PROVO, Utah — Uma diferença entre fé e esperança, conforme observado por Anthony R. Sweat, professor de História e Doutrina da Igreja na Universidade Brigham Young, é que o dom da fé é acreditar no Pai Celestial e em Jesus Cristo e Sua existência, enquanto o dom da esperança é que as pessoas acreditem a nível pessoal, e não apenas informativo.
“O dom da fé diz, ‘Deus responde às orações’, o dom da esperança diz, ‘Deus responde às minhas orações’”, disse Sweat. “O dom da fé diz que ‘Deus ama Seus filhos’, o dom da esperança diz: ‘Deus me ama.’ O dom da fé diz ‘Jesus é o Cristo’, o dom da esperança diz ‘Jesus é o meu Cristo.’”
Quando Sweat era adolescente, ele não conseguia entender por que precisava tanto de Jesus Cristo, como sugere o amado hino Careço de Jesus [I Need Thee Every Hour, ou ‘Preciso de Ti a cada hora’, tradução literal do inglês]. Ele sabia que precisava de Cristo nos momentos difíceis ou com o pecado, mas não entendia a relevância diária de Jesus Cristo.
Agora que está mais velho, ele gostaria de poder mudar a letra do hino para dizer “Preciso de Ti a cada segundo” [tradução literal do inglês].
O primeiro milagre de Cristo não foi restaurar a visão ou a vida, foi transformar água em vinho, descreveu Sweat. Desde o início, Cristo mostra que Ele pode mudar a natureza das coisas, Ele pode pegar uma “substância comum e torná-la melhor.”
Ele também pode pegar pessoas comuns e torná-las melhores, disse Sweat.
“Isto cria o título de Cristo”, disse ele. “‘Cristo’ não é o sobrenome de Jesus, é um título. Significa ‘o Ungido.’”
E para que propósito Ele é ungido? Ele é ungido para purificar as pessoas, restaurar as pessoas, identificar-se com as pessoas e fortalecer as pessoas. “É assim que Ele pode nos abençoar a cada hora de cada dia e se tornar nosso Salvador e Redentor pessoal.”
Superar fraquezas e confiar em Jesus Cristo
Sweat mencionou como a sociedade foi de um extremo a outro: de acreditar que as pessoas são fracas e imundas, para ter uma atitude despreocupada de “você está bem do jeito que está.”
Embora haja algum benefício em ambas as ideias, “nenhuma delas é a verdade completa.”
Sweat também parafraseou um ponto feito por Presidente Ezra Taft Benson, que ensinou [em inglês] que “ninguém jamais entenderá por que precisa do Salvador se não pensar que caiu.”
As pessoas precisam entender sua natureza decaída, caso contrário, elas abordam a vida a partir de uma área de fraqueza.
Descrevendo Lucas 15:7, ele perguntou ao público: “Por que Deus ficaria mais feliz com um pecador que se arrepende, do que com noventa e nove justos que nunca precisam de arrependimento?”
“Caso estejamos perdendo o ponto da mensagem”, ele respondeu, “não há 99 pessoas que não precisem de arrependimento. Isso não existe. Existem apenas 99 pessoas que não sabem que precisam se arrepender. E a única pessoa que reconhece isso é aquela que é justificada.”
Entretanto, alertou Sweat, é importante entendermos que pensamentos de fracasso ou sentirmos que os erros de alguém decepcionaram Deus ou O desagradaram, não são do Senhor.
“Nosso Senhor nunca aborda as pessoas dessa maneira nas sagradas escrituras. … Ele nunca diminui a gravidade do pecado e a necessidade de se arrepender e crescer; mas Ele está sempre encorajando, Ele está sempre esperançoso, Ele está sempre perdoando aqueles que O desejam.”
Cristo perdoa livremente
Em seu chamado atual como bispo, Sweat aprendeu sobre a natureza misericordiosa do Pai Celestial. “O sentimento avassalador do Espírito que vem a mim repetidas vezes significa o quanto Deus ama uma pessoa arrependida, quanta esperança Ele tem para essa pessoa, quanto Ele quer ajudar essa pessoa e o quanto Ele está disposto a perdoá-la.”
“Cristo perdoa livre, frequente e totalmente”, continuou Sweat. “Existem mais de 20 ocasiões em Doutrina e Convênios que mencionam Deus perdoando os pecados de uma pessoa, independentemente do que ela tenha Lhe pedido. “Ele perdoa livre e generosamente.”
Às vezes, as pessoas têm a mentalidade de que, se ela ficarem abaixo de uma certa categoria, isto os seguirá para sempre. “Não há nenhum ‘relatório celestial’ que marque que em 2008 houve um problema espiritual”, disse Sweat. “Isso não acontece.”
Mostrando Isaías 1:18 em um slide, ele leu o versículo com uma pequena mudança: “Ainda que seus pecados sejam como a escarlata, eles serão de um tom de rosa claro para sempre.” E com isso recebeu risos da plateia.
Citando S. Michael Wilcox, Sweat continuou: “Temos muitos santos ‘cor-de-rosa’ que não acham que podem ser tornar brancos como a neve por meio do poder de limpeza completa do Salvador.”
Ele concluiu: “Por causa de Cristo, não há pecado que não possa ser apagado para sempre, totalmente perdoado e completamente purificado.”