Nota do editor: Este artigo foi atualizado.
Bispo W. Christopher Waddell compartilhou na sexta-feira, dia 17 de março, uma extensa visão sobre a conservação de água na Praça do Templo, assim como nos templos, capelas, fazendas e universidades da Igreja.
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias vem reduzindo o consumo de água em todo o estado de Utah, há mais de 20 anos. Bispo Waddell, primeiro conselheiro no Bispado Presidente, forneceu novas informações sobre os esforços atuais e futuros da Igreja, durante uma apresentação no 28º Simpósio Anual do Wallace Stegner Center [em inglês], na Universidade de Utah.
O simpósio deste ano se concentrou no futuro do Grande Lago Salgado [em inglês] que, no ano passado, caiu para o nível mais baixo registrado de sua história, após duas décadas de seca no oeste norte-americano.
Na semana passada, a Igreja doou 25 milhões de metros cúbicos de água de irrigação anual para o Grande Lago Salgado. Esta é, possivelmente, a maior doação permanente de água para beneficiar o Grande Lago Salgado já recebida pelo estado. “Estamos comprometidos em fazer parte da solução para ajudar o Grande Lago Salgado”, disse o Bispo Waddell.
A Igreja opera 2,4% das terras agrícolas irrigadas de Utah, e uma avaliação contínua pode levar a doações adicionais. Uma doação futura poderia ocorrer sob uma nova lei de Utah, que permite que os proprietários de cotas de água transfiram suas cotas, em vez de forçá-los a vender aquelas que não estão sendo usadas.
O primeiro conselheiro no Bispado Presidente também mencionou a pesquisa do corpo docente da BYU, que ajuda os líderes da Igreja e outras pessoas a aprenderem a melhor maneira de salvarem o Grande Lago Salgado.
“Estamos em dívida com os especialistas no assunto, que estudam as condições do Grande Lago Salgado e os impactos e riscos futuros de seus níveis de água em declínio”, disse o Bispo Waddell. “Incentivamos o engajamento e a capacidade de resposta às mudanças legislativas e outras recomendações de especialistas no assunto, reconhecendo a necessidade de agirmos com urgência e unidade, em relação ao futuro que esperamos: um futuro com um Grande Lago Salgado saudável.”
Bispo Waddell mencionou várias outras maneiras pelas quais a Igreja está usando a água com sabedoria. Por exemplo, em suas fazendas, sondas de umidade do solo são utilizadas para informarem as decisões de irrigação. Eles também estão desenvolvendo planos de gestão de água para todas as propriedades agrícolas da Igreja. E em suas capelas, templos e outros edifícios, a Igreja instalou controladores inteligentes, hidrômetros, sensores de chuva e sistemas de irrigação por gotejamento.
Conservação de água
O uso prudente da água em A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, remonta aos primeiros momentos após a chegada dos santos na árida Grande Bacia em 1847, continuando globalmente hoje, e alcançará o futuro.
Bispo Waddell mencionou a pesquisa do corpo docente da BYU, que tem ajudado os líderes da Igreja, assim como a outros, a saberem como podem melhorar para salvar o Grande Lago Salgado.
“Estamos em dívida com os especialistas no assunto, que estudam as condições do Grande Lago Salgado e os impactos e riscos futuros de seus níveis de água em declínio”, disse o Bispo Waddell. “Encorajamos o engajamento e a receptividade às mudanças legislativas e outras recomendações de especialistas no assunto, reconhecendo a necessidade de agirmos com urgência e unidade, em relação ao futuro que esperamos: um futuro com um saudável Grande Lago Salgado.”
Bispo Waddell mencionou várias outras maneiras pelas quais a Igreja está usando a água com sabedoria. Por exemplo, em suas fazendas, sondas de umidade do solo são utilizadas para informarem as decisões de irrigação. Eles também estão desenvolvendo planos de gestão de água para todas as propriedades agrícolas da Igreja. E em suas capelas, templos e outros edifícios, a Igreja instalou controladores inteligentes, hidrômetros, sensores de chuva e sistemas de irrigação por gotejamento.
“Ampliamos nosso ensino do princípio orientador da administração sábia, para enfatizarmos a necessidade de cuidarmos de nossos recursos naturais, e incentivarmos nossos funcionários globais, a liderarem em seus esforços para implementarmos soluções criativas nas operações da Igreja que, [de acordo com Presidente M. Russell Ballard] ‘proteja o futuro de todos os filhos de Deus’”, disse ele.
Além de seus esforços para ajudar a salvar o Grande Lago Salgado e conservar a água em suas instalações em Utah, a Igreja de Jesus Cristo continua a estudar como implementar práticas de economia de água globalmente.
“Nosso objetivo é entendermos melhor como deve ser o paisagismo sustentável, com base nos climas locais, e identificarmos oportunidades para conservarmos a água e os recursos naturais”, disse Bispo Waddell.
Isto inclui melhorar a qualidade da água de escoamento, coletar e reutilizar águas pluviais, mitigar o efeito “ilha de calor” e integrar a paisagem ao contexto existente e regional.
Praça do Templo
O Templo de Salt Lake está longe de ser a única parte da Praça do Templo em reforma. Os trabalhadores também estão renovando todo o paisagismo ao redor do templo, assim como uma nova praça do Edifício de Escritórios da Igreja.
Essas mudanças são projetadas para se economizar grandes quantidades de água, ao mesmo tempo que mantendo a beleza do espaço.
Bispo Waddell explicou que a nova paisagem da Praça do Templo terá um terço da grama e metade do número de plantas anuais, as quais duram apenas uma estação. Em compensação, haverá 30% mais árvores. As árvores estabelecerão copas para protegerem as plantas abaixo delas, reduzindo o chamado efeito ilha de calor. Tais ilhas são áreas urbanas mais quentes do que as áreas rurais circundantes, devido à falta de vegetação. As árvores também ajudarão os edifícios na Praça do Templo a ficarem mais frescos.
A grama na Praça do Templo será colocada em um período de dormência no verão, que usará de 35% a 40% menos água de irrigação de junho a setembro, disse Bispo Waddell.
Quando a reforma estiver concluída, as mudanças paisagísticas economizarão de 151 milhões a 190 milhões de litros de água por ano, se comparados com os valores anteriores à reforma, disse ele. Uma vez que a grama e as árvores estiverem mais estabelecidas, mais 57 milhões a 76 milhões de litros por ano serão acrescentados a estes números.
“Reconhecemos que, embora nossos esforços não tenham sido, e ainda não sejam, perfeitos , há um esforço contínuo em toda a Igreja para melhorarmos nosso cuidado com os recursos naturais, incluindo a implementação de melhores práticas e tecnologia disponíveis para melhorar nossa eficiência hídrica”, Bispo Waddell disse.
Capelas
Começando com o Comitê de Aperfeiçoamento e Embelezamento da Igreja em 1937, os líderes incentivaram a criação de gramados nas casas e capelas dos membros, disse ele. As mudanças nas condições levaram a Igreja a alterar suas próprias práticas de paisagismo.
Na virada do século 21, devido às condições secas no oeste dos Estados Unidos, a Igreja começou a tomar medidas para economizar água em capelas, templos e outras instalações.
Por exemplo, os trabalhadores instalaram controladores inteligentes, hidrômetros, sensores de chuva e sistemas de irrigação por gotejamento. Tais medidas, assim como os ajustes dos cortadores de grama para que cortem mais alto, o que permite que a grama retenha mais umidade, criaram uma redução de 25% na água usada para paisagismo.
De 2018 a 2022, tais práticas economizaram quase 151 milhões de litros de água por ano na sede da Igreja em Salt Lake City, disse Bispo Waddell.
Como a seca continuou e se agravou no ano passado, a Igreja divulgou uma declaração oficial sobre a conservação de água, principalmente para o estado de Utah. A declaração dizia que a Igreja permitiria que algumas paisagens de templos e capelas ficassem dormentes ou marrons.
A Igreja também estabeleceu em 2022, um Escritório de Sustentabilidade e um Comitê de Liderança em Sustentabilidade, sob a direção do Bispado Presidente.
A Igreja agora exige uma redução drástica na quantidade de gramado nas novas capelas. Anteriormente, alguns prédios eram cercados por até 90% de grama, sendo que os novos terão paisagens com apenas 35%, disse Bispo Waddell.
Todas essas mudanças levaram a uma redução de até 35% no uso de água nas capelas do Condado de Salt Lake, entre 2020 e 2022.
Todos os esforços feitos até o momento, permitiram que a Igreja, não só economizasse água, mas também mantivesse os gramados atraentes, apesar de usar menos água. Agora, os gramados da Igreja geralmente parecem mais verdes do que outros, porque usam solos e gramados melhores, assim como plantas que podem crescer com menos água, disse Bispo Waddell.
Para edifícios mais antigos, a Igreja está no meio de um programa piloto de paisagismo, projetado para usar princípios de sustentabilidade.
Universidade Brigham Young
Nos últimos 20 anos, a BYU reduziu em dois terços o uso culinário de água, informou Bispo Waddell.
A universidade também realiza auditorias regulares de água e usa irrigação e paisagismo inteligentes, incluindo plantas tolerantes à seca e cobertura vegetal composta de resíduos verdes do campus.
“Esta cobertura vegetal reduz o uso de água em canteiros de flores e arbustos em 30%”, disse Bispo Waddell. “Em resposta às crescentes preocupações com a água na última década, a maior parte do campus da BYU agora é irrigada utilizando fontes secundárias. O plano diretor monitora os fluxos da água e os reduz, dependendo das condições, em apenas 20% na primavera, até 100% no final do verão. Conforme necessário, os gramados do campus ficam dormentes durante os períodos de seca.”
Oração
Além de tudo que a Igreja fez e está fazendo para economizar água, Bispo Waddell disse que a oração é fundamental, e provou ser providencial.
Em junho de 2022, a Igreja convidou os santos dos últimos dias a “se juntarem a amigos de outras religiões, em oração a nosso Pai Celestial, por chuva e alívio da seca devastadora”. O convite enfatizou que “todos nós desempenhamos um papel na preservação dos recursos essenciais necessários para sustentar a vida, especialmente a água, e convidamos outras pessoas a se juntarem a nós na redução do uso de água sempre que possível”.
Neste inverno [no hemisfério norte] as montanhas de Utah tiveram índice histórico de neve acumulada. O Departamento de Recursos Naturais de Utah informou que, em 16 de março de 2023, o teor de água na neve acumulada em Utah naquela data, atingiu o nível mais alto de todos os tempos.
“Somos gratos pela neve e chuva que recebemos nesta temporada, embora não enquanto estamos [removendo a neve de] nossas calçadas”, disse Bispo Waddell. “Devemos reconhecer as mãos de Deus nos concedendo esta bênção, e que [compreender] nosso trabalho ainda não terminou. Devemos continuar com toda diligência, se quisermos fazer a diferença necessária. Que o Senhor nos conceda toda a fé e perseverança [que necessitamos] para sermos sábios administradores de nossa água, nossa terra e dos recursos que fluem através delas.”