Na quarta-feira, 25 de setembro, mais de 100 líderes de diversas tradições religiosas demonstraram a amizade que surge ao seguirmos o convite de Presidente Russell M. Nelson para “interagir com o próximo de uma maneira mais elevada e santa”.
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias sediou um simpósio inter-religioso no centro de Chicago, Illinois, com o tema “Precisa-se de pacificadores”, tema este do discurso de Presidente Nelson na conferência geral de abril de 2023. Oradores e participantes compartilharam como promover a paz em um mundo cheio de conflitos.
De acordo com um comunicado de imprensa de 30 de setembro, em ChurchofJesusChrist.org [em inglês], o simpósio incluiu palestras de representantes de sete religiões, bem como dois debates com moderadores para atrair a participação do público.
Palestrantes compartilharam tópicos, desde o valor de se ouvir, até a criação de uma união espiritual entre as religiões. Eles discutiram a compreensão das diferenças e práticas culturais, fazendo mais do que apenas falar sobre paz, e educando a mente e o espírito para se conectarem com outras pessoas.
Membros das tradições judaica, muçulmana, bahá'í, budista, hindu, católica, batista, zoroastriana, santos dos últimos dias, e outras religiões, se reuniram para aprenderem e promoverem maior compreensão entre si. E demonstrando seu desejo de tratarem os outros com compaixão, eles tambémterminaram com laços de amizade mais fortes.
Mensagens de paz durante o evento
Élder Corbin Coombs, Setenta de Área de Schaumburg, Illinois, agradeceu aos líderes presentes por terem vindo e “estarem de mãos dadas conosco”.
“Vocês todos estão incluídos em nossas orações”, disse Élder Coombs. “Somos muito gratos por vocês.”
Steven T. Collis, professor da Faculdade de Direito da Universidade do Texas em Austin, compartilhou características que encontrou em pacificadores e maneiras de elevarmos nossas conversas com outras pessoas. Ele encorajou os ouvintes a estarem abertos a mudanças, passarem tempo conhecendo o próximo e presumirem que as pessoas têm boas intenções.
“Lembrar a mim mesmo o quão pouco sei sobre o único campo em que sou especialista sempre me faz querer aprender mais com as pessoas com quem converso”, disse Collis.
Ele enfatizou a humildade intelectual, dizendo que os pacificadores reconhecem que “não sabem quase nada sobre a maioria das coisas sobre as quais as pessoas discutem.”
O Imã Hassan Mostafa Aly, diretor da Iniciativa de Fé Humanitária da MedGlobal, citou o ensinamento do Alcorão sobre os crentes serem pacificadores. “Ser um pacificador”, ele explicou, “significa alcançar aqueles que são diferentes de nós, que adoram de uma forma diferente, parecendo diferentes, falando de uma maneira diferente.”
Ele disse que a pacificação “significa mais do que advogar pela paz. Significa trabalhar ativamente para restaurar a justiça, elevar os oprimidos e promover o entendimento entre as pessoas.”
A rabina Shoshanah Conover, do Templo Sholom de Chicago, convidou os participantes a trabalharem pela paz, mesmo quando outras pessoas os prejudicarem.
“Vocês devem buscar a paz, em vez de esperarem que a outra pessoa se reconcilie primeiro”, disse ela.
O padre Larry Dowling, que liderou uma paróquia católica no West Side de Chicago, disse que a vulnerabilidade, e a disposição de se envolver mais pacificamente em uma conversa, são pontos fortes.
“Jesus Cristo viveu isso da maneira como ensinou”, disse ele.
‘O amor por nossos semelhantes foi expresso por todos’
Um dos objetivos da conferência inter-religiosa foi o de reunir líderes espirituais para ensinarem uns aos outros, disse Wilford Wagner, que serviu como diretor de comunicação da Igreja na área durante o planejamento da conferência.
“Cada participante trouxe um espírito especial para o evento”, disse Wagner. “Isto demonstrou que temos muito mais similaridades do que diferenças. O amor por nossos semelhantes foi expresso por todos.”
Para Devesh Pandit, um líder comunitário hindu nos subúrbios de Chicago, viver pacificamente é um princípio-chave de sua fé. Após o evento, ele disse que compartilhar palavras sobre paz deve se transformar em algo mais.
“Pude sentir o mesmo sentimento que todos têm, de que precisamos colocar as palavras em ação.”