Desde seus dias na Universidade Brigham Young até a NBA e jogando internacionalmente, o santo dos últimos dias Jimmer Fredette mostrou sua habilidade para muitos adversários na quadra de basquete.
Mas ele pode dar aulas de história da família para iniciantes na RootsTech?
“Na verdade, na maior parte do tempo não ensinamos, estávamos sendo ensinados”, disse Fredette rindo. “Mas acho que fizemos um trabalho bastante decente ao mostrar nossas recordações e como as pessoas podem usar o aplicativo do FamilySearch. Foi muito divertido falar sobre as coisas pelas quais passamos em nossas vidas, coisas importantes que achamos que seria ótimo compartilhar com o resto do mundo.”
Compartilhar suas experiências de vida demonstrou como fazer a história da família pode ser divertido, fácil e significativo, acrescentou Whitney Fredette, esposa de Jimmer.
“Foi uma ótima oportunidade para compartilharmos memórias, à medida que nossa árvore genealógica cresce e se expande. É um conceito muito legal”, disse ela, descrevendo como é simples postar uma foto e incluir a história por trás dela usando o recurso “Recordações” do aplicativo do FamilySearch. “Foi uma boa experiência de aprendizado ver como realmente funciona.”
Cerca de 400 pessoas participaram da sessão dos Fredettes: “A Pro’s Take on Preserving Your Story with FamilySearch” [Uma opinião de um profissional sobre como preservar sua história com o FamilySearch – em inglês], como parte do Dia de Descoberta Familiar da RootsTech, o último dos três dias da conferência global de história da família, no Centro de Convenções Salt Palace, em Salt Lake City, Utah, no sábado, 2 de março.
Como parte do evento, Jimmer e Whitney Fredette, membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, participaram de um encontro com fãs, e Jimmer passou um tempo fazendo arremessos e oferecendo dicas para crianças, em uma quadra de basquete montada no salão de exposições da RootsTech.
Preservando memórias
Ao longo de sua carreira no basquete, Jimmer Fredette ficou conhecido por seus deslumbrantes arremessos de 3 pontos de longa distância. Exibindo uma foto de infância de seu irmão mais velho o ensinando a arremessar uma bola de basquete, ele contou a história de como aprendeu a arremessar de longe.
Quando menino, Fredette, que é natural de Glens Falls, Nova York, muitas vezes ficava frustrado quando seu irmão mais velho e amigos frequentemente bloqueavam seus arremessos. Ele pediu que parassem. Eles disseram que não, mas concordaram que se ele estivesse disposto a arremessar de uma laje de cimento a uma certa distância, seria considerado um arremesso livre. Então Fredette praticou arremessos naquela laje de cimento todos os dias até conseguir a façanha.
“Naquele momento, quando comecei a jogar, eu era uma ‘arma’”, disse ele. “Eu estava acertando todas as vezes e eles não conseguiam bloquear meu arremesso. Todos me queriam em seu time depois disso.”
Uma outra foto mostrava Whitney Fredette em sua roupa de líder de torcida da BYU. Quando jovem, seu sonho era ser líder de torcida da BYU. Ajudou o fato de seu pai ser um fã ávido da BYU, que entoava o grito de guerra todas as manhãs e deu o nome de “Cougar” [o mascote da BYU] para o cachorro da família.
Suas aspirações quase foram frustradas quando ela não foi imediatamente aceita na universidade, mas refez o teste ACT [teste de admissão] para melhorar sua pontuação. Ela foi para a BYU para testes de líder de torcida, primeiro parando no escritório de admissões, onde soube que houve um cancelamento. Ela apresentou sua nova pontuação no teste e foi aceita na mesma hora. Whitney Fredette então correu para competir nas seletivas, onde ela foi uma das duas garotas a fazerem parte do time entre 181 que tentaram.
Para comemorar, o pai de Whitney Fredette a levou para comer no restaurante Legends Grille da BYU, onde apontou uma estrela em ascensão no time de basquete da BYU.
“Aquele garoto ali é Jimmer Fredette. Ele será o melhor jogador que a BYU já viu”, disse seu pai.
“Eu estava pensando, ‘Não me importo, acabei de entrar para a equipe de líderes de torcida’”, disse ela. “Mas me lembro vividamente porque o nome dele era muito bizarro. Jimmer? Que nome é esse? Quem é este rapaz?”
Entrevistados pelo moderador Tyler Stahle, Jimmer e Whitney Fredette continuaram contando mais histórias pessoais de vida.
Ele contou como foi vivenciar a “Jimmermania” na quadra do Marriott Center, depois de marcar 43 pontos para ajudar a BYU, na época em nono lugar, a derrotar a Universidade San Diego State, em quarto lugar, por 71-58, em 26 de janeiro de 2011, levando a BYU a concorrer no Sweet 16 [16 melhores equipes] no Torneio da NCAA e ser eleito o Jogador Universitário do Ano. “Minha vida mudou da noite para o dia naquele ponto”, disse ele.
A história de como Jimmer e Whitney se conheceram, namoraram e se casaram, foi seguida por como Jimmer mais tarde viajou da China para casa, para estar presente quando Whitney deu à luz o primeiro filho do casal.
A transição de jogar na universidade para jogar na NBA, e como em seu primeiro jogo, o falecido astro do Los Angeles Lakers, Kobe Bryant, trocou de posição com um companheiro de equipe para que ele pudesse marcar Jimmer, enconstou o antebraço no peito de Jimmer e disse: “Bem-vindo à liga [americana de basquete].”
“Eu estava pensando, ‘Obrigado, Kobe’”, disse Jimmer Fredette. “Uma experiência inacreditável, algo com que sonhei quando era criança. Chegar a esse objetivo e sentir aquele momento foi especial, com certeza.”
Após cada história, uma tela mostrava como os Fredettes preservavam cada lembrança usando a ferramenta “Recordações” do FamilySeach.
“Há muito trabalho a ser feito”, disse Jimmer, que tem participado de atividades de história da família com os rapazes de sua ala, como consultor do quórum de sacerdotes. “O trabalho de história da família é algo em que precisamos continuar a melhorar, e é divertido aprender sobre nossos antepassados e de onde eles vêm. Acho que será divertido, à medida que nos aprofundarmos e descobrirmos essas histórias interessantes e únicas.”
Conexão especial com Presidente Ballard
No final da apresentação, o FamilySearch surpreendeu Jimmer Fredette com algumas descobertas da história de sua família, incluindo o fato dele ser primo de nono grau duas vezes removido, do falecido Presidente M. Russell Ballard, do Quórum dos Doze Apóstolos.
“Isso é incrível”, disse Jimmer. “Ele é um dos meus apóstolos favoritos de todos os tempos.”
Antes de deixar a BYU e ir para a NBA, Fredette disse que ele e seus pais foram convidados a se encontrarem com Presidente Ballard em seu escritório na sede da Igreja, onde Presidente Ballard o encorajou enquanto ele dava o próximo passo em sua carreira.
Vários meses depois, Jimmer estava passando por dificuldades em sua primeira temporada na NBA, quando recebeu uma mensagem de voz de Presidente Ballard, mais uma vez oferecendo apoio se precisasse de alguma coisa. Jimmer retornou o telefonema e o Apóstolo ouviu pacientemente os problemas do jovem jogador. Ele perguntou se Fredette estava lendo suas escrituras, especificamente o Livro de Mórmon, diariamente. Ele não estava.
“Ele disse, ‘Eu prometo a você que se você ler o Livro de Mórmon de agora até o final da temporada, as coisas mudarão em sua vida’”, disse Jimmer.
Fredette aceitou o convite. Sua situação no basquete não mudou, mas sua perspectiva e visão melhoraram dramaticamente.
“Tudo mudou na minha vida. Eu estava me sentindo muito melhor. Eu estava muito mais feliz. Eu estava mais sintonizado com o Espírito”, disse ele. “O Profeta e os Apóstolos são verdadeiramente inspirados. Ele não precisava ter me ligado naquele dia, mas por algum motivo, ele se sentiu inspirado a me chamar. Isso literalmente mudou minha vida.”
O que as pessoas aprenderam
Sentado na segunda fileira, Timothy Johnson, de Farmington, Utah, participou da sessão com seu neto, Josiah Vaughan, e disse que a classe foi “linda” e ficou emocionado com a experiência de Fredette com Presidente Ballard, que foi homenageado com uma apresentação de vídeo no Dia de Descoberta Familiar. Ele gostou de como é fácil carregar uma foto e adicionar uma história rápida: “Não precisa escrever sobre toda a sua vida”, disse ele.
Vestida com uma camiseta nº 32 da BYU [número que Fredette usou] e segurando seu pôster autografado, Melissa Burton admitiu que estava muito animada para conhecer Jimmer e Whitney Fredette. Ela gostou de ouvir suas histórias pessoalmente e ver como elas podem ser salvas no FamilySearch.
“O FamilySearch não é apenas para pessoas que já faleceram, para antepassados falecidos. Cabe também a nós, agora, compartilhar nossas histórias atuais para que nossa família possa tê-las”, disse ela. “Foi muito divertido ver com as histórias dos Fredettes, como isso pode ser feito.”