A forte fé e orações dos santos dos últimos dias do Sudão do Sul abriram o caminho para a recuperação do reconhecimento legal de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, assim como de um novo ramo, informou a Sala de Imprensa da Igreja na África [em inglês].
Em 2013, aproximadamente 2,2 milhões de sul-sudaneses fugiram do país entrincheirado na guerra civil e se tornaram refugiados nos países vizinhos, Sudão, Uganda, Etiópia, Quênia e República Democrática do Congo. Em meio ao conflito, a Igreja foi impedida de solicitar o seu registro anual, uma vez que o Gabinete de Assuntos Religiosos do governo cessou as suas operações.
Com isso, os membros da Igreja no Sudão do Sul ficaram sem uma Igreja registrada.
Uma década depois, Élder Ronald A. Rasband, do Quórum dos Doze Apóstolos, estava em Nairóbi, Quênia, quando um grupo de refugiados santos dos últimos dias do Sudão do Sul se reuniu com ele e com Élder Ian S. Ardern, Setenta Autoridade Geral e presidente da Área África Central, e um de seus conselheiros, Élder Thierry K. Mutombo. Os rapazes expressaram o desejo fiel de servirem missão.

“Fiquei comovido com a fé destes jovens do Sudão do Sul. Sua fé é a que move montanhas”, disse Élder Rasband. “Seu serviço dedicado os inspirará e os abençoará, assim como suas famílias, para sempre. Pregar o evangelho de Jesus Cristo, o Príncipe da Paz, os ajudará a serem melhores embaixadores da paz em sua preciosa pátria.”
Por volta da mesma época, vários membros sul-sudaneses e consultores jurídicos da área começaram a trabalhar para restaurar o reconhecimento legal da Igreja e manifestaram entusiasmo pela restauração da Igreja em seu país de origem.
No final da reunião, Ismail Lazaro Zangbayo, que organiza reuniões de adoração em sua casa, observou: “Sabemos que. mesmo enquanto os lamanitas e nefitas [no Livro de Mórmon] lutavam, a única coisa que lhes trouxe paz foi viverem o evangelho de Jesus Cristo.”
Ele continuou: “Sabemos que só poderemos encontrar paz novamente nesta terra por meio do evangelho de Jesus Cristo, para que não haja mais desejo no coração dos homens de guerrearem uns contra os outros. Sabemos que Tu nos abençoarás com o que buscamos e restaurarás a Igreja no Sudão do Sul.”

No dia 7 de fevereiro de 2024, suas orações foram respondidas.
O reconhecimento legal da Igreja foi renovado e, três meses depois, 82 santos dos últimos dias se reuniram no Hotel Radisson Blu em Juba, para a reorganização do Ramo Juba.
Vários membros se emocionaram com o restabelecimento do Ramo Juba, uma vez que isso permitirá a realização de batismos. Não se realizam batismos no Sudão do Sul desde o início da guerra civil. Rebecca Amet disse: “O amor me trouxe para esta Igreja, o amor me manteve nesta Igreja. Deus fez algo de bom para minha família hoje. Agora eles podem ser batizados.”
“Há muitos anos que oro para ver este dia”, compartilhou Rina Regina. “Agora meus filhos podem ser batizados.”

