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Estudo da BYU revela qual dos pais tem maior chance de ser contatado pela escola dos filhos e por quê

A professora de Economia da BYU, Olga Stoddard, e pesquisadoras de duas outras universidades conduziram o estudo

A professora de Economia da Universidade Brigham Young, Olga Stoddard, e a professora associada de Economia da Universidade de Tufts, Laura Gee, estavam conversando um dia sobre formulários de inscrição de voluntários para atividades de seus filhos, quando notaram como normalmente veem apenas nomes de mulheres nas listas.

Ambas observaram que, apesar dos maridos quererem ajudar com os filhos, as escolas e os treinadores muitas vezes ligavam apenas para as mães.

“Olhamos uma para a outra e dissemos: ‘Já deve haver pesquisas sobre isso, sobre como as mulheres estão em desvantagem no local de trabalho por assumirem demandas desproporcionais de forças externas’”, disse Stoddard em uma matéria recente da BYU News [em inglês].

Acontece que não havia nenhuma pesquisa real sobre o assunto. Então Stoddard, Gee e Kristy Buzard, professora associada de Economia da Universidade Syracuse, decidiram encontrar suas próprias respostas.

Seu estudo, “Who You Gonna Call? Gender Inequality in External Demands for Parental Involvement” [Para quem você ligará? Desigualdade de gênero nas exigências externas de envolvimento dos pais – em inglês], descobriu que as escolas são consideravelmente mais propensas a ligarem para as mães quando uma criança precisa de algo, mesmo quando as informações de contato de ambos os pais estão disponíveis.

Para a sua pesquisa, Stoddard, Gee e Buzard enviaram e-mails a cerca de 80.000 diretores de escolas dos E.U.A., se fazendo passar por uma família fictícia com dois pais, considerando escolas para os seus filhos. Enviando e-mails às vezes da conta da “mãe” e às vezes da conta do “pai”, elas forneceram informações de contato de ambos os pais e solicitaram uma ligação, sem especificarem qual pai a escola deveria contatar.

Dos diretores que responderam, 59% contataram a mãe primeiro, o que torna 1,4 vezes mais provável que ela receba uma ligação do que o pai.

Além disso, quando os e-mails indicavam que o pai estava mais disponível, ele recebeu 74% das ligações. E-mails indicando que a mãe estava mais disponível resultaram em mais de 90% das ligações para a mãe.

E mesmo quando o pai era o remetente do e-mail e a pessoa designada para receber a ligação, a mãe foi contatada primeiro em 12% das vezes. Quando a mãe enviou o e-mail e pediu para ser contatada primeiro, o pai não recebeu quase nenhuma ligação.

“Há claramente uma assimetria”, disse Stoddard. “Podemos dizer a outras pessoas: ‘Decidimos que o pai será o ponto de contato’, e isso seria eficaz para direcionar mais ligações para o pai, mas há um limite. Para uma proporção cada vez maior de famílias que desejam uma divisão mais igualitária nas responsabilidades de criação dos filhos, esta tendência torna difícil chegar a 50/50.”

A pesquisa que acompanha o estudo obteve respostas de 400 educadores, que indicaram que os diretores das escolas muitas vezes pensam que as mães estão mais disponíveis e preferem falar com as mulheres.

Além disso, “um grande fator que explica por que as mães enfrentam mais exigências externas, está relacionado com as normas sociais que implicam que as mães são melhores nestas tarefas, e querem realizá-las mais do que os pais”, disse Gee.

Estas normas sociais podem perturbar a produtividade de uma mulher ao ponto dela receber um salário menor, e podem até afetar o tipo de carreira que as mulheres escolhem, porque antecipam interrupções constantes que ocorrerão no futuro, disse Stoddard.

A desigualdade também pode prejudicar os pais que desejam mais envolvimento na vida dos filhos, observou ela.

Stoddard, Gee e Buzard disseram que os pais podem ajudar a gerenciar as demandas, sinalizando claramente aos funcionários da escola, treinadores e outros, qual dos pais deve ser contatado. As instituições também podem ajudar criando diretrizes ou protocolos, tais como permitirem que os pais designem os horários do dia em que cada um deve ser contatado.

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