Reserve um momento sereno e tranquilo para ponderar sobre o início da vida Dele — o ponto culminante da profecia celeste, porém o início terreno para Ele.
“Reserve um tempo para relaxar, para estar em paz e visualizar na mente aquela criancinha. Não fique muito preocupado ou admirado com o que estaria por vir na vida Dele ou na sua. Em vez disso, reserve um momento tranquilo para refletir sobre o que deve ter sido a ocasião mais serena da história do mundo — quando todos os céus se regozijaram com a mensagem: “Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens” (Lucas 2:14).
— Élder D. Todd Christofferson, revista A Liahona de dezembro de 2015, “Estar em paz”
‘Eu para isso nasci’
“Não consigo pensar no nascimento do Salvador sem pensar em Suas palavras para Pilatos: ‘Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz’ (João 18:37).
“A vinda de Cristo foi predita há milênios. Cerca de 2.000 anos antes do nascimento de Jesus Cristo, Abraão ensinou sobre o papel Dele no plano da salvação. Cerca de 1.400 anos antes de Seu nascimento, Moisés ensinou as mesmas verdades maravilhosas. Cerca de 700 anos antes de Seu nascimento, Isaías revelou as circunstâncias de Seu nascimento, Sua vida e Sua morte…
“Aproveitemos este Natal para renovar nossos convênios de seguir o Salvador e de fazer Sua vontade, assim como Ele cumpriu a vontade de nosso Pai Celestial. Se assim o fizermos, as palavras do povo do rei Benjamim, registradas 125 anos antes do nascimento do Salvador, serão cumpridas para nós hoje: ‘Oh! Tende misericórdia e aplicai o sangue expiatório de Cristo, para que recebamos o perdão de nossos pecados e nosso coração seja purificado; porque cremos em Jesus Cristo, o Filho de Deus, que criou o céu e a Terra e todas as coisas; que descerá entre os filhos dos homens’ (Mosias 4:2).
— Élder Robert D. Hales, revista A Liahona de dezembro de 2013, “A promessa do Natal”
O Cordeiro de Deus
“Voltem comigo àquele primeiro Natal sagrado, em Belém, para contemplar o nascimento de nosso Senhor. Ele veio na calada da noite, no meridiano dos tempos, Ele que é Emanuel (ver Isaías 7:14), o Tronco de Jessé (ver Isaías 11:1), o Oriente (ver Lucas 1:78), o Senhor Todo-Poderoso (ver 2 Coríntios 6:18). Seu nascimento marcou a visita prometida do Criador à Terra, a condescendência de Deus para com o homem (ver 1 Néfi 11:16–27). Como Isaías escreveu sobre o acontecimento: ‘O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz’ (Isaías 9:2). …
“O menino que chegou naquele período de nascimentos é conhecido como ‘o Cordeiro de Deus’ (João 1:29; 1 Néfi 11:31; D&C 88:106). É um título de significado profundo, pois Ele chegou com os cordeiros e, um dia, ‘como um cordeiro [seria] levado ao matadouro’ (Isaías 53:7). No entanto, paradoxalmente, Ele também era o Bom Pastor (ver João 10:11), que Se preocupa com os cordeiros. Assim, esses dois símbolos de Sua vida representam tanto aqueles que servem quanto os que recebem o serviço. Nada mais adequado que Cristo desempenhasse ambos os papéis, pois em vida Ele ‘desceu abaixo de todas as coisas’ (D&C 88:6) e na eternidade ‘subiu ao alto’ e ‘todas as coisas estão ao seu redor’ (D&C 88:6, 41). Ele conhecia a vida de todos os lados e todos os ângulos, tanto acima como abaixo. Aquele que foi o maior Se fez o menor — o Pastor Celestial que Se tornou o Cordeiro.”
— Élder Bruce D. Porter, revista A Liahona de dezembro de 2013, “Ó vinde, adoremos”
Os pastores e os Anjos
“Nos célebres versículos de Lucas 2, aprendemos fatos significativos sobre as primeiras testemunhas do nascimento de Cristo: os pastores nos campos perto de Belém. Quando ‘o anjo do Senhor veio sobre eles, … tiveram grande temor’ (versículo 9). Mas eles ouviram ‘novas de grande alegria’: nascera o Salvador, o Messias, o Cristo tão profetizado (versículo 10). Eles ouviram com atenção para saberem qual era o sinal pelo qual reconheceriam o Salvador: Ele estaria ‘envolto em panos, e deitado numa manjedoura’ (versículo 12). Quando as hostes celestes concluíram sua jubilosa proclamação, os pastores responderam imediatamente, dizendo: ‘Vamos, pois, até Belém, e vejamos isso que aconteceu’ (versículo 15). Eles foram ‘apressadamente’ (versículo 16) e encontram o menino Jesus exatamente como o anjo descrevera e depois ‘voltaram …, glorificando e louvando a Deus’ (versículo 20). Ansiosos por partilharem as gloriosas notícias do nascimento do Salvador, ‘divulgaram a palavra’ (versículo 17).
“Assim como os pastores, devemos responder de imediato, apressadamente, sempre que o Espírito Se comunicar conosco. … Às vezes, depois de ouvirmos um sussurro, não conseguimos ver claramente por que fomos guiados pelo Espírito para agir de determinada maneira. Mas com frequência, assim como os pastores, vemos milagres acontecer, e nossa resposta fiel a um sussurro é confirmada. Em seguida podemos aproveitar as oportunidades de partilhar nossa alegria e nosso testemunho com os outros. Ao agirmos assim, podemos fortalecer a fé e a esperança dos outros, confirmando ainda mais nosso próprio testemunho e aproximando-nos mais do Salvador e de Seus caminhos.”
— Élder Patrick Kearon, revista A Liahona de dezembro de 2011, “Ó vinde, adoremos”
Refletindo sobre o nascimento do Salvador
“Ao ler o relato do nascimento de meu Salvador, anseio por ter a experiência que os reis magos tiveram: ser guiada por uma estrela; ou experimentar o que os pastores viveram: ser convidada a Belém, convidada por um coro de anjos. Quero me ajoelhar junto à manjedoura e sentir o cheiro da palha limpa e ver aquele bebezinho com Sua mãe terrena, testemunhar por mim mesma esse milagre. Acredito que em todo mortal existe um desejo instintivo de achegar-se a Cristo. Talvez tenhamos uma necessidade humana básica, porque cada um de nós é filho de Deus, de assumirmos esse compromisso com a parte espiritual do nosso ser. Cada um de nós tenta atender a esta necessidade de acordo com o que sabemos.
“Como membros de Sua verdadeira Igreja, talvez não precisemos que nos ensinem coisas novas, o tanto quanto precisamos ser lembrados do que já sabemos. Isto é o que ponderar sobre o nascimento de nosso Salvador faz por todos nós. Acredito que isso lembra à nossa mente mortal de coisas que nosso espírito já sabe.”
— Irmã Betty Jo N. Jepsen, na época primeira conselheira na presidência geral da Primária, conferência geral de outubro de 1992, “‘Por meio de convite’ (Alma 5:62)” [em inglês]
A santidade do nascimento
“Nunca andei pelas ruas silenciosas de Belém. Não vi as águas azuis do mar da Galileia, nem as estrelas sobre o campo dos pastores.
“No entanto, às vezes sinto que posso compreender os caminhos que Maria percorreu, pois também sou mãe. Conheci a imensa alegria de segurar uma criança nos braços e fiquei admirada ao olhar para meu filho recém-nascido. …
“Para a maioria das mulheres, existe uma reverência pela vida que cresce à medida que a criança cresce. Há uma entrega de nós mesmas à fé, conforme ocorre o processo de nascimento, e há uma mudança do corpo e do espírito. Mas para Maria, a experiência deve ter sido ainda mais reverente. Pois Maria sabia que estava vestindo com a mortalidade o espírito imortal do Filho de Deus, que se tornaria o Cristo, o Redentor da humanidade. …
“Para a maioria das pessoas em Belém, o filho nascido de Maria seria mais um israelita a ser adicionado às listas de impostos: nascido, um menino, de José e Maria de Nazaré, descendente de Davi, através da tribo de Judá. Mas Maria olhou para o bebezinho, tão pequeno e indefeso, e soube que Ele não era uma criança comum. Seu grande potencial e sua total vulnerabilidade devem ter sido difíceis. A maneira como ela o concebeu foi milagrosa, e ela deve ter estremecido ao perceber que a responsabilidade de nutrir esse filho divino era sua.
“O Natal nos abençoa com uma consciência de quão sagrado é o nascimento, uma compreensão do milagre da vida humana que se desenrola.”
— Irmã Barbara B. Smith, ex-presidente geral da Sociedade de Socorro, revista A Liahona de dezembro de 1989, “Não é uma criança comum” [em inglês]
‘O que você deu no Natal?’
“‘O que você ganhou de Natal?’ Esta é a pergunta universal das crianças nos dias que se seguem ao mais celebrado evento do ano. …
“Se mudarmos apenas uma palavra na nossa pergunta de Natal, o resultado é totalmente diferente. ‘O que você deu no Natal?’ estimula o pensamento, faz com que os sentimentos ternos cresçam e o fogo da memória brilhe cada vez mais forte. …
“Dar, e não receber, faz florescer o espírito natalino. Os inimigos são perdoados, os amigos lembrados e Deus obedecido. O espírito de Natal ilumina a janela adornada da alma, e olhamos para a vida atarefada do mundo e ficamos mais interessados nas pessoas do que nas coisas. Para captar o verdadeiro significado do espírito do Natal, precisamos apenas lembrar que esse deve ser o Espírito de Cristo.”
— Presidente Thomas S. Monson, revista New Era de dezembro de 1986, “Presentes de Natal, bênçãos de Natal” [em inglês]